Wrong, sin and immoral.

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Anjos não deveriam questionar; Questionei.
Anjos não deveriam duvidar; Duvidei.
Anjos não deveriam sentir; Eu senti.
Anjos não deveriam se apegar aos seus protegidos; Me apeguei.
Anjos não deveriam amar; Amei.
Me deixei cair em tentação e cai.

Sentimentos foram feitos para os humanos, eu sabia. Mas não pude evitar senti-los. Me condenei por um longo tempo, mas acabou sendo mais forte do que eu.
Quando me dei conta, não havia céu ou inferno que pudesse me virar contra ele.
Era errado, sempre soube. Mas o que eu podia fazer?

Tentei fugir, me enganar, esquecer...
Mas quando dei por mim, nossos lábios já estavam unidos e nossas línguas se moviam juntamente. Primeiro de forma tímida, mas logo uma buscava a outra com fervor.

Eu devia me afastar, mas fiz o contrário. Minhas mãos estavam em sua nuca e meus dedos se enroscavam em seus fios claros. Nem minha força sobrehumana era suficiente para nos separar.

Anjos deveriam tirar os humanos do pecado, não se afundar com eles.

Seus lábios buscavam cada vez mais a pele do meu receptáculo. Eu devia para-lo quando com cuidado ele começou a retirar minha roupa, não ajuda-lo, muito menos abrir os botões de sua camisa e deixar meus toques por sua pele recém descoberta.
  
Não deveria deixar que aqueles lábios que eu acabara de provar descessem até minha intimidade. Muito menos gemer com os movimentos que ele fazia em meu membro, primeiro com toques suaves de sua palma e engolindo-me quase por completo em seguida.
Eu deveria afasta-lo, não agarrar seus cabelos e traze-lo para mais perto, causando espasmos por todo meu corpo ao me sugar tão ágil e ao mesmo tempo tão lentamente.

O prazer carnal é errado não é, para os anjos? Mas não consegui conter minha voz rouca e impedi-la de soar tão carente ao pedir por mais. Muito menos consegui me controlar ao gritar insistentemente por mais quando seu membro começou a adentrar meu corpo. Uma dor forte surgia enquanto ele me tomava. Esse era o preço do pecado? Logo a dor tornou-se incômodo, e tudo o que eu conseguia era gemer e pedir por mais. Mais rápido, mais forte, só... Mais! Era tão errado e ao mesmo tempo tão certo como nossos corpos se chocavam...

Errado, pecado e imoral, mas minha voz saia automática chamando por seu nome. Tudo o que minha mente conseguia processar era o barulho pecaminoso do corpo de Dean quando se chocava com ardor contra minha virilha. Eu já não tinha forças e muito menos vontade de parar. Eu só conseguia arranhar seus ombros com força e marca-lo. Um gemido mais alto saiu da minha garganta no mesmo instante  em que senti meu líquido sujando nossos abdômens. Nos segundos seguintes, minha respiração falhava e Dean não diminuía os movimentos, com estocadas mais fortes e potentes, batendo seu membro insistentemente naquele ponto que causa aquela sensação tão boa em mim, soltando um suspiro e derramando-se em seguida dentro de mim.
 
Exaustos, cansados e suados, Dean saia de dentro de mim e nossos corpos se juntavam num abraço torto sobre a cama. Nossos olhares se encontravam e nossas respirações estavam ofegantes. Antes que pudessemos procurar desculpas para o que acabara de acontecer, Dean adormeceu com a cabeça sobre meu ombro. Não pude conter o sorriso que surgiu em meus lábios ao ver sua expressão serena. Nossos corpos estavam aninhados e unidos...
  
Anjos não deveriam se entregar ao pecado dessa maneira, mas eu o fiz.
Me perdoe, pai, mas eu pequei.
Me perdoe, pai, mas sou incapaz de deixar de pecar.

Sorry father, but I have sinnedOnde histórias criam vida. Descubra agora