Capítulo 5 - Dia de S. Marcos e Confusões!

112 2 0
                                    

– Demetri, a sua filha esta a ficar gostosa. - Félix ri feito louco.


Eu virei-me para ele, revirei os olhos e suspirei de fúria.


–Ela não é para o seu "bico". - eu falei entre dentes.
–Calma, amigão...-Félix tocou no meu ombro.


Catherine aparentava agora treze anos de idade, devido a ela ser uma hibrida o crescimento era diferente, tornado-se muito mais rápido. Ela desceu as escadas, eu e Félix a esperavamos cá em baixo. Pode ver a linda filha que eu tinha. Ela estava usando um vestido azul-escuro que lhe ficava acima do joelho e permitia ver suas pernas longas e bem feitas bastante pálidas. Seus ombros eram estreitos e seu braços finos. Cada degrau que ela descia seu cabelo se mexia como uma ondua do mar, longos cabelos loiros e ondulados. Os olhos brilhavam de uma azul-clarinho, e seus lábios eram escuros e um pouco carnudos, seguido de um sorriso branco e radiante. Pode ver a perfeição dos dentes dela, alinhados e brilhantes, contagiando-me de alegria.


–Realmente bela...-Felix murmurou.


Eu sorri, minha filha desceu o último degrau, eu estiquei minha mão e ela deu-me a sua.


–Bom dia Félix. - Cathe sorriu.
–Bom dia boneca. - Félix piscou-lhe o olho.
–Felix. - eu murmurei entre dentes. - Respeito!
–Você está linda. -Alec sorriu.
–Muito linda. - Jane passou a mão pelos cabelos dela.
–Uma verdadeira princesa. - Renata riu. - Cresceu tão rapido.
– Linda como o pai. - eu disse e todos riram.

Eu iria levar Catherine para o baile que marcaria o inicio do Dia de S. Marcos.


–Filha, esse vestido é muito curto. - eu disse.
–Pai! - ela resmungou. - Não é nada.
–É sim, não quero que as pessoas comentem sobre si. - ela abaixou a cabeça.
–Deixe de ligar á opinião dos outros. - ela olhou-me seriamente.
–Não se trata disso! Trata-se da sua honra. - eu tentei explicar-lhe.
–Vai dar ao mesmo. Ignore o que eles dizem. - ela sentou-se.
–Olhe á sua volta. -eu estava a ficar irritado. - Todos te estão olhando. Você é muito nova para usar assim um vestido, todos os rapazes te estão olhando.
–Você está com ciumes? - ela gritou.
–Fale baixo. Não, claro que nao. - eu cada vez ficava mais irritado com a minha filha.
– Você não manda eu mim. Eu já tenho idade para tomar minhas decisões. - ela gritou de novo.
–Cathe! - eu murmurei. - Você está a chamar a atenção de todos.
–Não me importa...-Cathe começou a gritar uma serie de coisas.

Todos se tinham calado para ouvir nossa conversa, ela tinha chamado atenção e isso deixava-me irritado. Não resisti e dei-lhe uma estalada.

–O que???-ela gritou. - Você bateu-me.
–Estavas-me a irritar Cathe. - eu disse-lhe entre dentes.
–Odio-te. Odeio-te tanto. - aquelas palavras perfuraram o meu coração. - Mas tu és um monstro como todos os outros. Aliás todos os vampiros são monstros.


Eu senti um aperto. Aquelas palavras fizeram-me ficar triste e magoado. Foi apenas uma estalada, uma fúria dentro de mim, mas não era preciso aquelas palavras tão dolorosas. Cathe misturou-se na multidão, juntando-se a um grupo de meninas que eram suas "amigas".


Eu baixei o rosto para que ninguém visse minhas lágrimas. Corri até ao castelo, entre no quarto dela e fiquei olhando tudo. Como o tempo passara! Como aquela menininha que dizia "Amo-te Papai" agora dizia "Odeio-te tanto". Me culpei por ter engravidado uma humana. Eu era realmente um monstro. Eu não voltarei a falar com a minha filha...eu não sou mais o pai dela. Ela vai aprender a tomar as decisões por ela mesma.

