bolhas de sabão

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"Tá tudo bem..."
Baek dizia as palavras que deveriam supostamente me tranquilizar.
"Tem certeza? Não esconda nada de mim, Baek!"
Eu murmurava com a voz fraca, mas a verdade era que o alívio que me invadiu ao ouvir a frase "tá tudo bem" foi imenso.
Estava a horas preocupado com Sehun, desde que ele subiu naquela maldita moto e dirigiu noite adentro, embriagado após o grande escândalo na festa de Jongin, todos ficaram muito preocupados. Não tínhamos notícias dele desde aquela madruga até a tarde de hoje... E eu agora estava com Baek no celular, ele me ligou pra dizer que Sehun havia finalmente atendido suas ligações.
"Sim, não aconteceu nada, mas ele não quer me contar onde tá... Acho que deve ter ido pra casa em algum momento pra tomar banho e comer, não preocupar seus pais, sei lá... Sua mãe não parecia surpresa ou preocupada quando liguei perguntando."
Suspiro, tanto de alívio quanto de preocupação. A droga da preocupação continuava.
"Então ele não tá em casa? Alguma chance de estar com Seohyun..?"
Eu caminho em círculos pela grama do parque, caminho sentindo o sol quente sob minha pele.
"Não, Soo, eu duvido que ele esteja com ela, mas não precisa se preocupar... Ele prometeu que tá tudo bem e pediu desculpas!"
Eu concordo e logo a ligação é encerrada.
Está tudo bem, não há motivos pra se preocupar, nada de mal aconteceu a Sehun, posso dormir em paz essa noite.
- E então? O que aconteceu? - Jongin me pergunta com singela preocupação nos olhos.
Estávamos na praça, sentados na grama, sob a sombra acolhedora de uma árvore, o por do sol nos fazia companhia... Algumas horas atrás eu havia recebido algumas mensagens de Jongin, ele me perguntou se eu tinha planos e quando lhe respondi que estava livre ele me mandou a seguinte mensagem: "quer ver o pôr-do-sol e dar uns beijos?"
Essas exatas palavras que me fizeram rir, rir por um tempo e então pensar em como a alguns meses atrás eu jamais estaria lendo palavras como essas, rindo de mensagens como essas, muito menos respondendo de maneira tão descontraída coisas como: "claro, por que não?"
- Não aconteceu nada, Sehun está bem, pediu desculpas e para que não nos preocupássemos - tento soar indiferente ao responder sua pergunta, mas ele sorri e dispara sua polaroid, captura mais uma de minhas expressões frustradas.
- Se está tudo bem então não há necessidade de continuar com essa cara preocupada - ele ri.
- Eu não estou preocupado - minto, tentando mais uma vez soar indiferente.
- Ah, não está? - Ele segura em minha frente o papel que formava uma imagem, segura a fotografia de minha expressão preocupada - Diz isso pra si mesmo!
Ele me entrega a fotografia que eu inspeciono com minúcia, meus olhos estavam caídos, as sobrancelhas franzidas e a boca formava uma linha reta, sem expressão.
- Fica melhor assim? - Sorrio e ergo as sobrancelhas, a expressão dramática que lhe arranca risadas.
- Fica melhor de qualquer jeito... - Ele diz com a voz cálida próxima ao meu rosto, segura em minhas bochechas infladas e deposita um beijo em meus lábios contraídos.
Um beijo leve e macio, um beijo certo, um beijo que poderia me fazer esquecer tudo por alguns instantes.
Eu poderia esquecer como me senti quando ele bateu na porta de minha casa, estava com a câmera em mãos e aquela havia sido a primeira foto, ele dizia que as melhores eram as espontâneas, então a todo o momento em que eu me distraísse ele iria apertar o "gatilho", capturando momentos. Eu não sabia o que pensar... E agora eu poderia esquecer aquilo que não sabia antes, aquilo que nem ao menos poderia cruzar meus pensamentos agora que seus lábios ocupavam o mesmo espaço que os meus, agora que seus lábios transformaram meus pensamentos em uma bagunça da qual eu não me importava.
Seus lábios poderiam me fazer esquecer como Sehun me enlouqueceu de preocupação, como a ligação de Baek tirou o enorme peso dos meus ombros, o peso que para ser sincero havia diminuído um pouco no momento em que Jongin tirou uma fotografia espontânea de um momento espontâneo. Eu me sentia espontâneo... Jongin era a segunda a pessoa a ter um passe livre para dentro da minha bolha, e dessa vez eu sentia como se estivesse dentro da bolha dele, seus lábios nos meus me faziam sentir como se nossas bolhas simplesmente se fundissem uma com a outra, éramos bolhas de sabão flutuando em sincronia e estávamos aqui, agora, juntos nessa bolha de espontaneidade enquanto a noite ficava a cada instante mais escura.

