12 de Março de 2006,
O dia está claro, estou começando este novo diário pois o anterior ficou em pedaços depois da última incursão, eu sai juntamente á minha arma cedo pela manhã, deixando o acampamento, estava seguindo o rastro do que parecia ser um grande porco do mato, perdi o rastro dele perto do rio, então voltei para onde estava o meu acampamento e encontro tudo vasculhado, a barraca fora derrubada e marcas de garras se encontram por todo o lado, os meus suprimentos foram revirados, estou bem pois seja lá o que for não pegou a comida enlatada, mas o resto está uma bagunça, e os papéis que tinha comigo incluindo o meu mapa e o diários antigo foram rasgados, acho que vou jantar salsichas fervidas hoje, amanhã saio para uma nova caçada vou seguir o rastro do que passou pelo meu acampamento... talvez valha a pena eliminar a criatura.
13 de março de 2006,
Passei o dia hoje seguindo a trilha da criatura, e encontrei uma gruta, a quantidade de ossos no chão impressionava, certamente é o covil de um carnívoro, preciso ter cuidado, por hoje voltei, vou ajuntar equipamento e montar a armadilha, não vi sinais da criatura hoje, mas com certeza aquela gruta é o lar dela, tem água nas redondezas, e a poucos Kms de distância passa uma estrada... estou certo que encontrei o que procurava, preciso deixar tudo pronto, desmontarei o acampamento, pois vou embora assim que abater aquilo.
16 de março de 2006,
Após dois dias de tocaia pensei em desistir, me pareceu que a criatura não voltaria mais para a gruta, ou que talvez tivesse sentido o meu cheiro, mas eu estava enganado, ele estava só... caçando... quando o avistei ele arrastava o que sobrou do corpo de sua última vítima, foi engraçado ver aqueles All Star azuis e calça rasgada... me fez lembrar de Louise, da mania como ela defendia a durabilidade daqueles tênis, bom, a cara que o monstro fez quando caiu no buraco camuflado em frente a gruta quase me fez acreditar que havia se surpreendido, por segurança coloquei lanças no fundo do buraco, mas eu sabia que isso não ia mata-lo, mas as pontas de ferro fundido iriam causar algum atraso nas suas reações, e era só disso que eu precisava, de cima do meu esconderijo eu disparei, acertei a orelha do bicho, foi uma gritaria, o chão ficou manchado de vermelho perto da borda e ele tentava se içar para fora, disparei mais três vezes até que ele parou de se mover, ele estava vivo ainda e eu sabia, ele queria que eu me aproximasse e foi assim que fiz, chegando mais perto do buraco ele num ímpeto saltou pra fora do buraco e tentou me agarrar, eu esperava que fizesse isso, foi quando avancei com o garrote, lacei o pescoço dele e apertei com a maior força que pude, a criatura começou a se debater, e segurou a minha perna e apertou, apertou tanto que pensei que iria quebrar, mas não foi o caso, ele desmaiou antes, então com o facão arranquei sua cabeça e agora ele esta pendurado de cabeça pra baixo em sangria, vou tapar o buraco assim que a sangria terminar e enterrar ali as mão e pés dele, este Sasquatch não irá ferir mais ninguém, vou retirar o couro dele, pode não parecer a principio mas o pelo dele é macio e posso vender como se fossem duas peles de urso, talvez Louise tivesse gostado de um casaco de peles... mas tenho certeza que ela não iria querer saber pele do que se trata, dentro da gruta encontrei um monte de roupas rasgadas de suas vitimas anteriores, deixei os documentos mas peguei o dinheiro, vou precisar se quiser abastecer a caminhonete na volta pra casa, e os antigos donos não vão precisar mais... vou leva-lo pra casa congelar a carne e tratar a pele.
17 de março de 2006,
Finalmente cheguei em casa, deu trabalho traze-lo, a lona que eu tinha na caminhonete quase não deu pra cobri-lo, pensei em corta-lo, mas precisaria tirar a pele antes, consegui de algum jeito trazer, estou tirando a pele dele mas descobri que a carne dele não vai durar muito depois que terminar, paciência, vou conseguir um bom preço pela pele ao menos, notifiquei o local da caverna para a associação e eles vão fazer a limpeza.
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Contos Etéreos
FantasyContos diversos que me vêm a mente quando vago nos sonhos fantásticos e cheios de magia, contos pra rir, pra chorar e pra refletir...