**********************************************************
POV Catherine

–Acha bem o que voce disse? - Renata me perguntou.
–Eu só quero me divertir. Eu só quero...ser igual ás outras. - Eu disse.
–Seu pai apenas tem medo que falem mal da sua reputação. - Renata colocou a mão no meu rosto.
–Eu sou virgem. - Eu disse.
–Eu sei, mas ele tem medo que digam que não...-Renata abraçou-me.
– A onde está o meu pai? - eu estava arrependida.
–Ele foi para o castelo. - Renata apontou para a janela do meu quarto.

Dirigi-me ao meu quarto, eu tinha de lhe pedir desculpa. Quando lá cheguei vi meu pai sentado na cadeira chorando.


–Pai. - eu murmurei.
–Eu não sou mais o seu pai. - aquelas palavras quase me fizeram chorar.
–Eu só te queria pedir desculpa. - eu me aproximei dele.
– Tudo bem. - ele murmurou.
–Eu amo-te pai. - eu deitei-me na minha cama.

Meu pai olhou para mim.


–Eu sempre faço tudo errado. - eu chorei.
–Isso não é verdade. - meu pai abraçou-me.

E acabei adormecendo nos braços de meu pai com um sorriso no rosto .

**********************************************************


Um ano passou, eu e Catherine nunca mais voltamos a discutir. Ouvi Cathe rindo-se. Tal piada era assim tão grande para ela esta rindo dessa maneira, decidi ver o que se passava. Deparei-me com uma cena muito erotica, um garoto loiro e com olhos vermelhos estava deitado na cama e Catherine sentada em cima dele.


–O que é isso? - eu gritei.
–Calma pai. - Catherine riu. - Estamos apenas brincando.
–Sai dai garoto. - eu gritei.
–Calma. -ele disse.

– O que ele te fez Catherine? Ela abusou de si? -eu perguntei aflito.
–Não, pai. - Catherine sorriu. - Ele é o meu namorado.
–Ufff! - eu suspirei descansado.
–Me chamo William. - ele sorriu. - Prazer em conhecer você.

Eu sorri para ele.


–Este é o meu pai. - Catherine apontou para mim.
–Saiba que respeito muito os Volturi e já ouvi falar muito sobre si. - Ele disse rapidamente. - Dizem que é o melhor rastreador do mundo, meu Deus.
–Sim, sou. - Eu sorri. - Caso machuque minha filha, eu encontro você em menos de vinte segundos.

Ele me olhou assustado.


–Catherine sai um pouco. -Eu murmurei. -Quero conhecer melhor seu namorado.
–Então...-William murmurou.
–Abaixe isso. - Eu lhe ordenei olhando para o volume nas calças dele.

Ele pegou numa almofada e tapou. Percebi que ele era um vampiro vingativo e mentiroso.

–Minha filha é muito jovem e donzela. - Eu sorri. - Ela merece ser feliz, tratada com carinho e quem a amar verdadeiramente deve casar com ela e depois desposa-la.
–Eu farei isso. - Ele sorriu.
– Se não fizer...vai ter problemas connosco. - eu ameacei.
–Não se preocupe desposarei sua filha...isso se ela já não estiver desposada. - Ele riu maleficamente.
–Cuidado com o que você diz...-eu rosnei.

Não aguentei e ataquei ele.

–Pai, o que esta fazendo? - Cathe gritou. -Como você foi capaz de falar assim com meu pai?

Catherine tinha o dom de ver o passado, ou mesmo momentos passados, e ela estava cheia de raiva agora.

–Finalmente a luta acabou. - Catherine disse depois de quase duas horas a lutar com aquele vampiro que queria se aproveitar de minha filha.

–Ele foi entregue a Jane. - Renata riu.

–Então está em boas mãos. - Eu ri.

–Pai...- Catherine murmurou. - Eu quero te contar algo muito serio...

Senti um arrepio. Quando isso me acontecia era um mau pressentimento.

–Diga...-eu olhei-a.

–Pai...eu...-ela começou falando.

"Pode ser trágico, surreal, rápido, mas é sempre o mesmo. "

A Filha de Demetri VolturiOnde histórias criam vida. Descubra agora