Capítulo 4 - Jogo Sexual

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A viagem até a casa está sendo realmente animada, de karaokê, onde dessa vez eu fiquei quietinho, até histórias de terror que envolvem cidades pequenas, onde fiquei com um pouco de medo, confesso. Caio parecia bem animado na conversa com o primo da Mirtes, um moreno dos olhos mel e alto, Davi, eu escutei dizer seu nome. Sim, ciúmes mesmo. Que isso, me chamou pra sair semana passada e já tá de conversinha com esse tal.

Virei-me pra janela e coloquei no modo aleatório para que a música me fizesse companhia, “Stay” da Rihanna começou a tocar, e por um momento eu olhei em direção ao moreno ao meu lado, que sorriu e piscou em minha direção. Olhei pela janela e vi algumas nuvens dançando no céu. A estrada tranquila e quase sem trânsito fazia um cenário perfeito para qualquer clipe romântico.

-Está em que planeta, garoto? -Mirtes virou pra trás, me olhando por cima do banco.

-Talvez em Marte, seria uma boa estar lá, não? -Tirei os fones e sorri.

-Não sei se lá é legal, não tenho nenhum amigo com um relato de lá. -Fez biquinho.

-Ta vendo, eu deveria ser o primeiro e depois te mandaria um meteoro escrito como é lá.

Ela riu e olhou para o teto, suspirando.

-Mirtes, vai demorar muito ainda? -Perguntou alto o bastante para que a japonesa escutasse.

-Já chegamos na cidade, só falta chegar na casa. Não demora muito não. -Respondeu igualmente alto.

Um burburinho relativamente alto para a quantidade de pessoas presentes tomou conta da van, e a risada de Lorena se sobressaltava acompanhada das primas de Mirtes.

Menos de uma hora depois e estávamos estacionando em frente a uma casa, grande, de madeira, entre duas montanhas e perto de uma cachoeira. Não pude deixar de pensar na casa dos Cullens no filme “Crepúsculo”. Era linda e grande, cabiam todos os presentes e mais ainda.

-Mirtes, porque não me disse que sua tia era rica? -Perguntou Lorena admirada.

-Não somos ricos. -Riu o tal garoto que tanto conversava com Caio. -Minha mãe é engenheira e construiu essa casa por seu próprio trabalho depois de anos e anos.

Madeira e vidro era tudo o que compunha a estrutura da casa, deixando a ainda mais impressionante por estar a cima de um “altar”.

-Magnifica. -Comentou Caio.

Deixa ele, deixa ele. Mirtes se movimentou em direção a entrada e todos foram atrás. Por dentro a casa impressiona ainda mais.

-Só não quebrem nada, eu imploro. -Pediu o até então filho da dona.

-Tudo bem, tem algum quarto inocupável aqui? -Lorena já seguia em direção as escadas.

-Não, pode escolher o seu. -Sorriu. -Bom gente, eu sou o Davi e essa é a casa da mamãe, todos bem-vindos e boa estadia.

Começaram a maratona e subiram a escada que dá em um corredor com 5 portas.

-Tem dois quartos lá em baixo, ao lado da cozinha, no corredor, caso não dê para todos ficarem aí em cima.

Segui em direção a segunda porta do lado direito do corredor, haviam duas portas em cada lado do corredor e uma na ponta do mesmo. O quarto que eu entrei era grande, suíte, na verdade. Aparentemente todos eram. Uma cama grande, guarda-roupas de madeira e uma mesinha de estudos. Sem televisões, e isso pode ser bom. Deixei minha mala em cima da cama e segui para a varanda, que tinha uma vista simplesmente maravilhosa. Parecia uma daquelas paisagens de início do Windows.

-Ai que delicia, olha meu vizinho de quarto. -Gritou Margot.

Aparentemente todos os quartos tinham varanda também. Gente, que casa é essa, caramba.

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