2 - O Início De Uma Operacão

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Agora...

Seus olhos que a pouco estavam fechados me observam atentamente, um sorriso sapeca se encontrava em seus lábios, eles se abrem e dizem:

- Vai continuar me encarando que nem um idiota?

Oh meu Deus, agora ela ta falando. Mas isso não é possível.
Fecho os olhos, esperando que ao abri-los ela não estivesse mais ali.

- Adriannn...- ela cantarola meu nome.

- Sai... Sai da minha mente - digo, entrando em desespero.

Abro os olhos, olho para cima e seus olhos azuis não me encaravam mais. Isso. Foi apenas uma alucinação, nunca mais bebo desse jeito.

Saio daquele transe e resolvo ir atrás da garota que havia deixado sozinha ou qualquer vadia que encontrasse pela frente. Elas tirariam Katrine de minha cabeça, mesmo que momentaneamente.

Vou primeiro ao banheiro. Iria lavar meu rosto e tentar esquecer aquela doidera.

O banheiro estava vazio, mal iluminado e com um cheiro horrível. Pareciam até que urinavam nas paredes, e sendo um banheiro masculino eu nem duvidava disso.

Abro a torneira, e observo a água cair, coloco minhas mãos em concha e pego um pouco de água, levo ao meu rosto em uma tentativa de me manter calmo e esquecer aquela visão.

Quando volto a abrir meus olhos, vejo um corpo no reflexo do espelho, um lindo corpo que não deveria está em um banheiro fedido como aquele, que nem mesmo deveria existir.

- Uma vantagem de está morta é que não sinto esse cheiro que você parece sentir. - ela diz sarcástica, observando meu olhar de espanto no espelho.

Viro-me e ela não estava mais lá. Saio correndo do banheiro, daquela festa. De tudo aquilo.

Encontro meu carro que estava estacionado próximo a festa, busco minhas chaves e entro rapidamente, tento colocar a chave na ignição, mas minhas mãos não paravam de tremer.

Uma cabeça surge ao meu lado, viro-me assustado.

- Buu! - ela diz, com um sorriso nos lábios.

Coloco as mãos sobre os olhos, encolho me no banco de motorista. O desespero começa a me invadir e uma agonia brota em minha garganta, numa tentativa de fazer a dor passar, deixo as lágrimas fluírem.

Porque aquilo tava acontecendo?

- Ei...- uma voz sussurra em meu ouvido, mas eu não tenho coragem de olhar.

- eu só queria ter uma entrada triunfal, não queria te fazer sofrer, quer dizer... Só um pouquinho. - ela diz, em meu ouvido.

Solto minhas pernas, e olho para frente, ainda não tinha coragem suficiente para olhá-la.

Limpo as lágrimas que ainda teimavam em cair e hesitante, digo:

- porque... Me fazer sofrer?

- Eu disse só um pouquinho... A questão é que você anda agindo que nem um babaca e isso tem que mudar.

Olho-a e aqueles lindos olhos azuis me encaravam pensativos.

- O que quer dizer com isto?

- que eu vim para ajudar - ela diz, se senta no banco ao meu lado decidida a ir comigo.

- A operação começa hoje... Ah não, você dorme... Então amanhã!

- que operação? - pergunto.

- Xiuu! Apenas dirija.

KatrineOnde histórias criam vida. Descubra agora