the downfall [+hes]

trinta e dois

Meus pés estão latejando de dor, andar de alto por Londres não é anda confortável e para minha felicidade, o metro está cheio e minha única opção é ficar em pé.

Depois da minha incansável manhã procurando agências que estavam empregando, entregando cópias do meu currículo, mostrando meu portfolio e ainda ter que aguentar um turno na loja de disco e depois voltar pra procurar mais agências, eu estou fisicamente morta.

Acho que fui à quinze agências, talvez? Nem me lembro, porém sei que quatro pareciam realmente interessadas.

Uma delas era consistia em fotografar Londres e cidades adjacentes como Brighton, Oxford e Windsor para uma agência de turismo. Ela seria minha escolha principal, porém iria ganhar só um pouco mais do meu salário além que iria ter que fazer um curso extra de fotografia porque pelo visto meu diploma não é suficiente.

O outro é impossível que eu seja selecionada, primeiro de tudo, tem concorrência. A agência é conhecida mundialmente por mandar fotógrafos para as mais diversas partes do mundo para fotografar conflitos e como todos os contratados pela empresa estavam em Israel, querem novas pessoas.

Os lugares disponíveis era Dublin e Cataluña, mandariam dois fotógrafos para cada lugar junto com um tradutor com quase tudo incluso. Teria que pagar para renovar meu passaporte, que também sairia caro entretanto, ao meu olhar, vale mais a pena do que pagar um curso para ficar aqui.

Destranco a porta de casa e vou direto para o banheiro tomar um banho. Assim que termino, deito na cama, não que eu fosse dormir, na verdade a probabilidade de eu virar a noite vendo Rick and Morty era grande.

Assim que começo a digitar minha resposta, meu visor escurece e mostra o nome de Andie, isso não parece bom.

- Tudo certo, Andie? - Digo, sentando-me no sofá, aflita.

- Sim sim, precisava falar com você, está livre? - Murmuro um sim e ela continua.- Sabe meu filho, Phillip? - Tipo a pilha? Sim. - Ele está namorando uma garota super fofa chamada Scarlett e hoje ele me contou que está planejando pedi-la em casamento..... - O que eu tenho haver com isso?-....no dia dos namorados. Ele queria chamar uma banda que estava tocando no restaurante quando eles tiveram seu primeiro encontro. Sei que nós assinamos um contrato e também sei que se alguma das partes desistisse, teria que arcar com as consequências. Phillip se oferece para pagar o cachê e...

- Andie, não é necessário, você já vez muito por mim. - Provavelmente, se não estivesse procurando os outros empregos, estaria desesperada mas se eu passasse para ir Dublin ou Catalunha, teria que ter essa mesma conversa com ela. - Está tudo bem.

- Oh querida! Eu sei como esse dinheiro é importante para você.

A campainha toca e eu fico impressionada como Harry já chegou, algo também não está cheirando bem. Abro a porta e tentando finalizar minha conversa com Andie.

- Eu tenho certeza...sim,sim...boa noite, Andie. - Suspiro, tacando meu celular para qualquer canto, ele está tão quebrado que nem logo mais. - Como chegou tão rápido aqui?

Me viro para figura de Harry, que tinha seu cabelo preso em um coque com alguns fios soltos, suas clássicas rasgadas pretas, botas e um sweater que tenho certeza que já o usei.

- Eu talvez já estava vindo quando te mandei mensagem...mas é uma hipótese.- Ele exclama mexendo os ombros, retirando alguns ingredientes. - Pensei em fazer burritos caseiros, é fácil de fazer já que você é um desastre na cozinha.

- Ei! Isso só é legal quando eu digo. - Reclamo, chegando mais perto da bancada. - Eu nāo sou um desastre total, sei fazer uma torça de maça muito boa, mas só a torta.

- Podia fazer essa torta para mim um dia desses.. - Harry murmura retirando um pedaço de carne embrulhado.

- Só a faço no Natal, então terá que esperar. - Dou ombros, pegando da sacola, alface e queijo.

- Não quer abrir uma excessão, não? - Harry faz um biquinho adorável mas mesmo assim mexo minha cabeça em negação. - Com que estava falando no telefone? Parecia frustada.

- O filho de Andie vai pedir a namorada em casamento no dia dos namorados, porque isso é uma ideia muito original. Não vou trabalhar lá, pelo menos ano que quem. - Acho que fiquei mais chateada do achava.

- Você vai achar outra coisa, ainda tem a loja de discos. - Era agora que deveria contá-lo sobre as agências?

Terminamos de fazer os burritos e tenho que dar quase todos os créditos a Harry, se não fosse por ele, teria queimado.

- Que filme quer ver hoje? - Harry me pergunta e eu tenho exatamente um em mente.

[...]

- I really love....the skillful way. You beat the other girls to the bride's bouquet.

Harry estava aterrorizado, para dizer o mínimo, sobre minhas poucas performances até agora e sobre eu saber alguns diálogos de cor. Espere chegar até  e "Time Wrap" e "Touch-a, Touch-a, Touch Me".

[ quero chorar por que isso ta curto demais e eu tive um sonho lindo com o Harry]