Capítulo 4 - O Que Está Acontecendo, Wiven?

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Ela olhou pra ele e bufou, se deitando na grama e olhando para o céu. Suspirou e olhou para o garoto ao seu lado, querendo decifrar o mistério por trás daqueles olhos verdes.

– Quem está escondendo algo aqui, é você. Pelo menos mais do que eu.

– Tá. - Ele disse suspirando. - O que quer saber?

– Bem, o que está sentindo? Por que está com raiva, ou ressentido... Ou... Não sei. Tem algo errado contigo.

– Pergunta logo o que quer saber, ou não vou poder te responder.

– Olha eu vou ser direta, já que esse jumento não entende. - A Rolth disse revirando os olhos. - Que porra ta acontecendo contigo?

– Não ajudou muito. - Ele disse com um sorriso brincalhão, mas logo o mesmo sumiu. - Há alguns meses, falaram que eu tinha que vir com o Alex pra essa escola, tinha algo estranho nisso e eu queria saber.

– E descobriu?

– Não. - Suspirou se deitando do lado dela. - É uma droga.

– O que ele disse, agora a pouco?

Um silêncio reinou entre os dois. Winter o encarou, curiosa. Já Marco se perdeu em seus pensamentos, pensando no que iria falar dali por diante. Não podia contar a verdade pra ela, mas ao mesmo tempo não conseguiria mentir para a mesma.

– Que eu tenho que ficar calado e... Me manter longe de você. Algo assim.

– Ele me acha um problema? Estou cada vez mais irritada com esse cara. - Ela disse cerrando os punhos, mas logo os relaxando. - Mas vou levar como um elogio.

– Se ele ficar sabendo o que eu fiz... Estou ferrado.

– É só ele não ficar sabendo. - Ela disse o encarando e arrancando um sorriso do Fuyuki.

– Sabendo do quê? - Sorriu brincalhão, o que a fez se sentir bem. De algum modo, muito bem.

– Que não se afastou de mim, idiota. E espero que não faça isso, se não te corto ao meio. - Ela riu baixo e olhou par ao céu, nem ela sabia o por quê de querê-lo por perto.

– Se ele descobre estou morto mesmo. - Riu dando de ombros.

– Ainda dou uma lição nesse cara. - Disse num rosnado. - Depois que cumprir minha vinga... - Então parou de falar. Havia ido longe demais. Como ela não se tocou? Sempre foi tão controlada, mas, falar com ele era tão bom. As coisas fluíam sem pensar.

– Termine a frase. - Ele disse a olhando.

– Nada. - Mas percebeu que ele estava sério, a olhando. - Sério. Não é nada.

– Fala.

– Droga, por que eu te obedeço? - Suspirou se preparando e começou a contar. - Soube que tem uma forte concentração de mercenários nessa área. Estou procurando um específico e vou matá-lo.

– Sabe o nome?

– ...Não. Mas sei quem é, pois vou sentir a mesma sensação daquela noite. - Ela olhou-o nos olhos. - Conhece alguém?

– Não.

– Obrigada mesmo assim. - Disse suspirando, um pouco triste.

– Por que... Quer vingança?

– Minha mãe... Uoíko e meu Pai Yuuji... Foram mortos.

– Sinto muito. - Disse Marco se sentando.

– Não sinta. Vou matar o desgraçado. E se não conseguir... - Falou se sentando também. - Me mato.

– Não precisa se matar.

– Não terei motivo pra viver se não conseguir o matar. - Suspirou e o viu se levantar. - Já vai? Não aguenta minha melancolia?

– Na verdade, foi legal conversar com você.

– Primeira pessoa que diz isso. - A Rolth sorriu e o viu caminhar, saindo.

Suspirou e subiu na árvore novamente, deitando-se num galho. Vou matar meu irmão por me fazer dormir aqui.

No dia seguinte, Winter andou em direção ao quarto. Quase não havia dormido a noite, pensando em certo garoto. Respirou fundo e andou pelos corredores, logo chegando em sua porta e novamente pedindo pra seu irmão abrir a porta, que depois de ameaças, finalmente a abriu.

– Agora vai me contar o que aconteceu? - Ela disse revirando os olhos e entrando, se sentando na cama.

– Nada... - Ele disse andando até a própria cama e se deitando de novo, quando o celular do mesmo tocou.

– Seu celular.

– Deixa tocar. - Murmurou, ficando corado.

– Não está na hora da sua aula de violino? - Disse erguendo uma sobrancelha.

– Não vou. - Falou e se cobriu, não querendo falar mais.

Ela suspirou e resolveu não tocar mais no assunto. Alguma coisa havia acontecido com o irmão, e algo lhe dizia que era algo bom, mas ele não queria contar porque era algo constrangedor.

– Você está gostando de alguém... Ah que fofo. - Ela riu olhando-o corar mais ainda.

– Winter... Por favor, não quero falar sobre isso.

– Okay. - Riu e saiu do quarto depois de tomar um banho.

Foi às aulas do dia e quase morreu no tédio. Passou todas as aulas desenhando as coisas que lhe vinham a mente. Começou desenhando lobos, sua forma de espantar o stress, mas logo começou a fazer traços humanos e quando se deu conta, havia desenhado Marco. Corou olhando a folha e fechou o caderno.

Saiu da sala quando bateu o sinal e andou em direção à sala de música. Ela sabia tocar violino, mas fazia muito tempo que não tocava e algo nesse dia especial a preenchia de vontade. Além de que estava na hora da aula de seu irmão, e ela queria ver o mesmo tocar.

Caminhou pelos corredores, chegando a outro compartimento da escola, onde havia os clubes e salas de aulas extracurriculares, como música, dança, teatro e outras coisas. Procurou pela sala de música e ficou na ponta dos pés, olhando a janelinha alta. Avistou o irmão tocando violino no centro da sala e um homem de cabelos ruivos o observando. Wiven o olhava corado enquanto tocava e o ruivo sorria de olhos fechados ouvindo a música. Quando a mesma acabou, o ruivo andou até o Wiven e ajudou ele a tocar uma nota que o mesmo não alcançava, e pra isso segurou nas mãos do Rolth.

Acabei de curtir os dois juntos... Sorriu e os observou. Quando o olhar dos dois se encontrarem, o mais alto, que era o professor se aproximou e beijou o azulado com paixão e pegando o violino do mesmo, colocando de lado e o puxando pra perto, colocando as mãos em volta da cintura de seu parceiro. Cara, isso é muito melhor que só ler fanfics yaoi. Riu Winter consigo mesma e foi saindo devagar pra não atrapalhar o casal.

– Hm? – Disse percebendo que havia esbarrado em alguém e se virando pra ver quem era.

Droga. Por que justo ele?

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⏰ Última atualização: Dec 19, 2016 ⏰

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