Capitulo Três - Memorias Do Passado

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NÃO! Eu não desisti da história! Ao contrário, eu fiquei 27 dias viajando sem internet e neste intervalo eu aproveitei para escrever o livro, como eu tive tempo de sobra a história ficou incrível, posso dizer que daqui para frente coisas grandes podem acontecer. 

Ele não me deixa em paz! Eu vou dize-lo, irei dize-lo que não pode se intrometer assim na vida dos outros! Não muito melhor que isso, se ele acha que pode se intrometer assim na minha vida ele está muito errado! Pois bem, excluo a solicitação. Ligo para Annie como eu tenho feito todas as manhãs, e como todas as manhãs, ela recusa, é de partir o coração, todos os dias entro em seu Facebook, não com o meu, tanto ela quanto Tyler me bloquearam assim que parti de casa, entro com a minha conta Anna Kathyln meu nome do meio, ela mudou sua foto de perfil e está linda! Está deitada com a mão esquerda apoiada em seu queixo, e seus cabelos castanho claros para o lado esquerdo, seus olhos médios cor azuis iguais de Christopher, ela deixou seu cabelo crescer, da última vez que a vi, ela tinha cabelo ondulado na altura dos ombros com uma franja de lado, visitei o perfil de Tyler, sua foto de perfil era dele abraçado com sua namorada Dianna, não dava para ver muita coisa dele afinal ele estava de lado, mas estava mais alto do que virá antes, fechei o Facebook de Anna Kathyln, peguei minha garrafinha de água e troquei por Vodca

Para começar o dia.

Descendo do trem comecei a pensar em Christopher, será que ainda estava com ela? Como será que eles vivem? Como eu sinto ódio de Melissa, queria tanto viajar até San José, entrar discretamente na mansão deles e arrebentar a cara dela e dizer a ela que por mais que meus filhos gostem dela nunca vão amar ela como me amavam! Que nunca vai amar Christopher intensamente quando eu amava! Eu quero mais que ela......Um táxi me atinge em segundos e caio no chão, pisco diversas vezes confusa, levo minha mão até a cabeça, ela está sangrando demais, os carros passam em câmera lenta e para e várias pessoas ao redor olham curiosas, meus olhos começam a ficar embaçadas e uma massa negra preenche minha visão.

-Olá, você está no San Diego Thornton Hospital, gostaria que você pudesse preencher está ficha de dados. –Uma enfermeira negra de cabelos na altura dos ombros com um sorriso confortável entregou-me uma prancheta com uma caneta, as letras saltavam para fora do papel, mas conseguia enxergar meia parte do que estava sendo solicitado. Assim que terminei a ficha entreguei para ela. –O doutor Kaye irá logo menos vir aqui para ver se poderá ter alta, a senhora foi atropelada a 3 dias atrás por um Taxista, não se preocupe ele estava com música alta no carro e em seu porta luvas tinha pelo menos 3 latinhas de cerveja e uma caixa de cigarros, a culpa não foi sua senhora, ele quem está arcando com o hospital não se preocupe.

Doutor Kaye? Tudo bem, vou ser atendida por um intrometido? Tudo bem, afinal devem existir vários Kaye's por ai. Seja quem for irá me perguntar se eu estava bêbada, ou algo do gênero, responder um "não" seria tolice, mas acho que se eu me entregar de vez já posso ter alta e sair daqui o mais rápido que posso e voltar para minha vida medíocre, agora que percebo que minha cabeça está enfaixada e minha perna está com um gesso, ótimo.

-Ella Kathlyn Russell, que surpresa estar aqui me visitando! –Reviro os olhos, gostaria muito estar no meu trabalho agora ouvindo Lindsay dizendo que seu perfil no Tinder estava bombando e que sairia amanhã mesmo com um cara bonito que mora nas ruas da Broadway –Nossa, que cara.

-É minha expressão diária –Digo seca

-Nossa –Ele se aproxima com uma lanterna? Sempre fui ruim em biologia, uma luz invadiu meu olho direito e logo o esquerdo, ele tira meu gesso e me fala que já posso colocar uma Tala mas teria de usar Muletas por pelo menos 4 dias. –Achei que ficaria em coma, aliais você é alcoólatra e foi atropelada.

-Mas estou viva, quando poderei ter alta? –Penso que se trata-lo como um médico qualquer eu possa me livrar disso mais rápido, ele se aproxima estetoscópio abaixa o uniforme do hospital e aquele instrumento gelado me arrepia.


-Respire fundo –Instruiu –Solte

Prestei atenção em seus olhos vibrantes, era impossível não repara-los, como ele estava próximo a mim, sua respiração me arrepiou, sua voz estava pesada, como se algo grave tivesse acontecido, ou fui eu mesmo, que o mantive acordado até 03h45 da manhã, ele tira o estetoscópio e coloca de volta ao seu pescoço.

-Você fará alguns exames, se tudo der certo você vai embora antes do anoitecer de hoje –A sala se invade com o silencio até que Sthepan cruza os braços e percebo que seu olhar diz que irá tocar no assunto de ontem –Se quiser se abrir comigo pode confiar.

-Desculpe, não gosto de psicólogos –Falo com frieza e viro meu rosto para olhar a janela, era impossível desviar meu olhar dos seus.

-Podemos ser amigos?

-Não

-Tudo bem lhe darei espaço, apenas cuidado com o rumo que está tomando sua vida, o taxista podia estar bêbada mas pode ter certeza de que você estava também, não tente me enganar.-Tudo bem –Dei de ombros


-Daqui a pouco a seu almoço chega e 14h50 começa seus exames Srta. Russel –Ele me trata como um lixo e abre a porta para sair

-Anne e Tyler, são o nome deles, Christopher me bateu duas vezes se é isso que quer saber, só não entendo por que gostaria de ter essas informações –Pergunto receosa de ter aberto a boca para um estranho sobre minha vida, Ele para e se vira mas não sai do lugar.

-Não cheguei a ter filhos mas cheguei a ser traído, na verdade não sei o termo certo –Ele diz cabisbaixo mas levanta a cabeça e age normalmente fechando a porta do quarto. Era isso? Eu realmente não me importo com o que ele disse, ele entrou na minha vida e quis saber coisas da qual eu jamais disse até para o meu pai, o que a minha família sabe é que eu e Christopher nos separamos por desentendimento. Assim espero Mamãe e Papai não precisam saber de nada, aposto que eles tem muitos problemas, terem que se preocupar com uma filha adulta bêbada seria um peso demais para eles.

Meu Primeiro Grande AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora