VII | Putaverunt.

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Fredag, 22:30PM.

Pensamentos.

Ato de pensar, de tomar consciência, de refletir ou meditar. É aquilo que é trazido à existência através da actividade intelectual. Por esse motivo, pode-se dizer que o pensamento é um produto da mente, que pode surgir mediante actividades racionais do intelecto ou por abstracções da imaginação. O pensamento pode implicar uma série de operações racionais, como a análise, a síntese, a comparação, a generalização e a abstracção.

Pensar é o ato que muitas pessoas fazem. Pensar ajudam a resolver problemas e até a cria-los. Porém, é necessário pensar. 

E nesse exato momento, Christoffer estava se esforçando para pensar em algo que ajudasse William a voltar com Noora. Ele não entendia muito bem o motivo do porquê ele queria ajuda-los, mas talvez fosse por causa que Eva falava tanto sobre Noora, que talvez ele tivesse pegado simpatia pela a mesma. Mas, ele nunca iria confessar isso á ninguém. Esse simplesmente não era o jeito dele.

  Ele pensou na possibilidade de William aparecer na casa dela, sem um aviso prévio. Porém, a loira poderia muito bem manda-lo embora, e essa realmente não era a intenção do rapaz. Ele realmente estava tentando pensar em uma maneira de ajudar o amigo. Porém, nesse exato momento, fazia pelo menos 9 meses que eles não se viam. Talvez Noora reagiria mal com a chegada do rapaz.

       Talvez ela não gostasse.

Mas, essa possibilidade era improvável. A última vez que Christoffer os viu juntos, eles estavam tão apaixonados. Lhe custou até uma transa com uma menina do Colégio, que estava prestes a acontecer.

— Eu estou sem idéias para isso. — Ele disse, suspirando. — Não faço o tipo de cara romântico, não sei se percebeu.

— Eu acho que você faz. — William retrucou. — Nunca vi você ficar com uma garota mais de uma vez e lá está você, ainda com a ruiva. Você gosta dela?

— Não começa com isso, William. — O jovem o respondeu, revirando os olhos.

— Eu só fiz uma pergunta. — A realidade era que William realmente estava curioso.

  Christoffer nunca fez o tipo de garoto que ficou com uma garota mais de uma vez. E mesmo assim, ele estava com a Eva. Fora Iben, ele nunca levou ninguém à sério. Ele sempre usou as pessoas para o seu próprio benefício, sem se importar com ninguém.

— Por falar na Eva, eu vou na casa dela daqui à alguns minutos. — Ele relembrou tentando mudar de assunto. — Ela vai dar uma festa na casa dela para comemorar seu aniversário e eu, naturalmente, fui convidado. Você deveria ir também, quem sabe você consegue falar com a Noora. — O garoto sorriu de modo esperançoso. — Podemos ir no seu carro.

— Eu não fui convidado. — William engoliu em seco.

— Quem se importa? — Ele se levantou do sofá. — Hey brother, pelo menos, me leve para a festa.

Sem esperar por uma resposta, Chris pegou seu telefone e carteira e caminhou até a porta. A cabeça de William estava girando. Tudo aconteceu tão rápido. Ele estava certo de que Noora estaria na festa da Eva. Embora ele tenha deixado Londres por ela, poder conversar com ela e encontrá-la cara a cara era diferente e ele não tinha imaginado fazer isso na frente de todos seus amigos. Mas ele não poderia muito bem contar isso à Chris, agora ele poderia?

E foi por isso que William encontrou-se sentado no carro dele, que tinha guardado na garagem de Schistad ao ir embora para Londres (com Noora, e sua mente fazia o favor de o lembrar a cada cinco segundos o quão feliz ele estava naquele dia), dirigindo para o mesmo lugar onde uma vez ele foi pegar Vilde. Parecia há anos atrás, agora.

William tentou esquecer o fato de ter visto a Noora pela primeira vez na Eva. Desde ali, ela já causou um impacto nele. Ele lembrou-se de estar um pouco esfarrapado depois de cumprimentar a mãe de Eva, e quando ele se virou, três garotas embriagadas estavam andando em pernas bambas pelo jardim. Ele reconheceu Vilde, é claro, mas não as outras duas, uma morena pequena e uma garota loira com lábios vermelhos e impressionantes.

Mais tarde, ele descobriu que apenas Chris e Vilde estavam de fato bêbados, e ele lembrou que a Noora era quem estava ajudando Vilde. William balançou ligeiramente a cabeça, tentando se concentrar na condução. Chris estava conversando normalmente ao lado dele, totalmente inconsciente do estado de nervos dele. Quanto mais perto eles chegaram, mais William apertava o volante. Os pneus fizeram um som de grade quando ele desacelerou na entrada da casa da ruiva. Tudo estava meio escuro. Ele pode perceber um jardim com muitas pessoas se movendo ali.

Seus olhos avistaram Sana entre a multidão com seu hijab branco destacando-se entre todas as cores floridas e claras. Ela estava sentada em um banco conversando com.. E de repente, seu mundo se concentrou na garota sentada ao lado de Sana.

Ela foi afastada dele com o seu cabelo loiro pousando sobre seus ombros, mais do que ele se lembrava. Antes que ele pudesse fazer algo a respeito, ele percebeu que já estava abrindo a porta e saindo do carro. Como se fosse sincronizado - no fundo, ele sabia que era porquê ela tinha ouvido o barulho do carro, mas naquele momento ele queria pensar que era porque ela havia sentido a presença dele por causa do mesmo. Então ela virou seus cabelos fazendo com que eles voassem devido ao vento. A visão do rosto da jovem quase o fez tropeçar em seus próprios pés. De repente, ele estava agradecido pelo casaco que ele estava vestindo e pelo corte de cabelo que fazia o cabelo cair em seu rosto.

Isso tornou mais fácil de alguma forma, fez com que ele se sentisse mais seguro, isolado e com a sensação de que só havia eles dois ali. A caminhada do carro até o banco em que ela estava sentada parecia ser de quilômetros de distância. Quando ele finalmente chegou à ela, ela estava parada - ele não viu ela se movendo, mas ela estava em pé de frente à ele com seus lábios vermelhos e os olhos verdes sobre ele observando cada movimento do rapaz.

Ele não conseguiu decifrar o olhar nos olhos da loira e não fazia idéia do que seus próprios olhos transmitiam. Ele esperava que eles não transmitiam o quanto ele sentia, porque todos esses sentimentos certamente não eram ótimos. De pé diante dela, William de repente ficou em perigo. Ele não tinha idéia do que dizer. E então ele disse a primeira coisa que veio à mente - talvez a única coisa possível, porque era o frustrante para ele estar ali, de pé na frente dela sem conseguir pensar em nada para dizer.

— Desculpa pelo atraso.

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