...

Jongin e eu passamos o restante do crepúsculo dividindo nossos lábios e risadas, até que logo estávamos dentro do seu carro, na frente da minha casa. Eu esperava pela coragem para abrir a porta e me despedir, ele havia conseguido adentrar em meus pensamentos, retirar minhas preocupações e substituí-las por espontaneidade. Sorrisos, suspiros. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo.
- Eu preciso entrar... - Minha voz exprime a falta de vontade, eu realmente gostaria de poder ficar por mais alguns instantes.
- Eu entendo, mas espero poder te ver novamente o mais rápido possível - ele toma minhas mãos e as leva em direção às suas.
No escuro do carro a única coisa que faz sentido são seus olhos profundos, iluminados pela fraca luz da lua. Seus olhos que me fitam, que prendem os meus em uma hipnose infinita.
Eu sorrio e beijo sua bochecha, a pele macia e suave... É como se meus lábios simplesmente devessem permanecer ali, então eu o abraço e a sensação é boa, é confortável, é certa, como se meus braços simplesmente devessem permanecer entrelaçados ao seu redor. Mas eu realmente preciso ir.
Então abro a porta do carro e arrasto minhas pernas para à frente da minha casa, parado sob a soleira, preso em um feitiço, ainda preso na bolha de Jongin, sem conseguir girar a chave na fechadura, abrir a porta e simplesmente romper o contato visual. Eu aceno com a mão, uma despedida, e o vejo sorrir enquanto tento abrir a porta, "por favor, não sorria, não agora quando é tão difícil me livrar da hipnose que seus olhos causam..."
Ele acena em retorno, o sorriso nos lábios e a influência nos olhos, logo seu carro foi se distanciando, mas eu permaneci sorrindo na soleira da porta, como se seus olhos ainda estivessem sob os meus, me prendendo, me hipnotizando... Seguro a foto que ele me deu, a melhor foto entre todas as fotos que capturou, a foto que ele insistiu que fosse minha e que estivesse sempre por perto. A foto que eu fitava com um sorriso nos lábios, entretido e paralisado, como se nada pudesse influenciar nessa atmosfera que me envolve, porém o vibrar do meu celular me tira desse transe temporário, era um número desconhecido e eu franzia as sobrancelhas me perguntando quem poderia ser enquanto girava a chave na fechadura.
"Alô?"
Eu pergunto com curiosidade, e a voz que me respondeu, que sussurou meu nome do outro lado da linha, fez com que eu paralisasse no ato de abrir a porta. Era Sehun.
"Soo? Você pode vir me encontrar, por favor?"
Ele pergunta com a voz rouca, a voz fraca... E eu, ainda mais fraco, torno a fechar a porta de casa e faço a droga da pergunta.
"Onde você tá?"


la la la.
pessoal desculpa a demora, os cap tão saindo mais tarde do que o normal pq to mexendo bastante no final da história e tb to meio ocupada com outras coisas tipo meu tempo diário de olhar pro teto ouvindo música.

...e tem mt fic no meu perfil caso vcs não tenham notado ainda.... e eh com esse pensamento em mente que irei pedir pra vocês darem uma olhada nas minhas outras fics.
tem yoonmin, tem jikook, vhope, namjin, vkook, chanbaek... Anyway tem mt coisa.
entao por favor deem uma olhadinha.

VOCÊS VIRAM A INTERAÇÃO DO CHANYEOL COM O JIMIN NO ISAC?????
2@&:@2&;'d&2:& to morta mais do que o normal.

ATÉ A PRÓXIMA
작별 인사 ('Д)

ps: eu nunca sei que nome colocar nos cap eh uma droga isso.

ps2: querem um Q&A? respondam por favor, se quiserem no próximo cap eu deixo a lista com os personagens pra vcs tirarem suas dúvidas e etc.
se flopar a gente finge q eu n perguntei e segue em frente.

19/01/17

Mercy Onde histórias criam vida. Descubra agora