Agora...
- E-eu não entendo - digo, desesperado.
- simples meu amor, eu voltei... Mas não para ficar.
Estanco em meu lugar, paro o carro na beirada da rua e digo:
- não me chame assim. - imploro, com os olhos fechados.
- assim como? - ela indaga, confusa.
- Meu amor... - respondo, com os olhos ainda fechados. Aquilo doía.
O silêncio paira entre nós, desconfiando daquilo abro os olhos. E ela não estava mais lá.
Dirijo até minha casa, confuso com toda aquela situação, não estava certo sobre o que via ou ouvia. Ainda torcia que a culpa fosse da bebida.
Ao chegar em minha casa, Estaciono o carro na garagem, pego minhas chaves e abro a porta.
As luzes estavam desligadas, busco o interruptor e trato de liga-las. Escuto um barulho atrás de mim. Desconfiado viro-me de uma vez, vendo apenas Roni, meu gato de estimação passeando pela casa.
Achei que poderia ser ela, querendo me fazer mais uma "Surpresinha", mas não, ela não apareceu mais.
Tiro minhas roupas, e entro no chuveiro, sentindo sempre uma sensação estranha de que algo me observava.
Fecho os olhos e deixo a água levar toda aquela dor, frustração e angústia, todos esses sentimentos ruins, para longe de mim.
Já em meu quarto, desabo em minha cama, não criando coragem nem de me vestir.
Sinto a claridade sobre meus olhos, abro-os e sinto a queimação em minha cabeça, a ressaca ia ser das boas.
Escuto um risinho e olho para o lado, não mais me surpreendendo, afinal, a culpa não era da bebida.
- Fiu fiu - Katrine diz, ao meu lado.
Levanto-me de uma vez, olho- a em espanto e ela sorrir.
Quando seu olhar que a pouco estava em meus olhos descem até minha virilha, olho para baixo, vendo está completamente nu.
- Jesus Cristo, como você já ta aqui? - digo embasbacado, cobrindo minhas partes íntimas com a mão.
- ah me poupe, até parece que eu já não vi, senti e toquei cada parte do seu corpinho. - ao dizer isso, faz um movimento com o dedo indicador percorrendo cada parte de meu corpo.
Sinto meu rosto esquentar, e não tiro minhas mãos de onde estavam. Ela revira os olhos e se levanta, ficando de frente a mim.
- afinal, o que é você? - indago.
Ela não responde, e eu continuo perguntando.
- é um demônio? Um espírito? Um...
- xiu! - ela diz, me interrompendo. - a melhor definição para mim, seria a de um... Fantasma, isso mesmo, um fantasma! - ela concluí.
- e por que voltou agora? - digo baixinho.
- porque você precisa da minha ajuda, já faz um ano e você só acaba com sua vida e então eu vim, eu vim te ajudar a parar com isso.
- e o que você pretende fazer? - digo, com a incredulidade presente em minha voz.
- te achar um novo amor. - responde.
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Katrine
ContoEle usava o vício, as garotas e tudo o que não prestava para esquecê-la. Ela foi o amor de sua vida, tudo o que ele considerava importante, ela era seu tudo e então ela se foi. O que você faria se o amor da sua vida te ajudasse a seguir em frente...