Capitulo Dois - Aqueles olhos vibrantes

35 8 8
                                    

Escutem sempre a música de cada capítulo pois elas tem significados grandes para o capítulo

boa leitura 

Ele perguntou qual era a minha casa, pedi para que dirigisse devagar para que eu pudesse alerta-lo, falo quase que em um sussurro para parar em frente a uma casa amarela e bege, minha casa tinham duas janelas na frente na qual poderia ver a varanda, do lado da varanda tinha o meu quarto com uma janela onde eu posso ver meu arbusto em baixo com margaridas, Sthepan sai do carro, abro a porta do carro antes dele chegar a dar a volta, e saio do carro com a minha bolça, tropeço com o salto e caio em seus braços ainda zonza, esse realmente é minha pior noite, na verdade foi o dia em que eu bati em Annie, sinto meus olhos queimarem ameaçando chorar, passamos pelo caminho de pedregulho até a varanda, eu quase caio na escada da varanda mas dou graças a deus por não ter tido que passar por isso, vasculho minha bolça até achar as chaves, assim que consigo achar as chaves faço o favor de derruba-las, Sthepan me encosta na cerca de madeira branca da varanda, pega as chaves do chão e abre a porta, observo-o atentamente, assim que abre a porta Sthepan encosta em mim tentando me ajudar, rapidamente me afasto e tento empurra-lo, mas ele nem se moveu, entro em minha cada abro a porta do meu quarto aos prantos, caio na cama babando no travesseiro, nem me importei com sua presença de tão embriagada que estou.

-Você cheira a bebida, parece que morreu alguém no seu quarto.

-Vai ter mais um cheiro de cadáver aqui se você não me deixar em paz –Ele pega meu braço com aquela delicadeza e coloca em volta de seu pescoço me levando até o banheiro, não é difícil encontra-la, pois a sala fica no mesmo ambiente que a cozinha e só tinham duas portas na casa a do meu quarto e a do banheiro, o homem desconhecido na qual eu nunca tinha visto na minha vida, tirou minha jaqueta, meus sapatos e meias e me colocou dentro da banheira, num piscar de olhos a água gelada cai com tudo nas minhas costas, eu grito e tento sair mas ele rompe a passagem e me coloca de volta no lugar, comecei a vê-lo com outros olhos, começo a ficar sem ar, sinto minhas mãos formigarem, meu coração bate tão forte que o sinto sair pela boca, berro e bato em seus braços tentando sair, começo a chorar

-PARA DE ME BATER! PARA, ME DEIXE SAIR! –Grito, por um momento não era mais Sthepan ali, era Christopher, definitivamente está é a 2 pior noite de toda minha vida, sinto minha bunda doer ao escorregar na banheira, quase que choco minha cabeça na Patilha do banheiro mas consigo me segurar na mão de Sthepan que acabou se molhando, consigo vê-lo novamente, e consigo relaxar os ombros, mas ainda sinto a adrenalina em meu corpo e meus lábios trêmulos, Sthepan ajuda a me levantar e me envolve com uma toalha, me leva até meu quarto e me deixa em cima da cama.

-Por que achava que eu estava te batendo? –Pergunta cruzando os braços, demoro para responder sua pergunta, fito atentamente o homem que me suportou está noite, tinha um cabelo castanho claro na altura do queixo, sua barba era uma barba média não muito rala e cheia de falhas, seus olhos eram impossíveis de não se encantar eram verdes quartzo, lembro-me de ter só visto uma pessoa com estes olhos a minha vida inteira, era minha professora de química, acho que deveria ser por isso que conseguia entender química na época. –Me responde

-Não é da sua conta, obrigado por me ajudar, mas você já pode sair –Ele ajeitou seus óculos pretos e percebi que não iria sair tão fácil, eu precisava dormir, a minha ressaca amanhã será incrível, reviro os olhos cansada só de pensar –Saia do meu quarto...AGORA!

-Não precisa elevar a voz, só me responda –Neguei com a cabeça diversas vezes com os olhos atentos no edredom roxo que encostava meus pés, eu ainda estava em choque, eu só queria ficar sozinha.

-Estas crianças são suas? –Ele muda a pergunta repentinamente olhando para o quadro na minha escrivaninha, não creio que esteja sendo tão invasivo.

-SE VOCÊ NÃO SAIR EU CHAMO A POLICIA! –Gritei, não sei aonde arranjei forças para gritar, ele permanecia em pé. Tinha um estranho na minha casa, isso me deixava apavorada, tremula, tensa, o empurrei com todas as minhas forças, até que comecei usar minhas mãos ao meu favor, bati em suas costas, ele foi gemendo até a porta.

-Ótimo assim eu aproveito e falo que encontrei uma mulher bêbada cuja mulher sofria agressões do marido! –Meu coração disparou, como ele sabe disso? Como ele descobriu isso? Como as coisas ficaram tão claras para ele sobre mim? Nem mesmo Lindsay sabe disso!

-Saia da minha casa está me assustando! –Finalmente consigo empurra-lo para fora da casa, tranco a porta e me afasto dela assustada, corro até o telefone para discar o número da polícia, assim a ligação é atendida no 3 toque

-Departamento da Polícia de San Diego, qual sua ocorrência? –Levo minha mão até a boca e começo a roer a unha do polegar – Departamento da Polícia de San Diego, qual sua ocorrência?

-Não, desculpe disquei errado –desligo na hora, o carro de Sthepan já tinha ido embora, finalmente fiquei sozinha em casa, minha cabeça estava com muitas perguntas e muitas delas não podiam ser respondidas, o que se espera de uma vida medíocre de Ella Russell? Pago aluguel a 1 ano, recebo bem, mas uso metade do dinheiro para pagar a pensão que meus filhos nem precisam e para pagar minhas contas, bebo todos os dias, infernizo a vida de meus filhos com várias ligações, suspeito até de terem trocado o número de celular, chacoalho a cabeça ao pensar nessa possibilidade, adentro em meu quarto, fecho a porta, caio na cama com a mesma roupa caio na cama como uma pedra.

Um raio de sol invade meu quarto em cheio, acordo me espreguiçando, minha cabeça gira um pouco quando sento em minha cama, encosto meus pés no chão e sofro uma corrente de ar fria em meu corpo, tiro minhas calças ficando apenas de calcinha e minha camiseta larga acinzentada, visto um par de meias branca, me encaro no espelho e vejo minhas orelhas, prendo meu cabelo com um rabo de cavalo alto, saio do meu quarto e frito dois ovos para comer enquanto passo o café, pego a caixa de donuts que havia sobrado de quinta-feira à noite, quando os ovos e o café ficam prontos sento-me na banqueta e como enquanto passam-se as notícias na Televisão.

"Além do dia maravilhoso de ação de graças, Charlie Howard enlouquecem seus fãs na madrugada de ontem dia 24 de novembro, Charlie vai ser papai! Parabéns Charlie e Natalie!"

A palavra Papai ecoa em minha cabeça fazendo-me voltar na noite de ontem, não me lembro de muitas coisas, apenas de alguns flashes, mas foi impossível esquecer Sthepan e suas perguntas invasivas, me levanto e vou até meu celular dentro da minha bolça jogada aos pés da cama, ando até a cozinha novamente quando quase deixo meu celular cair.

Uma solicitação de amizade: Sthepan Kaye, nenhum amigo em comum; confirmar; excluir solicitação.

Meu Primeiro Grande AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora