Capítulo 8

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Ainda a recuperar da surpresa por tê-lo ali e o fôlego do nosso beijo selvagem, estava à espera que o Harry me perguntasse a tal “coisa”. Quando ele larga, choramingo pela falta do contacto quente da sua grande mão. Reparo nas costas dele e noto que estão tensas, ele tem descansado?

Já dentro do quarto, o Harry vai à beira da janela e reparo nos seus traços delicados à luz do luar. Ele é tão lindo, apesar das tatuagens e dos piercings, continua com a mesma carinha de uma criança de 10 anos.

“Que me querias perguntar?” decido falar com uma voz baixa.

“Eu acho tão, mas tão estúpido estarmos assim” falou irritado e começamos a fazer contacto visual. Noto em pequenas meias-luas debaixo dos seus olhos… definitivamente, ele não tem dormido.

“Assim como?”

Consigo ver o seu nervosismo e irritação e isso acalma-me, pois eu também estou.

“Assim… quer dizer, eu amo-te, tu amas-me, certo? Porque é que não estamos juntos?” ele faz gestos com as mãos, o que numa outra situação me riria dele.

“Porque tu dizias sempre que não querias e eu respeitei a tua decisão…”

“Não, isso é mentira. Eu sempre quis, o problema é a nossa diferença de idades. Tu tens 16 anos!! Eu tenho 19 anos, vou fazer 20 no próximo mês! Entendes? Sou demasiado velho para ti!” ele grita.

“Não, não entendo. Porra Harry, nunca ouviste dizer que a idade não importa?” grito de volta.

“Isso são tretas.”

“Ah, então o amor que sentimos um por outro é também uma treta? Viste aqui para me ver ou para discutirmos? Se for para discutir podes sair!”

“Não, eu só estou a explicar-te. Eu sei que tens razão. Eu gosto de ti… Eu vim aqui para te perguntar isto.” Uma pausa até ele voltar a falar “Foda-se, isto é mais difícil do que eu pensava…”

Já tenho um sorriso estampado no rosto, estou farta de saber o que ele me vai perguntar…

“Pergunta duma vez. És um homem ou um rato?” interrompo-o.

“Queres…?”

“Sim, Harry, eu aceito. Agora, beija-me”

Ele sorri e beija-me mais uma vez, mas desta vez suavemente e apaixonado.  A sua boca raspou na minha e as nossas línguas “dançavam”. O sabor dele era uma droga para mim. Nós encaixamo-nos tão bem, mas somos ambos tão diferentes. Sempre ouvi dizer que os opostos se atraem e espero que isto funcione. As nossas bocas estão quentes e sinto o seu piercing frio tocar na minha boca, e é o que mais gosto. Ponho os meus braços em torno do seu pescoço e olho para ele, e sorrio.

“És adorável” eu digo e ponho o meu dedo na sua covinha.

“Logo, eu vou mostrar-te o adorável” ele sorri maliciosamente.

“Harry!” eu grito e solto uma gargalhada.

“Estou a brincar bebé, e a distância?” ele pergunta, triste.

“Eu já te expliquei, a distância é uma merda, eu sei. Ela pode separar os nossos dois olhares, mas nunca os nossos corações apaixonados.”

“Estamos inspirados, hoje” ele ri.

Sinto a sua mão a escorregar para o meu rabo e a aperta-lo gentilmente e guincho.

“Onde vais dormir? Arranjaste hotel?” pergunto de um momento para o outro.

“A tua mãe deu-me permissão para dormir contigo” noto as suas bochechas a ficarem rosadas.

“Acho isso uma ótima ideia!”

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