Capítulo 13

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Entrei em casa e meu pai estava sentado no sofá transparecendo preocupação, dei os primeiros passos em sua direção e dei um sorriso e disse
Eu: Oi pai.
P: ALICE. - ele fala se levantando rapido e indo me abraçar.
P: Acabei de voltar do hospital, ele me disseram.
Eu: Eu to bem pai. - falo o interrompendo e ele me abraça mais forte.
Eu: Ai.. minhas.. costas..ainda doem.
P: Onde voce tava? voce precisa volta pro hospital.
Eu: Ah.. isso não importa pai, o mais importante agora e voce saber que tem pessoas me perseguindo.. por algum motivo..
P: O Que?!
Eu: E eu vi.. eles entraram no meu quarto e.. estavam armados.. P: ahh.. - ele fala respirando fundo.
P: Eu vou fazer umas ligações.. ah.. agora.. vá dormi Alice, hoje deve ter sido um dia cansativo.. - ele murmura um tanto preocupado ainda.
Entrei em meu quarto e comecei a tirar minhas roupas e encarei os curativos em minhas costas, não sei como levei tanto pouco dano em um incêndio como aquele.. meu braço direito também estava enfaixado e minha perna doía um pouco, encarei a cama e enfim me joguei nela semi nua.
Acordei com dor nas costas e um pouco na perna, olhei pro relógio do criado mudo e eram cerca de 6:13 a.m., me levantei e fui ate o banheiro do quarto e tirei as ultimas peças de roupas e comecei a tirar os curativos, que revelavam uma cicatriz que se estendia por praticamente toda minha costa, eram queimaduras de 3 grau, me perguntava como não pude senti-las na hora, toquei devagar nelas e então ligo o chuveiro e tomo um banho frio que aliviaram as dores.
Sai do banheiro envolta em uma toalha e comecei a me arrumar, logo em seguida peguei meu celular e minha mochila e fui devagar ate a cozinha onde a percebia que meu pai assistia tv enquanto preparava algo.
''O colégio que sofreu o atentado, ainda não consegue explicar o que aconteceu, mas o esquadrão antibombas suspeita que tenha sido um ataque terrorista, a policia local ainda não se pronunciou e no total tiveram duas vitimas feridas que foram hospitalizadas e.. '' - ele tirou o volume da tv quando percebe que eu estava me aproximando.
P: Bom dia. - ele da um sorriso de canto.
Eu: Tentando cozinhar?
P: E.. tentando mesmo. - e eu rir
P: Eu falei com o pessoal do hospital e eles falaram que provavelmente 2 dias não foi o suficiente pros seus ferimentos cicatrizarem.
Eu: E..?
P: Falei que voce terminaria o tratamento em outro local.
Eu: Ate que voce não mente mal. - rir jogando minha mochila no sofá e me sentando em seguida na mesa e ele permaneceu serio.
P: Na verdade voce vai sim.
Eu: ãn?
P: Voce precisa fica em um lugar seguro..
Eu: .. Mas por quanto tempo eu ficaria nesse lugar? onde e esse lugar?
P: Voce não precisa saber e mais uma coisa, não conte isso pra ninguém, nem mesmo pra Taylor ou Logan. - respirei fundo e balancei a cabeça afirmando.
Então enquanto ele colocava os ovos na mesa, vejo a imagem de uma garota de beleza inegável estampada no noticiário.
Eu: Pai aumenta o volume.
''Nessa madrugada foi encontrado o corpo de uma jovem de apenas 16 anos, a policia local suspeita que tenha sido o ex-namorado o autor do crime, porem o caso ainda esta em aberto.'' - franzi os olhos e encarei a foto do suposto autor e da vitima e então meu pai desligou a tv e disse me encarando.
P: Termina de comer e se arruma vou te levar pro lugar.
Eu: O que? Agora?
P: Sim agora.
Eu: Não.. meus amigos podem ficar preocupados.
P: Eu disse pra voce não fala nada pra ele.
Eu: Eu vou inventar algo..
P: Alice.
Eu: Pai e serio, eles são meus amigos, merecem no mínimo saber se estou bem, eles são minha família também sabia?
P: arrhh.. tá.. tá, mas depois da aula voce vai direto pra lá, sem mais desculpas.
Eu: tá.. - falo dando um sorriso e continuo
Eu: Faço uma mala de pra quantos dias?
P: 1 mes.
Eu: .. u-m mes?
P: Só por prevenção.. agora come.
Eu: então ta quando eu volta.. eu vou direto pra esse tal local secreto?
P: Isso e como ja estamos atrasados e voce não quer comer vamos.
Eu: Mas.. P: Anda logo. - bufei e me levantei e segui em direção a carro, ele me levou ate a escola e parou em frente a mesma quando eu ia sair do carro ele puxou meu braço e disse.
P: quero te dar uma coisa que tava esperando pra dar no seu aniversario, mas como ele vai ser daqui a algumas semanas e voce vai ta longe de mim ta aqui. - ele fala pegando debaixo de sua poltrona uma caixinha preta com um lacinho dourado envolto.
P: Era da sua mãe..
Fiquei sentada encarando a caixinha por um tempo ate que a peguei.
P: .. não precisa abrir agora.. - ele fala dando um meio sorriso.
Eu: Obrigada pai. - falei o abraçando.
P: Ta, agora pode ir.. - ele fala limpando seus olhos que estavam lacrimejando.
Eu rir e ele sorriu e eu sai do carro.
Entrei na sala e logo me deparei com Leon setado perto da cadeira que eu costumo sentar.
Caminhei devagar ate minha carteira e sentei, ao meu lado estava Taylor e na minha frente Logan e logo atras de mim estava Leon que parecia nem respirar.
Taylor e Logan viram pra mim e me encaram.
L: O que aconteceu com voce ontem?
Eu: humm? - murmuro destraida tirando o caderno da mochila.
T: Aloo? voce não tava no hospital?
Eu: Ah.. sim .. recebi alta ontem. - dei um meio sorriso.
L: ãn? - Logan murmura desconfiado e então a professora entra na sala, nunca fiquei tão agradecida por ve la.
a aula seguia como de costume um tedio ate que Leon me entra um papel pela parede.
Peguei o papel e tava escrito ''por que veio?'', então peguei uma caneta e escrevi logo abaixo: ''porque e meio que meu ultimo dia aqui'' entregue pra ele pela parede e ouço ele abrindo o papel.
L: o que? - ele sussurra e percebo que taylor nos olha rapidamente e faz um sinal de silencio mexendo os olhos em direção a professora.

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