I - ALTERNATIVES

223 42 117
                                    

Faltavam exatos doze minutos para aula de História terminar e os alunos irem para o intervalo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Faltavam exatos doze minutos para aula de História terminar e os alunos irem para o intervalo. Charlotte estava muito concentrada fazendo anotações sobre a Era Napoleônica, quando Louise virou-se rapidamente e jogou uma bolinha de papel na carteira da morena, que a abriu sem muita animação. Desde que voltara da diretoria, estava com uma mistura de raiva, tristeza e decepção. Como ela ia chegar para a sua mãe e simplesmente dizer que tinha brigado com seu professor de matemática e perdido seu qualitativo? Não tinha a menor condição.

"Acho que vamos ser só nós duas hoje. O que será que houve com a Cecile? Ela nunca falta."

Charlotte procurou com os olhos a professora na sala, e a achou muito concentrada tirando as dúvidas de um aluno.

"E eu vou saber, Louise? No intervalo a gente liga pra ela, sei lá."

Dobrou o papel e jogou na carteira da frente. Não demorou para que ele voltasse.

"NOSSA. Sua grossa. Quer dizer então que eu vou ter que te suportar desse jeito sozinha? Eu mereço. Já não basta o Kyle ter viajado, agora a Cecile falta? Puta que pariu. "

Lottie riu ao ler o bilhete. Antes que pudesse responder, a amiga virou-se novamente e tomou das mãos de Charlotte. Logo depois, devolveu-o.

"Se eu te pagar um suco você vai parar de ser ignorante?"

"De uva integral?"

"Afirmativo."

Bennett levantou-se e foi até a lixeira para jogar fora o bilhete. Ao se virar para voltar a carteira, a porta ao seu lado se abre, revelando uma figura loira que chamou a atenção de toda a sala.

- Com licença, professora. Preciso atrapalhar um pouquinho.- fechou a porta atrás de si e alargou o sorriso ao ver Charlotte - Ah, olá Charlotte.

A jovem era praticamente uma Barbie, mas uma Barbie que usa jaquetas de couro, coturnos e jeans justos enfiados em um corpo escultural. E em vez dos característicos olhos azuis da boneca, grandes irís esverdeadas. Os fios longos e loiros não deixavam dúvidas: Ella Foster estava de volta.

- Ella? - Charlotte disse enquanto era envolvida em um abraço. - Oh, como vai? - abriu um sorriso, disfarçando o espanto.

- Ótima. Sente-se. Vai amar o que eu tenho para avisar.- disse, piscando.

A estudante voltou para o seu lugar. Os olhos estavam todos voltados para Ella, mas a loira já era acostumada com esse tipo de atenção. Bom, era Ella Foster. A filha caçula dos Foster. A aluna prodígio. A atriz promissora. A ginasta espetacular. A dançarina talentosa. A estrela do colégio. Mas, apesar de toda a fama, não era como aquelas meninas populares de filmes adolescentes que acham que o mundo roda em torno delas. Pelo contrário, Ella era mais humilde do que muitos pobres soberbos por aí.

The PlayOnde histórias criam vida. Descubra agora