A GOVERNANTA

Amores para toda vida

Muitos anos haviam passado, e Ana jamais em nenhum minuto pode esquecer da sua filha. Ela já tinha uma casa, um lar, uma família, pois era isso o que os Swans se tornaram para ela. Eles lhe deram abrigo, e mais do que isso, lhe davam amor. Mas ela ainda sentia uma vazio, um ENORME vazio que com certeza só poderia ser preenchido com a sua filha.
Ana estava na cozinha, sentada na mesa principal, estava tão distraída que nem ao menos notou a presenta de uma pessoa, que já estava alí a alguns minutos observando-a.

—Gostaria de saber porque uma certa pessoinha está tão no mundo da lua hoje" Falou Emma, abraçando Ana por trás, dando um grande susto na outra

—Ai minha Nossa Senhora! Você quer me matar minha menininha?- Apesar de Emma ter se tornado uma grande mulher bem sucedida, super inteligente, e ter um corpaço, de tirar o fólego de muitos, Ana ainda a via como uma menininha. Com aqueles olhinhos assustados quando olharam pela primeira vez para Ana.

—Você nunca vai parar de me ver como uma criancinha em defesa, não é?- Emma falou rindo, e abraçando ainda mais aquela que considerava uma segunda mãe.

—Claro que não! Você é apenas uma criança. E eu sempre vou cuidar de você. E só vou parar de fazer isso na minha morte.- Todo aquele cuidado de Ana com ela, fez Emma se questionar sobre algumas coisas, umas perguntas lhe vinheram a mente.
—Ana, você nunca se apaixonou? Nunca teve filhos? – Emma perguntou, mas no mesmo momento se repreendeu por ter feito tal coisa. Os olhos de Ana arregalaram, ela estava visivelmente nervosa. Era como se Emma estivesse tocado em um assunto bem delicado para ela. Emma notou isso.

— Sim filha. Já amei uma vez. Apenas uma vez. Digamos que ele era o tal "Amor da minha vida". Mas o destino não quis muito que estivesses juntos, e então tramou algumas coisas não muito boas.- Falou Ana, demostrando muito tristeza. Emma reparou como tinha abalado a mulher a sua frente. Então resolveu mudar de assunto.

—Você sabe que eu te amo não é?- Emma falou olhando bem nos olhos de Ana – Obrigada por sempre estar comigo em todos os momentos. Pra falar a verdade, nem sei o que faria sem você. Te quero aqui pra sempre minha Aninha!-

Ana ficou emocionada e disse – Minha menininha, eu te amo demais. Sei que um dia partirei dessa para melhor, mas saiba que ainda de lá, estarei torcendo pela sua felicidade. Espero que você encontre logo o amor da sua vida, e que seja muito feliz. Quero te dar uma conselho meu amor- Ana prosseguiu- Quando isso acontecer, quando você encontrar o amor da sua vida, aquela pessoa que te faz sentir borboletas no estômago, aquela pessoa que com uma simples sorriso lhe levará aos céus... (Deu uma pausa) Quando isso acontecer, não olhe para trás! Apenas agarre essa pessoa, e faça de tudo para ela estar sempre ao seu lado. Porque quando isso não acontece, é como se tudo o que você é, todos os seus sonhos, suas metas não existissem. Pois aquela pessoa será sua metade. E sem uma metade você irá para algum lugar? Com certeza não.
Ao falar isso, Ana deu um beijo na testa de Emma e saiu.
Emma ficou paralisada. No mesmo lugar. Afinal, porque ela havia falado tudo aquilo? Ela sabia muito bem que Emma odiava romantismos ,e muito menos em "Amores para toda a vida". Para Emma aquilo era uma grande ilusão. Por isso ela nem ao menos namorava ninguém. Namorar pra quê? (Emma pensava) Pra um dia a pessoa te dar um pé na bunda, e deixar você os cacos? Jamais. Ela não se prestaria a isso!
Foi pensando assim, que Emma saiu da cozinha falando para si mesma – Essa coisa de amor não é pra mim- E deu uma enorme gargalhada.

Horas depois, Ana estava preparando a mesa junto com Rose, pois o jantar seria servido a 20 minutos.
Mary entrou no lugar bem entusiasmada! – Aninha, Aninha! Você não vai acreditar. Meu Deus, não acredito que conseguimos! Eu não acredito- Ela falava dando pulinhos e dava um sorriso esplendoroso. Ana ficou muito assustada, e curiosa ao mesmo tempo . – Por favor, me fale logo. O que houve?-

—Vamos ao escritório! Precisamos conversar urgentemente- Então Mary saiu, deixando uma Ana muito atormentada e nervosa, por tudo o que poderia vir a seguir.

—Entra Ana! Pode entrar!- Mary falou. E logo as duas estavam sentadas, Mary criando coragem para falar a bomba para Ana, e Ana bem preocupada com o assunto daquela conversa.

—Bom Aninha- Mary falou pausadamente- Lembra daquele dia, na verdade já fazem anos, em que você desabafou comigo e o David? Você nos falou como chegou até aqui, tudo o que havia acontecido, e principalmente da sua filha...- Mary deu uma pausa- Então, naquele mesmo dia, eu e meu esposo tivemos uma conversa, e decidimos fazer uma promessa para nós mesmos. –Ana estava muito nervosa- (Mary continuou) – Nós prometemos encontrar a sua filha! E mesmo depois de muitos anos, nós nunca desistimos. Contratamos vários detetives, fizemos realmente de tudo!

—Eu sei Mary, você não encontraram- Ana falou, e uma lágrima caiu do seus olhos. – Eu jamais verei minha filha. Serei sempre essa mulher infeliz... – Nesse momento Ana já não podia conter as lágrimas. Mary se aproximou dela e lhe deu uma abraço bem apertado dizendo- Você acredita em milagres? – Mary falou emocionada- NÓS ENCONTRAMOS A SUA FILHA! – Ana paralisou! – Como? Minha fi...lha? Minha me...nininha? Meu De...us! – Ana falava já soluçando por conta da intensidade do choro.
— Sim! A sua menininha. Nós a encontramos! E preciso que sente para que eu possa lhe dizer uma coisa que provavelmente lhe deixará mais feliz ainda- Ana rapidamente sentou, e olhou para Mary, para que ela prosseguisse.

—Sua filha está viva, é uma linda mulher... E em três dias estará aqui para lhe ver!
Ana pulou da cadeira. Ela estava muito surpresa! (Minha filha está viva) Foram as últimas coisas que ela havia pensado, então tudo ficou preto... Ana havia desmaiado.