Capítulo 3

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Joguei água fria sobre o rosto para ver se o sono passava, era bem cedo, e estava escuro lá fora.

Na minha camisola ainda estava o cheiro do perfume de Tyler, retirei ela, e botei dentro da mala, sentir o cheiro dele Poderia me confortar naqueles dias, uma vez que não poderemos nos ver com muita frequência. E aquela era a única forma de tê- lo sempre por perto.

- Está pronta? Disse a mamãe abrindo a porta.

Confirmei acenando com a cabeça. Ela sorri.

- Então vamos, o ônibus partirá as seis.

Antes de seguirmos viagem, passei no quarto dos meninos para me despedir, como estavam dormindo e não queria acordá- los, dei um beijo na testa de cada um, e sai.

Meus olhos estavam molhados, eu nunca havia passado um dia se quer longe deles, eles eram insuportáveis mas eu os amava demais.

Andamos por alguns minutos até o ponto mais próximo Patrick nos acompanhava pois era muito perigoso para nós ficarmos ali sozinhas, esperamos por mais uns dez e minutos até que o ônibus apareceu na estrada. Seria o grande momento da despedida se ficar longe dos meus pivetes era bem difícil, seria ainda mais ter de me separar da minha mãe, lhe dei um abraço rápido mais forte, tentei segurar as lágrimas mas foi impossível, elas começaram a rolar sobre meu rosto descontroladamente, e em seguida dei um abraço em Patrick.

- Vá em paz minha filha. Disse ele.

Sorri.

- Obrigada, amo vocês.

Peguei a mala na mão, não estava levando muita coisa, minha mãe havia dito que com certeza eles me dariam tudo o que precisasse, dei o sinal e o ônibus parou.

Olhei da janela para trás, e percebi que alguém vinha correndo na estrada.

" Ai meu Deus" pensei. Era o Tyler. Desesperada me desloquei  até o motorista.

- Pare esse ônibus.

- Porque minha filha? Tenho horário.

- Por favor pare esse ônibus.

- Não posso parar.

- Eu exijo, sou a filha do Rei.

Ele cai na gargalhada.

- Eu também sou. Disse tirando sarro da minha cara.

- To dizendo a verdade.

- Cala a boca garota, temos horário pra chegar. Um passageiro gritou.

- É para de querer chamar atenção. Disse outro.

- Ela deve conhecer o atrasadinho que vinha correndo.

- Não dá filha, volte para o seu lugar.

Decepcionada voltei para o meu lugar, algum tempo depois me lembrei  da gargantilha que minha mãe havia me dado do bolso, ela tinha as iniciais do reino, mas agora era tarde.

A viagem durou uma hora, e ainda não havia chegado ao fim, agora estava no terminal rodoviário para pegar um outro ônibus agora sim para o palácio.

Notei alguns olhares ao pisar na plataforma de compra de passagens, mas especificamente quando encostei no guichê de compras para Norseman, é que qualquer um que se apresentasse ali era suspeito de ser o misterioso filho do Rei, e os paparazzis estavam dispostos a qualquer coisa para conseguir um foto do futuro herdeiro.

- Por favor uma passagem para Norseman.

- Claro. Disse a atendente. - São duzentos dólares.

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