Capitulo 33-Culpa.

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Antes do Diego tentar abrir a porta.

Júlia,

Eu tive que rir quando vi Katellyn daquele jeito.
Pessoa sensível assim não pode viver nesse mundo.
Branca igual a neve,pele gelada,lábios sem cor,fisionomia de puro cansaço.

E nem um pouco de pena senti.

Arranquei o travesseiro que estava em sua cabeça fortemente,fazendo a mesma acordar.

Sorri pra ela e a mesma arregalou os olhos.

—Não vai falar nada? Não vai começar a rezar,orar usar a sua crença pra não ir pro inferno? —ri com sarcasmo. —Acho melhor você fazer isso,pois será seus últimos minutos viva.—sorri com frieza.

Katellyn abriu a boca várias vezes tentando falar,mas acho que seu medo a impediu.

—O que está fazendo aqui?—perguntou com a voz fraca.

Caminhei pelo quarto,com o travesseiro na mão,sorrindo.

—Você não entendeu o que eu disse? Eu vim conquistar minha felicidade,querida, amiga. Sabe,às vezes temos que fazer de tudo por ela...

—Você consegue ser feliz tirando a vida de uma pessoa?

—Já passou do tempo de você morrer,garota. —pisquei pra ela.

—Júlia,você é masoquista...—ela disse com nojo.

Aquilo tinha me ofendido.

—Até em uma cama,debilitada,você mexe com o fogo não é,garota?—falei levemente,irritada.

—Você não pode fazer isso,você vai se arrepender. —disse com a voz embargada.

Olhei seus batimentos no aparelho e seu coração estava batendo muito rápido,insinuando que ela estava com medo.

Algo atrás de mim se mexeu e eu soltei uma risada.

Era a maçaneta.
Alguém estava tentando abrir.

—Está com medo não é?

Ela não disse absolutamente nada,apenas desceu uma lagrima em sua bochecha.

—Vou acabar logo com isso.

Quando eu ia me aproximar,a porta deu um estrondo,me fazendo dar um pulo para trás.

Eu sei que é você Júlia! Abre isso! —era o Diego.

Katellyn,

Eu sei que é você Júlia! Abre isso! —Era meu marido.

Me desesperei pra sair dali,porém não tinha forças o suficiente.

Júlia arregalou os olhos para mim e tive medo.

—Pare de tentar abrir isso Diego,acabou não há mais Katellyn. —ela disse como se eu estivesse morta.

—NÃO!—sua voz ficou falha e outro murro foi dado.

ERROS E ACERTOS (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora