Capítulo 2

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Aquelas palavras me trouxeram um certo conforto, a cada dia que se passava, mais meus sentimentos por Tyler Spenser cresciam, mesmo sem saber se ele sentia exatamente o mesmo por mim.

Estamos "juntos" à aproximadamente uns dois anos, ele foi meu primeiro amor, nos conhecemos ainda na escola, através de um amigo em comum, ele era simplesmente o garoto mais lindo do colégio, seus cabelos castanhos sempre bagunçados, suas roupas rasgadas e a sua rebeldia me chamaram logo a atenção. E Não demorou muito para ele também me notar, em uma questão de dias estávamos ficando pela primeira, segunda e assim vai até hoje. Ainda não sei o que somos, mais que amigos, acho.

Tyler ainda não me pediu em namoro oficialmente mas para mim isso não significava muito, pelo menos por enquanto, vai ser mais difícil agora com a nossa distância.

Ele era durão, tinha um gênio difícil por causa dos problemas que passava em sua casa, além do nosso bairro ser o mais pobre, era ele quem sustentava sua casa, Tyler era filho único e sua mãe estava doente. 

No caminho de volta para casa ainda pensava sobre todo o ocorrido, não tinha ideia do que estava preparado para mim no futuro, tinha muito receio.

- Obrigada. Disse quando Tyler me deixou na porta de casa.

- Não esqueça de me avisar quando for.

- Claro, dou uma passada na sua casa antes.

Lhe Dou um abraço apertado, e um beijo em seu rosto em seguida entro em casa, afinal não poderia dar bandeira ali na frente de casa, minhas vizinhas pareciam mais vigilantes elas fingiam estar conversando quando na verdade estavam reparando em tudo e em todos.

- Que bom que chegou quero te dar uma coisa. Disse minha mãe. - Vamos até meu quarto.

Concordei com a cabeça.

- Eu sei que quando for até o rei, os seus irão questionar sobre você, e também vão surgir várias pessoas dizendo serem filhos do rei mas eu guardei algo esperando que chegasse esse momento.

Ela abre a gaveta do criado mudo ao lado de sua cama e tira de dentro de uma latinha um colar, ele parecia de ouro uma peça fina.

- Nossa como isso é lindo.

- Foi ele quem me deu. Quero que  entregue isso em sua mãos.

- Está bem.

- Também guardei umas economias para que você compre um vestido novo, não quero que você vá de qualquer jeito.

- Mãe mas não precisava.

- Vamos até um ateliê, anda. Partirememos amanhã pela manhã, não temos tempo a perder.

Estava evidente a empolgação de minha mãe, ela ainda seria apaixonada pelo meu pai? Como depois de tudo o que Fez.

- Por que tanta pressa mãe?

- Patrick perdeu o emprego, não temos nada para comer no natal pensei que talvez você pudesse nos enviar algo do palácio, estou pensando nas crianças.

- Então pegue esse dinheiro e compre o que comer.

- Não, isso não vai durar muito tempo, talvez com você no palácio consiga algum trabalho para ele lá.

- Tá, está bem, vamos então.

Ela abriu um sorriso, mas eu ainda desconfiava se aquela pressa toda realmente era por conta das crianças, ou se era por que ainda tinha esperanças de estar com meu pai, se é que posso chamá- lo assim.

- Patrick querido, Alícia e eu estamos indo a cidade, não vamos demorar.

- Ah, claro, eu cuido das crianças.
Patrick era um verdadeiro exemplo de pai para mim, ele chegou a nossas vidas em uma época em que a minha mãe mais precisava, mãe solteira, ainda morando na casa dos pais, ele não olhou para nada, em uma questão de meses eles estavam se casando, isso porque ele fez questão de conquistar primeiro a filha para ganhar o coração da mãe. Tínhamos uma ligação muito forte, por mais que o sangue dele não circulasse pelas minhas veias ele sim era meu verdadeiro pai, não alguém que me rejeitou e que agora por dó ou porque perdeu um outro filho me queira com ele.

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