"O carrossel nunca para de girar"

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A volta ao castelo de George foi tensa, tirando Summer que assim que viu o pai o abraçou e não o largou mais. Meu marido gostou daquele carinho, no entanto meus outros dois filhos não estavam nem um pouco felizes. Eles odiavam o pai e isso era visível.

—Você não acha que vamos nos casar com alguém só porque você quer não é, Vossa Majestade? - minha filha disse fazendo meu marido a encarar profundamente.

— Você pode me chamar de pai, querida. - ele disse a encarando.

—Não foi o senhor que disse que eu não era sua filha? - Sarah disse fazendo meu marido olhar para mim com o ódio estampado na cara.

—Você conseguiu fazer meus filhos me odiarem, querida esposa. - ele disse olhando-me com os olhos em fúria e um ódio crescente se instalou no meu peito, ele falou aquilo muitas vezes na frente de minha filha e agora a culpa era minha.

— Mas eu não odeio você, papai. Pelo contrário eu te amo. - Summer disse o abraçando e beijando seu rosto, ele sorriu .

— Cuidado, Sum. Ele pode dizer que você não é filha dele e mandar te matar. - meu filho disse encarando o pai com ódio.

George ia responder, mas a carruagem tinha parado. Deixei meus filhos saírem e vi Clover descer correndo a escadaria. George desceu com Summer em seu colo e eu ouvi a voz de Clover dizer.

—  Você os encontrou e conseguiu trazer eles para casa, Amor. Espero que ela não tenha feito escândalo.

Era hora do show.

—Não querida. Não fiz nenhum escândalo. Meu marido que me pediu para voltar para casa juntamente com nossos filhos. A princípio quero meu quarto de volta. Talvez seja melhor você sair de lá. - dizer aquilo foi como uma bomba para ela.

Segui com meus filhos em meu encalço para o castelo e deixei Clover e George discutindo.

...

Após instalar as crianças em seus quartos segui até o quarto que eu dividia com George, abri a porta e ele estava deitado na cama olhando para cima. Troquei de roupa na sua frente e não me preocupei com ele me olhar. Segui para a nossa cama e me deitei... Minutos após senti sua mão em volta da minha cintura; no mesmo momento tirei sua mão dali e me sentei na cama.

  —  Qual é o seu problema, George? - disse encarando firmemente em seus olhos, mas meu marido estava tão apetitoso sem camisa que realmente estava difícil se concentrar na conversa. 

—  Eu só queria relembrar os velhos tempos, querida esposa - ele terminou dizendo com um olhar cínico sobre mim.

— Aqueles que você transava comigo e depois sumia? Ou aqueles onde você batia na minha cara e me mandava ficar quieta - eu falei olhando para ele que pela sua expressão não esperava que eu fosse falar isso para ele. 

Me deitei do lado dele e choro veio tão forte que tive que fazer um esforço gigantesco para esconder isso. 

Para o meu marido eu não merecia respeito, mesmo em tese sendo a que tem que ser respeitada. Para ele eu era a transa que e ele tinha direito de ter e a esposa que tinha que acatar as ordens dele. 

Me levantei da cama e saí daquele quarto. Até quando eu iria sofrer por esse homem?


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⏰ Last updated: Nov 17, 2018 ⏰

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