Mudança

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    Uma semana depois da minha decisão fui para casa de tia Minerva, foi o tempo que levou para os papeis da guarda ficarem prontos, estava ansiosa para morar em minha nova casa e me surpreendi ao saber que não ficava em outro cidade ou outra estado, mas sim em outro país.

  Ainda estávamos no inverno, havia gelo por todo lado. No caminho do aeroporto para casa de tia Minerva a paisagem era basicamente a mesma, muitaa árvores velhas com troncos rochosos cobertas agora por uma fina camada de neve que ainda insistia em cair, a maior parte das casas eram humildes ou era isso que parecia ser, as casas eram de madeira, algumas com telhado quebrado, algumas casas tinham a lareira acessa cheguei a essa conclusão pois as chaminés estavam soltando fumaça.

     O carro virou em uma estrada de chão, ambos os lados tinham árvores parecidas com as da estrada do acidente e uma dor tomou conta do meu coração. A estrada parecia não ter fim, creio que era pelo fato de mim estar anciosa ou algo do tipo.

  Quando o carro finalmente parou não era uma casa igual as que vi no caminho era uma mansão, senti minha boca abrir. Não vi o momento que o motorista saiu do carro e abriu a porta para mim, estava deslumbrada com a mansão que a partir de agora eu chamaria de casa.

   Ela era enorme a frente tinha várias árvores e notei que uma delas havia uma balança, a pintura da casa em si estava um pouco descascada mas isso não fazia com que seu charme desaparecesse. Estava tão ocupada com a beleza da casa que só depois de um tempo reparei Tia Minerva com uma fila de empregados em frente da casa que me olhavam com caras engraçadas, senti meu rosto ficar vermelho e me direcionei ao grupo.

-Seja bem vinda Sofia -disse tia Minerva vinha até mim enquanto a fila de empregados se curvava, nesse momento me perguntei se estávamos em algum tipo de filme da época vitoriana. Não sabia bem o que falar e apenas consenti com a cabeça.

   Tia Minerva virou-se para os empregados e começou e apresenta-los, ela mostrou primeiro duas empregadas com trajes de serviço doméstico, ambas eram parecidas na verdade muito parecidas.

-Estas são as gêmeas Josefine e Anna, elas cuidam da casa.

   Em seguida mostrou dois homens, um alto e magro com barba e o outro baixo e rechonchudo.

-Estes são respectivamente August e Juan, o cocheiro e o cozinheiro da casa.- estes me esboçaram um sorriso largo.

   Por fim ela mostrou um homem com terno, sua postura era elegante.

-Este é Louis, o mordomo.

   Com muita graça Louis se curvou diante de mim.

-Por favor senhorita, a partir de agora conte-me quando necessitar de alguma coisa. Estaria aqui pronto para lhe servir.

   Todos entramos na mansão, se por fora ela era linda, por dentro era deslumbrante. A entrada dava de frente a uma escadaria dupla branca, o chão todo negro fazia com que a escadaria ficasse ainda mais linda, talvez como se a escadaria pudesse levar direto ao céu. As paredes brancas também contrastavam-se com o chão um grande lustre de cristais pairava ao meio da escada. Toda pobreza que eu tinha visto do lado de fora agora não passava de restos de memórias fragmentadas no fundo de meu pensamento. Em algumas das paredes haviam quadros, em outras estátuas e até jarros de flores, tudo era impecavelmente limpo.
 
   Tia Minerva interrompeu meus pensamentos quando mandou que Louis me mostrasse meu quarto. Ele fez um gesto para que eu o seguisse. E eu apenas o fiz.

As Chaves De SofiaOnde histórias criam vida. Descubra agora