Christmas Special: Styles's family

142 8 11
                                    

Capítulo revisado por Luísa

Holmes Chapel – 24 de dezembro de 2016

Harry Styles

– Harry, como é bom tê-lo em casa!! – mamãe correu para me abraçar assim que abri a porta.

– Mãe, eu sempre venho – passei o braço por sua cintura e beijei sua bochecha em saudação.

– Eu sei, filho, mas eu ainda fico com saudades – ela me soltou e foi voltando para sala. – Leve suas coisas para cima e venha me ajudar a embalar os últimos presentes. Ainda falta o dos seus primos e do seu tio. Comprou o do seu pai, não foi? – arqueei as sobrancelhas, como ela falava muito. – Estou esperando uma resposta.

– Vou levar, desço em cinco minutos... – comecei contando nos dedos, mas parei para pensar no que ela havia dito depois. – Certo e comprei – finalizei e ela concordou com a cabeça. Não esperei que falasse mais alguma coisa, subi correndo com minha mala e a deixei ao lado da minha cama.

Resolvi tomar um banho rápido, apenas para me manter acordado até o horário do almoço. Vesti uma das minhas calças jeans preta e uma blusa de mangas da mesma cor, a temperatura lá fora deveria estar abaixo de seis graus e eu tinha quase certeza que havia algo errado com o nosso aquecedor.

– Onde estão Gemma e Robin? – questionei quando percebi que não os havia visto.

– Robin foi à casa de seu irmão e Gemma saiu, acho que foi na casa de Nicole – mamãe respondeu sem me olhar, ela estava depositando toda a sua atenção nos presentes que tirava de uma bolsa e colocava em cima do sofá. – Eu me esqueci de avisar que era para embalar na loja – explicou quando me viu segurando dois vestidos da ASOS e duas blusas da Topshop, com certeza aquilo era da minha prima. – Como foi a viagem?

– Tranquila – dei de ombros.

– E esses últimos dias? – franzi as sobrancelhas com aquela pergunta e a encarei, percebendo que não era para aquela pergunta que ela queria respostas. – Tudo bem, eu não queria perguntar para você não ficar com raiva, mas você já percebeu.

– Eu gosto dela... – a cara de espanto que ela fez, me fez olhar atrás de mim para ter certeza que não tinha um ser de outro mundo ali. – Não estou mentindo.

– Não disse que estava, apenas me assustei com essa declaração – foi a vez dela de dar de ombros. – Não é todo final de ano que escutamos você dizendo isso. Mas me diga o que te faz gostar dela.

– Sabe aquele tipo de pessoa que você se sente bem quando ela está por perto, que você tem vontade de lhe contar todos os seus segredos um segundo depois de tê-la conhecido? – Anne concordou com a cabeça. – Então, ela é assim. Eu sinto que posso lhe contar tudo – a encarei e, só de fazer aquilo, temi pelo que ela falaria em seguida.

Você gosta dela ou da atenção que ela lhe dar? – arregalei os olhos com aquele questionamento. Abri a boca para dar uma resposta sem pensar, mas mamãe me interrompeu antes: – Pense melhor na resposta e, quando souber, fale para si mesmo – o sorriso que ela me mandou foi o mais reconfortante que já recebi em minha vida. Concordei com a cabeça e, mesmo sem saber que aquilo me perseguiria por dias e meses, me prometi que pensaria numa resposta mais tarde. – Eu queria mudar de assunto para aliviar a tensão, mas quero perguntar sobre outra coisa.

– Mãe, você sabe que pode perguntar tudo que quiser – terminei de colocar os presentes de Ella, minha prima, numa embalagem bonitinha e já estava pronto para ocupar um lugar no pé da árvore de natal.

– Você mandou parabéns para ele? – soltou num suspiro só. Dei até um passo para trás, assustado demais para formar uma resposta coerente.

Uma Vida de MentirasOnde histórias criam vida. Descubra agora