Capítulo 1 - Decisões e Minha Menina

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- Então isso é verdade, Demetri? -Aro perguntou olhando-me seriamente.

Eu acenei positivamente com a cabeça. Félix estava do meu lado, e Jane estava boquiaberta.

-Agora temos um Volturi que criou uma criança imortal! - Caius falou com um jeito ameaçador.
-Ela não é uma criança imortal. É uma hibrida. - Eu gritei. Felix tocou em meu braço para que eu me acalmasse.

-E como você explica esse erro? - Aro fitou-me.

Marcus parecia cansado daquele interrogatório.

-O que quer que lhe diga, mestre? - Eu perguntei seriamente, eu estava confuso. - Como eu o evitaria? Eu apenas não resisti...

-Segundo nossas leis, que você jurou cumprir, um Volturi não pode ter relações carnais com humanos, você sabe disso. - Caius disse. - E sabe também que humanos são apenas alimento, e crianças imortais são destruídas!


Caius estava neste momento me apontando o dedo em tom de furia.


- Demetri, não esperava isto de si. - Aro sentou-se. - Foi um grande erro..
-Todos cometem erros. - Marcus murmurou.
-Mas neste século, existe tudo para evitar uma gravidez...-Aro murmurou. -Preservativos, as pilulas...entre outros. Hoje existe de tudo para evitar, Demetri.
-Naquela hora nenhum de nós pensou nisso. -Eu sorri relembrando.
-Eu sei disso, caro Demetri. - Aro murmurou esfregando as mãos. - Mas agora...quem vai criar essa criancinha?


Felix olhou-me.


-Não sei. - Eu estava desesperado.
-Nem eu. - Aro arregalou os olhos. - Como vai ser? Se nem o proprio pai sabe o que fazer com ela.


Eu me sentei no chão naquele momento, meu cerebro estava confuso e andando á roda. Eu fiz um erro, eu cometi-o durante várias noites, eu enchi o ventre de uma garota, da garota que eu amava e amo.


-E a mãe? Onde ela está? - Caius perguntou.
-Acho que ela não aguentou o parto. - Eu respondi, era o que tinha dito a irmã dela.
-Ahahaha. - Aro riu. - Diga-me como vai ser?


Aro estava mais feroz, falando mais alto e num tom agressivo.


-Eu não sei, mestre, eu não sei. - Eu estava farto de ali estar.
-Você tem uma duas horas para decidir. - Caius disse.
-Ou fica com a menina, ou abandona-a numa rua fria ou então opta por a fazer nossa sobremesa...-Aro riu. - Ahahahah .
-Eu vou pensar bem. - Eu não gostei do que Aro disse.


Fui para o andar de cima que ficava perto da Torre. Fiquei lá sentado, a menina estava a uns metros de mim dentro de um berço. O que eu faria com ela? Depois de cometer um grande erro....ainda nem vos contei o que realmente aconteceu.


Então foi assim: Eu conheci uma humana lindissima chamada Bianca, ela era perfeita. Eu me apaixonei, ela se apaixonou por mim também. Começamos a nos envolver, tivemos a nossa primeira noite, quer dizer foi a primeira vez dela, a minha não. E nove meses depois a irmã dela me entrega este fruto...esta menina...
Ouvi a bebé chorar. Fui até ao berço, olhei para ela, tinha os seus olhinhos azuis-claro levemente abertos, sua pele era pálida e macia e os cabelos pareciam ouro. Ela estico a mãozinha para mim, coloquei minha mão na dela, e ela apertou fortemente o meu polegar.


Senti uma atração. Senti um amor, um carinho pela minha menina. Por aquela pequenina bebé recém-nascida e linda, eu tomei minha decisão no momento. Eu iria ficar com ela, cuidar dela, criar ela e a fazer mulher.


-Então Demetri, faça a sua justiça. - Aro riu.
-Eu quero ficar com ela. - Aro ficou boquiaberto.
-Você tem certeza? -Aro perguntou.
-Sim. -Eu sorri.


Felix me olhou. Jane parecia incomodada com a menina, Alec estava amargurado e Marcus parecia sorridente.


-Então leve ela, lhe mude a fralda, deia o leite...trate dela. - Caius disse agressivamente.


Levei ela até ao andar de cima de novo, encostei o berço na primeira pequena sala, pequei no saco dela e tinha montes de roupinhas, biberões, fraldas e aquelas coisas de bebé. Tinha também uma nota ao lado, eu li:


"Se estiveres a ler isto Demetri, só te quero pedir uma coisa: cuida da nossa menina, e não te envergonhes de lhe chamar filha. Dá um nome a ela, beijos, até um dia...


Bianca"

Por momentos fiquei emocionado com tudo aquilo. A minha filha sorriu para mim, pude ver os pequenos caninos afiados e seus olhos azuis ficando avermelhados, talvez ela estivesse com sede. Peguei na lata do leite e fiz o que lá dizia, mas ela não bebeu, começava chorando e deitava para fora...Meu Deus, isto não é assim tão fácil.


-Olha o "papai" babado. - Felix riu.
-Deixe de ser ignorante. - eu pedi.
-Ela é linda, é parecida consigo. - Felix sorriu. - Tem o seu nariz, a sua boca e o seu doce olhar.
- Eu acho que ela é a carinha da mãe. - eu não conseguia parar de sorrir.
-Você está realmente muito entusiasmado com esta nova etapa. - Heidi disse entrando na sala.
-Sim, estou. - eu cumprimentei-a com um beijo.
- Ainda bem. - Heidi murmurou. -Assim vai ter uma maneira de entreter a gente aqui no castelo.
-Ela é fofa também. - Felix tocou na cara dela.
-Olá bebé. - Heidi riu. - Tens de crescer rápido para ajudares a Heidi nas caçadas.
-Heidi...não quero ver a minha filhota nisso. - eu fiquei um pouco chateado com o que Heidi dissera.
-Minha filhota? - Heidi sorriu. -Gostei da maneiro como a tratou...mesmo sendo um ser sem..sentimentos, como posso explicar...você me entende!


Eu fiquei calado. Eu estava irritado com tudo que Heidi dizia, e percebi que Heidi estava capaz de sugar o sangue da minha filha. Eu não a deixaria nunca com ela, apesar de Heidi ter sido minha namorada á séculos atrás, eu não confio mais nela.
Heidi saiu, ela tinha uma caçada para preparar.


-Tenha calma, Demetri. - Felix apercebeu-se que eu nao gostei da conversa.


Minha bebé estava chorando de novo, peguei ela no colo, e fiquei pensando que nome lhe iria colocar. Fechei meus olhos embalando-a nos braços.


-Catherine. - Eu sorri.

Ela se chamará Catherine. Catherine Bianca Volturi. Ela abriu os olhinhos, pode ver um céu azul neles, eu senti algo diferente dentro de mim. Minha menina pequenina estava em meus braços, eu fui pai pela primeira vez em tantos séculos...Meu Deus, parecia quase impossível!


Semanas depois...


-Catherine chega aqui. -Eu estava correndo pelo castelo atrás de Catherine que sorria andando de gatas.
-Papá...-Ela parou e me olhou.
-O que você disse? - eu perguntei boquiaberto.
-Papá...- Ela sorriu de novo. - Papá, onde está a mamã?


Minha filha, meu Deus, ela estava falando.


-A onde está a mamã , papá? - ela me perguntou várias vezes seguidas, com apenas seis semanas...ela ja estava falando bem.


O que eu iria responder para ela agora? Meu Deus!


A Filha de Demetri VolturiOnde histórias criam vida. Descubra agora