Capítulo 10

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– Alex –

Cuidado! – Disse conforme abaixava Ash no sofá.

— Obrigada! – Ela agradeceu fazendo uma careta e recostou nas almofadas.

Nós saímos do hospital meia hora antes, após a medica ter concedido alta a ela. A médica atestou que Ashley tivera várias escoriações, sendo a mais grave na costela esquerda. Por sorte ela não quebrara, mas estava causando dor o suficiente para fazê-la chorar de vez em quando. Cada vez que isso acontecia eu tinha vontade de ir até a delegacia e socar a cara daquele verme até virar do vesso. Ela também tinha um nariz quebrado, vários cortes e muitos hematomas espalhados pelos braços e pernas. O que me preocupava mesmo era a pancada na cabeça, que ela levara ao cair no chão. A médica descartou a possibilidade de trauma e ela estava apenas com um galo.

Alec apareceu para registrar queixa e levou Kyera para casa. Ela vomitara bastante e eu fiquei preocupado, mas ela dissera que fora algo que comera mais cedo.

— Vou arrumar a cama para você deitar! – Eu disse beijando a testa dela e seguindo para o quarto. Queria Ash bem confortável, por isso tirei um enorme edredom de dentro do guarda roupa e pus na cabeceira para que ela pudesse se recostar melhor junto aos travesseiros.

— Prontinho! Agora deixe eu colocar uma água no fogo para fazer uma sopa e a ajudarei a tomar um banho.

— Alex? Não está tarde para uma sopa?

— Que nada! É instantânea e só vai levar alguns minutos.

Ela bufou cruzando os braços e grunhiu ao lembrar a dor. Ash estava com vários curativos por causa dos cortes.

Eu passei pela bancada deixando a pistola que carregava e segui novamente para o quarto. Ash franziu a testa, mas não dissera nada. Ela já me vira armado algumas vezes e parecia não ter medo. Era diferente de outras garotas que já me viram com a arma na cintura antes e entraram em pânico.

Ashley se tornara corajosa e destemida. Eu a vira batendo naquele cara e tentando fugir, mas tive que entrar e chamar Alec, pois do contrário o mataria. Ele a todos os outros que aguardavam sua vez em uma rodinha ridiula de pervertidos. Por mais estúpido que eu seja, nunca forcei uma mulher a fazer algo que não queria. Era horrível ser rejeitado, o que acontecia com quase nenhuma frequência, mas sempre que ocorria eu deixava para lá e investia e outra que estivesse disponível. Isso contava com as bêbadas também. Mesmo que estivessem a fim, eu preferia que estivessem conscientes e lúcidas.

— Prontinho! – Disse retornando do quarto com algumas peças de roupa. – Agora vamos tomar um banho!

Ash ergueu a cabeça arregalando os olhos. Rapidamente sua face ficou vermelha e ela enrubesceu.

— Calma! – Disse levantando a mão com um gesto de defesa. – Prometo não olhar!

Eu a olhei sério e Ash riu como se eu fosse um maluco falando algo inusitado.

— Qual é a graça? – Perguntei pegando-a no colo e levando em direção ao banheiro.

— Você! – Ela respondeu se acomodando no vaso onde a coloquei sentada. Ash tinha o peso de uma criança de doze anos.

— Eu? – perguntei confuso e abaixei para tirar seus sapatos.

— Sim, mas não como uma piada!

— Explique-se Keller!

— Estava achando graça de você sendo gentil e cuidadoso.

— Mas eu sou gentil e cuidadoso! – Disse com arrogância. – Na maioria das vezes.

Serie Corações Traiçoeiros - Livro 02 - Coração Indomável (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora