Some Bruises Don't Heal

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Pov. Kara:

Mi casa es su casa, Jessica, sinta - se a vontade— digo e penduro meu casaco no cabideiro e começo a ir em direção a cozinha, mas antes vejo Jessica ir em direção aos diplomas na parede ao lado da escada

são seus?— ela questiona e eu sorrio, orgulhosa

todos eles, sociologia, psicologia, física e química— explico e bato com meu indicador e com meu médio levemente na minha têmpora - como eu disse antes, leitura de mentes tem esse grande benefício

Deixo ela analisando os diplomas e me direciono a cozinha, indo atrás de uma garrafa de água.

Espero que não ligue pela bagunça, eu fiz algumas...— falo de cabeça baixa, analisando o chão sujo e alguns materiais de construção enquanto caminho até a sala de estar, com umas garrafa em mão - reformas e...

Ao levantar a cabeça, as palavras morrem em minha garganta, pois vejo que Jessica está com uma foto em mãos, ao ver que foto é derrubo a garrafa e volto a olhar para o chão

Deixe a foto no sofá, Jessica— comando com lágrimas nos olhos e com um pouco de raiva na voz - vá para o seu quarto e durma até se sentir completamente descansada, eu preciso ficar sozinha

Ouço seus passos se distanciarem aos poucos, me sento no sofá, pego a fotografia, fico observando a mesma e deixo que minhas lágrimas corram pelas minhas bochechas, tirando um pouco do peso emocional de minhas já exaustas costas.

***

Pov. Jessica:

Acordo depois de várias horas e vejo que já está de noite, me levanto e percebo alguns sons vindos do andar debaixo, saio do quarto, desço as escadas e vejo Kara deitada no sofá, abraçada a foto de seus pais e a televisão ligada, vejo as horas e olho novamente para Kara

você deve estar cansada— falo como se ela pudesse me pudesse me ouvir, pego ela no colo - 3 e meia da manhã não é hora de criança estar fora da cama

Levo ela para o segundo andar, direto para o antigo quarto de Fred, que assim que abro a porta vejo que fora totalmente redecorado por ela, com algumas fotos de bandas de rock novas e até mesmo algumas antigas, sorrio ao ver que mesmo não tendo ligação sanguínea comigo a garota adormecida em meus braços tem algo em comum comigo

Kilgrave deve ter educado ela bem em matéria de música

Penso a colocando na cama, cubro ela e sem fazer barulho algum, saio do quarto e fecho a porta.

eu oficialmente preciso de uma bebida— penso em voz alta, desço novamente as escadas, vou em direção a cozinha e abro um dos armários, dando de cara com uma garrafa de Jack Daniel's, pego a mesma, abro e tomo um gole - por quê esse tipo de loucura só acontece comigo?

Inesperadamente recebo a resposta ao observar que os utensílios da cozinha e alguns outros objetos estão flutuando, ouço um grito que faz com que eu derrube a garrafa, quebrando a mesma, corro para o quarto de Kara, desviando dos objetos que flutuam e adentro o quarto

KARA, ACORDA— grito, tentando sobressair aos sons dos gritos e protestos dela, de repente ouço os vidros da janela se quebrarem e sinto algo cortar meu braço direito, mesmo sentindo uma dor horrível e o meu sangue escorrendo até a minha mão, me aproximo da cama e consigo tocar a mão de Kara - Charlie...

Como em um passe de mágica, tudo volta ao chão e Charlie abre os olhos, o curativo que Trish fizera em seu braço mais cedo tão ensaguentado quanto o corte em meu braço, me sento na cama e ela me abraça, com lágrimas nos olhos.

me desculpa, por favor, Jessica, me desculpe— sua voz transparecia o seu medo e tristeza, então tudo que fiz foi retribuir o abraço - me desculpa...

Sinto suas lágrimas molharem minha camiseta, aperto o abraço, como se para protegê - la.

eu a desculpo, Kara, está desculpada... 

A new SmileOnde histórias criam vida. Descubra agora