11 de janeiro de 1990
Um dia frio, aqui bem Beacon Hills.
Um choro de uma criança se ouve.
O pai e a mãe felizes pela família que está crescendo.
Jéssica é o novo membro da família mais rica da cidade. Todos falam de como a filha de Jane Austen e Charles Jingle é linda e perfeita. Tem os olhos da mãe e os cabelos do pai. E com certeza será inteligente e sábia como ambos.
13 de agosto de 1995
"Jéssica? Você tem fome filha?" Pergunta a mãe preparando a mesa para o jantar com os avós da criança.
"Não mamãe!" Grita a doce menina do andar de cima.
Jéssica estava entretida nos brinquedos. Ela joga o trenzinho por debaixo da cama, passa pelo outro lado e joga novamente. Porém quando Jéssica joga o trenzinho, este para debaixo da cama, de repente o trem volta para ela, como se alguém o tivesse empurrado.
Jéssica abaixa no pé da cama e levanta a coxa rosa bebê com flores, vendo um menino deitado com os olhinhos verdes esmeralda a encarando."Quem é você?" A doce e inocente menina pergunta sem obter resposta. Então ela decide fazer outra pergunta, uma pergunta que ela sabe que qualquer criança jamais recusará: "Você quer brincar?" Desta vez o menino moveu a cabeça em sinal de 'sim' e saiu debaixo da cama.
Jéssica se sentou no chão e olhou bem para ele, sujo, fedido, com medo, sozinho. Onde está o papai e a mamãe dele? Ela se perguntava, e uma outra voz ecoava em sua cabeça respondendo sua pergunta: Eles me deixaram, me deixaram sozinho, sem ninguém para brincar.
Jéssica se perguntava se era o garoto à sua frente que estava entrando na sua mente.
"Qual seu nome?" Ela perguntou.
"Christopher" O menino respondeu.
"Por que você está na minha casa?" Ela ficou ansiosa em saber a resposta. Mesmo sendo tão pequena, já era curiosa.
"Ma-mas essa é mi-minha casa!" O garoto exclamou com dificuldade.
Jéssica ficou em dúvida e saiu do quarto quando sua mãe a chamou.
"Mamãe, mamãe!" Descia as escadas animada para contar a mãe o novo amigo que fez.
Chegando na cozinha, ela viu os avós e logo se esqueceu do assunto que era tão importante para contar a mãe.
Na hora de dormir os pais da menina lhe contaram uma história, sempre a mesma, a sua favortira "Uma rosa na lapela". Era sobre um homem que procurava seu verdadeiro amor, ele nunca a tinha visto, apenas conversava com ela por cartas. Um dia decidiu conhecer a mulher por quem ele se apaixonou apenas pelas escritas em um papel velho e amassado, e disse a ela que ela tinha que usar uma rosa na lapela para ele saber quem era. A menina decidiu testar o rapaz e lhe enganou, mas ele passou no teste e os dois viveram felizes para sempre.
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Imaginary Friend || H. S. [CONCLUÍDA] +16
Terror"Somos os nossos próprios demônios e fazemos deste mundo nosso próprio inferno" - Oscar Wild Um amigo imaginário. Um sentimento. Um amor impossível. Dois seres diferentes. Ele demônio, ela humana. E uma família separando o que para ele é a coisa mai...