Capitulo 7

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E é chegado o grande dia.

Me arrumava para Nate, estava me sentindo linda. -E olha que isso é raridade- Com meu vestido com brilhos na cor prata, e um grande "V" nas costas, realçando ainda mais minha parte de trás, é um belo vestido. Quando estou terminando de arrumar meus cabelos escuto alguém entrar com tudo em meu quarto, e reviro os olhos ao ver quem era pelo espelho da penteadeira.

Realmente não posso ficar em paz nem por um minuto...

—Onde você pensa que vai?—dizia minha mãe me olhando com certo desprezo

—Para o mesmo lugar que você!—digo óbvia e volto a escovar meus cabelos, e logo sinto um puxam em meu braço e meu corpo ser jogado contra a cama

—Você não vai sair daqui! Não vai fazer nossa família passar vergonha mais uma vez! Quem iria querer você como acompanhante? Uma drogada imunda! Nem nós queremos você ao nosso lado! E além de tudo, você não tem convite!

Dizia aquela que eu deveria chamar de mãe, a qual me encarava e no mesmo instante pega a chave do meu quarto a qual estava na minha cômoda.

—Pra sua informação eu fui convidada! E eu não vou ficar trancada dentro desse quarto, só porque você quer!

—Você vai!—dizia ela apontando a chave para mim— Não irei permitir que você estrague os negócios da minha família! E muito menos estrague a noite da minha filha!

—Vamos mãe, se não, vamos nos atrasar!—diz Ana se aproximando da porta com um sorriso de satisfação com o que acontecia

—ri nasalmente se aproximando da porta—Me arrependo de não ter te deixado em um orfanato quando eu tive a oportunidade, você deveria ter uma...Overdose, não faria falta para ninguém!—e assim como as tais últimas palavras foram ditas, a porta foi trancada e pude ouvir o riso de Ana

Muitas vezes palavras nos machucam mais do que mãos.

E mesmo "acostumada" -tem como se acostumar a ser tratada assim?- aquelas palavras me cortavam mais do que as velhas laminas que continham no banheiro, mais do que um olho roxo ganhado em uma briga de escola, mais do que perder seu doce predileto. Ainda mais palavras duras vindas da sua própria mãe.

A única coisa que eu soube fazer ao escutar aquelas palavras, ouvir a porta e logo em seguida a partida do carro. Só soube me encolher na cama e permitir que todas as lembranças ruins me invadisse.

Era doloroso, imaginar e sentir na pela tudo que passei, mãos estranhas me tocando e tirando a única coisa que eu tinha, olhares de desprezo e nojo...

Meu olhar se direciona para a janela do quarto, o vento balançava a cortina e as estrelas brilhavam cada vez mais. E por um momento pude me lembrar da pessoa que estendeu a mão para mim, e mesmo não sendo muito -porém o suficiente- para abrir um sorriso em meu rosto.

Decido me levantar, já estava com a maquiagem toda borrada pelo choro, cabelo um pouco bagunçado, a roupa estática, já havia passado alguns bons minutos. Retiro minha roupa novamente, e toma um banho para relaxar e nada demorado.

Agora eu me olhava no espelho, estava arrumada, maquiada, com tudo que eu também tenho direito. O único problema seria sair daquele quarto...Pensando bem...Problema não. Reviro algumas partes da minha penteadeira e acho um grampo, o suficiente para abrir qualquer porta, e foi isso que eu fiz.

—Eu disse que eu iria Nate... —falo olhando para uma foto nossa em meu celular

Dirijo o meu carro até onde aconteceria o baile. Entrego meu convite para o segurança o qual permite que eu entrasse, ao ver também que eu era a acompanhante de Nathaniel Buzolic.

Desço do meu carro e caminho até o local, tudo estava lindo, pelo menos essa parte de fora que eu vi estava maravilhoso com luzes e tudo que tem direito.
E de longe avisto um casal se beijando, um homem alto, cabelos castanhos, com um belo smoking, ao me aproximar mais, eu não podia acreditar no que eu estava vendo era Nate, Nate com a minha irmã, aos beijos com a minha...irmã

Minha noite estava péssima, aquela cena, pegação e um beijo feroz, fizeram meus olhos voltarem a se encher de lágrimas.

—Nate...

O vejo largar com tudo Ana e ele se virar para mim, queria eu ter chamado e outro homem ter me olhado, mas não. Foi Nate, o que até uma noite atrás me dizia me amar. Só pude sentir o sabor de uma traição, vista com meus próprios olhos na minha frente, ainda mais com a minha irmã. E dar as costas por resposta e andar as pressas para o meu carro. Aquilo tudo estava me matando.

—Tira a mão de mim!—falo com lágrimas acompanhadas de raiva nos olhos e puxo meu braço com força

The Criminal Suspect - SabrinaOnde histórias criam vida. Descubra agora