Capitulo Quatro

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Amélia sai de sua casa o mais rápido que consegue, quando ela chega no DCC, encontra seu noivo observando algo no microscópio.

—O que você está observando, Alec?

—Uma amostra de sangue de um humano selvagem que seus pais trouxeram da floresta. —Ele diz sem olhá-la.

—Eles continuam com isso?

Trazer humanos para servirem de cobaia para nossas experiências? Alec, você sabe que eu nunca concordei com isso! Por que continua incentivando eles?

—Amélia, é nossa melhor opção. Não podemos colocar em risco a vida das pessoas que moram conosco.

—Eu já dei uma ideia, por que vocês não a aproveitam?

—Por que pode não dar certo! Podemos fazer alguém contrair o Animika.

—É um risco, Alec! Um risco! Não somos perfeitos! Podemos cometer diversos erros! Mas um dia podemos acertar.

—Amélia, prefiro cometer erros com um deles do que com um dos nossos.

—Você fala deles como se eles fossem animais.

—São quase isso. Você não sabe por que nunca quis descer naquele laboratório e descobrir com seus próprios olhos, mas eles se comportam como animais.

—Não quero mais falar sobre esse assunto. —Ela diz se afastando dele e se apoiando em um balcão.

—Eu também não, vou avisar aos seus pais que você chegou.

Ele deixa Amélia sozinha.

Amélia e Alec só brigavam por esse motivo. O fato dele apoiar os pais dela quando o assunto é continuar trazendo os humanos selvagens para o laboratório.

Somente esse motivo.

E ela já estava cansada das brigas que agora estavam cada vez mais constantes.

—Amélia, que bom que você chegou querida! —Eleonore vem abraçar a filha.

Amélia abraça a mãe, mas está relutante e Eleonore percebe.

—O que aconteceu?

—Por que trouxe mais uma pessoa pra cá?

—Esse assunto de novo, Amélia?

—Sim, mãe, esse assunto de novo até a senhora me dizer um motivo plausível para isso.

—Você já sabe, Amélia. Precisamos deles como cobaias para aplicarmos testes, remédios, soluções...

—Isso não é um bom motivo para fazer isso. Isso é crime!

—E quem vai nos impedir de algo, Amélia? —Eleonore encara a filha, ela está cansada de toda vez discutir o mesmo assunto com ela. Se Amélia colaborasse tudo seria muito mais fácil. —Você sabe que quem faz a lei dentro de Callun é o Gaspard.

—E eu já disse mais de uma vez que não suporto aquele homem! Odeio ele.

—Sinto te decepcionar, Amélia, mas ele governa desde antes de você nascer. E quando ele morrer, quem vai assumir o seu lugar e o Samuel.

—Outro que eu não suporto. Se dependesse de mim, Callun nunca seria desse jeito.

—Mas não depende de você, Amélia, a presidência está com a família Mazzaroppi desde que Callun foi criada, e pode ter certeza de que não será você a tirá-la de lá.

The Lucky one [Projeto Red]Onde histórias criam vida. Descubra agora