Capítulo 3 - Novas Etapas

155 4 0
                                    

Heidi mordeu minha filha, ela estava sangrando bastante da mão esquerda e continuava chorando. Sem pensar duas vezes, suguei o veneno para que não se espalhasse pelo corpo e fizesse minha filha ficar completamente imortal.


–Calma, bebé. - Eu sorri para ela.
–Pa-pa-pá. - Ela murmurava fracamente.


Consegui que tudo ficasse calmo, pude ouvir Aro gritando com Heidi. Felix subindo as escadas e Jane provocando dor em Heidi.


–Esta tudo bem? - Felix perguntou tocando-me no ombro.

–Sim, agora sim. - Eu respondi. -Mantenham Heidi fora daqui!
–Heidi nunca poderá sair daqui. - Alec resmungou. -Terá de ser você a sair.


Eu tinha me metido numa grande confusão. Este bebé me trouxe grandes confusões. Fez com que eu perdesse meus vincos com Heidi, fez-me perder a amizade de Jane e Alec e está-me fazendo sair dos Volturi.


–Ela está a trazer muita confusão. - Alec sentou-se. - Voce não merece sair dos Volturi.
–O que hei-de eu fazer? - Eu perguntei.
–Abandone essa menina. - Alec disse seriamente.
Felix suspirou. Alec levantou-se com um sorriso e saiu.
–Pense bem no que vai fazer, Demetri. - Felix olhou para Catherine.


Eu sempre adorei os Volturi e não poderia perder o meu "emprego" agora por causa...desta criança. Na verdade me sinto confuso. Talvez seja melhor mesmo abandona-la.


–Você tem tudo pronto? - Felix perguntou.
–Sim. - eu respondi.
–Tem certeza disto? - ele perguntou duas vezes.
–Sim, Felix. - eu pousei o berço rosa de Catherine em cima de uma rocha.
–Ela ficará aqui? - Felix parecia preocupado.
–Sim, independentemente do que acontecer. - Eu respondi de uma forma fria.

Voltei para o castelo. Eu sentia falta de Catherine, eu abandonei ela para salvar o meu emprego.


TRÊS DIAS DEPOIS....


O silêncio ocupava o castelo. Eu estava na entrada sozinho, vi que Valentina nem sequer queria saber do que se passava comigo, eu me sentia tão sozinho. Decidi subir ao terceiro andar para aliviar a tensão.


–Você fez isso? - Ouvi uma voz feminina perguntar.
–Quem está ai? - olhei ao meu redor ninguém lá estava.
– Olhe para o espelho. - a voz era-me familiar.
–Bianca!!! Mas como? -eu estava atormentado.


Bianca estava naquele espelho. Tinha um vestido de renda branco e ensanguentado. A barriga dela estava enorme como se acabasse de ter um filho.


–Sou eu sim. Sou o espirito que não descansa em paz porque a minha filha está a morrer. - Ela gritou-me.
–Como...oh não! - eu me sentei no chão.
–Trocou a Catherine por eles. - Ela gritou de novo. - Agora a nossa filha esta morrendo ao frio.
–Eu amo o meu trabalho. - Eu respondi.
–E a sua filha? - ela perguntou-me. -Aquela menina que tem uma parte sua e minha...


Eu tinha errado de novo, droga! Eu nunca deveria ter deixado a minha bebé ali. E se ela morrer? Não me perdoarei por isso.


– Eu amo ela ainda mais. - eu respondi emocionado.
–Então vá busca-la. - Ela me pediu. -Cuide dela para mim.


Nesse momento o espirito de Bianca desapareceu.
Senti uma dor no peito. Um arrepio no corpo. Eu estava mesmo arrependido. Eu quase ouvia o choro de Catherine. Não hesitei e fui busca-la.
Quando lá cheguei vi o seu berço vazio. Eu procurei-a ao redor e ninguém lá estava. Até que vi ao longe um poço enorme e uma menina loirinha a tentar atirar-se lá dentro em forma de diversão. Em menos de cinco segundos cheguei lá e vi minha filha, peguei nela e ela tentou sair de meus braços.


–Tu não gostas de mim. - ela chorou.
–Eu te amo. - Eu sussurrei-lhe ao ouvido.
–Porque me deixas-te? - ela perguntou quando chegamos ao castelo.
–É dificil explicar princesa. -eu respondi beijando-lhe a bochecha.


Coloquei ela na caminha, me sentei do lado dela e vi ela adormecendo. Estava na hora de eu me alimentar.


–Papá...-ela murmurou.
–Sim...-eu fui de novo até ela.
–Promete nunca me deixar, prometes? - ela colocou seus dedos nos meus e me olhou com um olhar meigo.
–Prometo. - eu sorri e beijei a testa dela.

E foi assim que alguns anos se passaram. A minha menina, alias meninona, estava agora com aparência de oito anos. Esta lindissima. Seus cabelos estão longos ondulados e doirados, seus olhos ficaram mais claros e sua pele continua macia e pálida. Ela cresceu bastante, acho que já deve ter 1,50m. Ela é magrinha mas saudavel como o papai rsrsr'


–Pai, posso ir brincar com o Nhauel? - ela perguntou-me.
–Não. - eu respondi.


Aquele menino chamado Nhauel era um pouco mais velho que ela e parecia já ter um olhar estranho sobre as meninas.


–Ok, então posso ver um filme? - ela perguntou piscando os olhos varias vezes.
–Sim. - eu respondi sorrindo.
–Pai...- ela me chamou de novo.
–Que chata você é. - Eu suspirei.
–Tenho a quem sair. - Ela respondeu.
–Chata e respondona como a mãe. - eu pensei. - O que você quer mesmo?
–Queria que me trouxesses um sumo de laranja. - Ela pediu. -Por favor...
E pronto. É assim, ai vai o papai Demetri buscar o suminho á menina.
–És tão fofo papai. - Ela riu.


Catherine esta fazendo anos e eu tive uma grande ideia de a levar a viajar.


–Ahhhhhhhhhhhhhhhh. - Catherine gritou.
–O que foi, Cathe? - eu perguntei aflito.
– Vi um homem nu lá fora. - Ela disse-me com ar de nojo. - Era tão grande...
– O que?? - Eu gritei. - Catherine não volte a olhar para um homem nu.
–Porque papa? - ela perguntou.
–É uma coisa de gente adulta. - eu tentei explicar.
–Ok, pai. - Ela sorriu. -Mas pai....o que aquela coisa grande que vocês tem entre as pernas?Para que serve?

Meu Deus...chegou aquele momento em que eu bloquiei. O que hei-de eu explicar para ela?

"Você irá me ouvir rugir agora, quantas mais duvidas surgem, mais crescida eu fico, logo me explique sem medos, eu prometo, eu consigo me conter quanto a isso"

A Filha de Demetri VolturiOnde histórias criam vida. Descubra agora