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Cry Baby acorda depois da única noite de sono agradável de que ela se lembra. Ela acorda e Johnny ainda está dormindo. Ela levanta da cama e desvia os olhos diretamente para ele. "Ele não deve ser tão ruim" ela pensa. Antes de chegar na porta, ela escuta uma voz.
Johnny: Ei... Você dormiu bem?
Cry Baby: Eu... por que você se importa?
Johnny: Bom dia...
Cry Baby se sente envergonhada por ter sido dura com ele mas não diz uma palavra e sai do quarto.
Sra. Montgomery: Bom dia, minha filha! Dormiu bem?
Cry Baby: Sim. E a senhora?
Sra. Montgomery: Bem. Eu escutei uns gritos de madrugada. Estava tudo bem mesmo?
Cry Baby: Sim, era só um pesadelo.
Johnny: Você tinha que ver sua cara gritando!-ele diz, tentando criar alguma intimidade mas ela lança um olhar, aparentemente de ódio ou desprezo, que o faz parar de falar. Ele vai até a cozinha e prepara seu café da manhã. Sem saber porque, ele não para de olhar para ela, de pensar como ela fica linda de blusa de frio e short. Ela anda até lá e senta em uma das cadeiras. Ele encosta na mesa, ao lado dela.
Johnny: Agora nós somos irmãos, então por que você não tentar me dar uma chance de mostrar que eu não sou ruim? Você nem me conhece e age como se eu fosse te machucar caso você abra uma brecha... Eu nunca te machucaria.
Ela se sente tão envergonhada que enrubesce e abaixa a cabeça. Ele mexe no cabelo e leva seu prato para o sofá. Por um momento, ela cogitou segui-lo para se explicar mas decidiu que não queria criar intimidade.
Sra. Montgomery: Querida, você não se sente mal por sempre ser chamada de Cry Baby?-ela assente, enquanto segura uma caneca perto do rosto, como se fosse se esconder dentro dela.-nós podemos ir no cartório hoje, caso você queira mudar...
Cry Baby: Eu adoraria, senhora. Obrigada.
Sra. Montgomery: Não seja tão formal. Eu sou sua nova mãe!
A palavra "mãe" não agradava muito Cry Baby mas ela podia usá-la se isso fosse confortar a senhora.
Cry Baby: Obrigada... mãe...
Sra. Montgomery: Bem melhor!
Ao chegar no cartório, elas trocam olhares e sorriem.
Sra. Montgomery: Você tem algum nome em mente?
Cry Baby: Eu sempre gostei de Melanie.
Sra. Montgomery: É um nome lindo!
Atendente: Posso ajudar?
Sra. Montgomery: Bom dia, nós queremos mudar o nome da minha filha.
Atendente: Nós precisamos da assinatura da mãe dela.
Sra. Montgomery: Eu sou a mãe dela.
Atendente: Eu me refiro à mãe biológica, senhora.
Sra. Montgomery: Mas a mãe biológica dela morreu, não é mesmo?
Cry Baby junta suas mãos e desvia seu olhar para o chão.
Sra. Montgomery: Cry Baby, sua mãe biológica está viva? Eu posso ser presa por te adotar!
Cry Baby: Não era minha intenção, eu juro! Eu só quero uma família de verdade.-ela diz, porém tenta sair do lugar com medo. Ao passar pela porta, dá de cara com Johnny.
Johnny: O que aconteceu?
Cry Baby: Eu sou burra, é só isso!
Ela tenta sair mas ele segura ela pelo braço.
Johnny: Não vai embora, por favor...
Cry Baby: Por quê?
Johnny: Eu sempre quis ter uma irmã.
Pela primeira vez, ela sorri para ele. "Ele não pode ser tão ruim assim" ela pensa. Então ela se acalma e volta com ele.
Sra. Montgomery: Me desculpe se eu te pressionei, minha filha, mas tudo vai se resolver. Sua mãe só precisa assinar os documentos que transferem dua guarda pra mim. Você pode falar o nome dela, por favor?
Cry Baby: Beatrice Martinez
Atendente: Achei. Só preciso fazer uma ligação.
Johnny: Logo você vai ser oficialmente minha irmã!-ele diz com o braço envolto nos ombros dela.
Cry Baby sorri.
Alguns minutos se passam e lá está Beatrice, com uma garrafa em uma mão e um cigarro em outra.
Atendente: A senhora concorda em transferir a guarda da garota Cry Baby para a senhora Elizabeth Montgomery?
Beatrice: Quem se importa com essa criança imunda?-ela diz e assina os documentos.
Cry Baby instintivamente abraça Johnny. Depois percebe o que ela tinha feito e empurra Johnny, envergonhada.

Scarlet Heart #WATTYS2017Onde histórias criam vida. Descubra agora