Deux

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Harry Styles era um verdadeiro provocador.

Louis, de verdade, não entendia o amigo, eles se conhecem desde que o menor, aos 8 anos, fugiu do orfanato para poder brincar no parquinho e trombou em um garoto, que foi direto ao chão, fazendo com que Louis gargalhasse e se prontificasse a ajudá-lo, no entanto tudo que recebeu em gratidão foi o que deveria ser um forte soco, mas que mais parecia um cumprimento, fazendo com que o pequeno gargalhasse mais um pouco e estendesse a mão, resfolegando um divertindo "Oi".
São amigos inseparáveis desde então.

Na infância e pré-adolescência, Harry costumava caçoar de Louis, por esse ser pequeno e gordo. Não era com intenções maldosas, apenas era o que era e o de olhos verdes não se incomodava.
Entretanto, depois dos 15 anos o corpo do garoto foi se modificando e Tomlinson pôde dizer amém à puberdade. Junto ao corpo de Louis a forma com que Styles o tratava também foi mudando, esse passou a ser menos brincalhão quanto ao corpo do menor e mais provocador quanto a isso, deixando claro que o desejava.

A questão é que Harry tinha certa fama de galinha e Louis não ia ser mais um na listinha do amigo, de jeito nenhum. Então ele apenas foi ignorando isso, tomando como uma brincadeira e, com o passar de um ano, entrando no jogo de Styles. Completando 3 anos nesse excitante e um tanto quanto verdadeiro jogo de provocações e beijos e toques roubados.

...

- Lou, você deveria ter ido à festa na casa de Joshua. Porra! A melhor do ano. - Niall exclamou gesticulando excessivamente com as mãos tentando demonstrar o quão foda havia sido.
-Niall só fala isso porque foi chupado por duas garotas. - Zayn diz simples. - A festa em si foi pacata, nada foi quebrado, nenhuma substância consumida. Foi um saco. - Completou, acendendo um cigarro.

Os garotos estavam em um parque, sentados na margem de um lago aproveitando o raro sol enquanto gazeavam aula. Louis deitou na grama e tentou cochilar, ele sabia que a tal festa seria um porre e por isso mesmo decidiu que ficaria em casa escrevendo.

-Como está seu livro? - Harry perguntou sentando ao seu lado, acabara de chegar.
-Como anda sua amiga? - Louis perguntou afiado ao ver uma grande marca roxa no pescoço do maior. Não era ciúmes, ele apenas não se sentia confortável falando sobre seus escritos, mesmo que com Harry.
-Bem, eu acho. - ele respondeu simples.
-Aí está sua resposta. - o menor respondeu tentando encerrar no assunto e voltou a fechar os olhos, sorrindo ao sentir o sol contra sua pele.

O garoto já havia cochilado quando sentiu algo molhado contra seu pescoço e uma pequena, desprezível até, dor, o que foi o suficiente para que ele acordasse tendo sua visão atrapalhada por um emaranhado de cachos. Harold.

Ele empurrou a cabeça do cacheado e sentou-se olhando feio para ele, Harry ria de uma forma safada.
-Posso saber porque estava me marcando? - Louis o interrogou impaciente, hoje definitivamente não era dia para as provocações de Harry.
-Não quero que você saia com aquele nerd. - ele disse lentamente como se fosse óbvio e dois amigos os encaravam.
-Harry, você não tem o direito de intervir em nada na minha vida, essa é a única coisa que vem funcionando, eu desejaria mantê-la assim.
-Nós vamos casar, Boo. Lembra? Eu tenho o direito de intervir. - Harry sussurrou contra o ouvido de Louis, usando o velho apelido e citando a promessa que fizeram na infância. - Porque eu sou seu futuro esposo.
-Não diga bobagens. - Louis levantou um tanto quanto abatido. - Agora, se as princesas dão licença, eu preciso dar um jeito nesse roxo antes de encontrar Leroy.
...

"O parquinho estava movimentado para a manhã de um dia letivo, Louis e Harry haviam escapado da escola, já que agora estudavam juntos, e estavam jogando areia nas outras crianças e correndo quando os adultos chegavam para ralhar com eles.
-Boo, porque você não mora numa casa de verdade? - o jovem Harry perguntou inocente.
-Eles dizem que é por que eu sou bom demais para os adultos e, se quer saber, eu não preciso deles. - Tomlison resmungou, queria parecer que não ligava muito, mas sua voz e suas feições tornaram-se tristes e Harry percebeu.
-Tem razão, não precisamos dos adultos, ser criança é muito mais legal! - ele gritou puxando o amigo pela mão, tentando afastar a tristeza do amigo mais velho.

YOUTH [AU! Larry Stylinson]Where stories live. Discover now