Você É Tudo Pra Mim.

85 5 11
                                    

Usei toda minha força e o empurrei.

-Não faz isso, é ridículo. - Eu disse, minhas bochechas queimavam.

-Você é muito menininha, né? - Indagou e revirei os olhos.

-Não, só não sou que nem as idiotas que caem na sua, tenho pena da sayuri, ela sabe disso? - Respondi com os olhos cravados nos dele.

-Não estamos namorando, é só um rolo. - Ele tentou se defender.

-Grande desculpa, mas ela gosta de você, o que está fazendo é muita babaquisse.

-ue, agora você gosta dela?

-Nada contra, nada a favor. Se fosse eu, ficaria puta. - Disse simplesmente.

-Mas não é você.

-gosto mais quando você me trata como amigo, esse teu lance de eu falo como quiser contigo tá tão idiota já, eu não me atingo com suas palavras Rafael, deveria não ligar pras minhas.

-Saí da sala e voltei pra onde os outros tavam. Eles me olharam curiosos e revirei os olhos.

-Vocês deveriam poupar o tempo de vocês e parar com isso, eu já disse que não vai rolar, desistam disso. - Disse, eu realmente estava cansada daquilo tudo. Alan, eu vou pra casa, não faz barulho quando chegar. Tchau gente. - Dei um beijo na bochecha de meu irmão e acenei para os outros.

-Você não vai no cinema com a gente? - Maethe perguntou e neguei.

-Sem vontade, fica pra próxima.

Felps abriu a porta pra mim, saí e peguei um táxi. Quando cheguei em casa, fui direto para meu quarto. Tomei um banho longo e coloquei um pijama. Sem sono, fui para a sala e coloquei um filme.

-Preciso do Henrique. - Disse pro nada e peguei meu celular, disquei o número dele, Henrique atendeu no segundo toque.

-Oi linda, aconteceu alguma coisa? - Ele perguntou, sua voz estava rouca, algo que eu adorava nele.

-Quer vir aqui? Tô muito no tédio e não tem nada pra fazer, a gente pode assistir filme.

-Não é uma má ideia, chego aí em 20 minutos, beijo linda. - Respondeu e eu desliguei.

Um sorriso prendia em meus lábios, namoro com Henrique há 7 meses e nos damos muito bem. Ele faz faculdade comigo e é um ótimo amigo. Henrique odeia Rafael, ele sabe de todas as gracinhas que ele faz e simplesmente tem vontade de matá-lo. Os vinte minutos passaram e Henrique chegou.

-Oi. - disse, com um sorriso bobo no rosto.

-acho incrível que você sempre chega no período de tempo que promete. - Eu disse e dei um selinho nele.

Fomos até o sofá e nos sentamos. Henrique escolheu A Proposta, ele sabe que amo esse filme.

-Então, como estão sendo as férias? - Ele me perguntou, fazendo carinho nas minhas costas.

-entediantes, não aguento mais sair com o meu irmão, ele sempre quer levar os amigos, nunca é só a gente. - Resmunguei e ele deu um risinho.

-Já tentou conversar com ele sobre isso? O Alan pode implicar contigo, mas ele sempre te escuta.

-Sei lá, não quero magoar ninguém, ele gosta de sair com eles, não tem nada que eu possa fazer...

-Você é linda, sabia? - Henrique disse, beijando meu pescoço e me deitando no sofá.

-Henrique, para... - Tentei empurra-lo, mas ele era mais forte. Ele passava as mãos pelo meu corpo e dava beijos molhados na minha clavícula.

Já tivemos relações sexuais, mas nesse momento ele estava forçando demais a barra, tentei mais uma vez empurra-lo, mas ele segurou minhas mãos.
Ouvi a porta abrir, logo Alan veio e puxou Henrique de cima de mim. Corri para seus braços.

-O que tá acontecendo aqui? - Meu irmão gritou.

-Ele estava quase me forçando a... Você sabe. - Respondi com um nó se formando em minha garganta.

-Sai daqui. - Alan gritou pra Henrique, que deu uma risada.

-Sério isso, pelo amor de Deus, vem aqui Sophia. - Ele apertou forte meu braço, mas Alan o tirou de perto de mim.

-Não encosta nela, sai de perto da minha irmã.

-Você vai deixar assim? - Henrique gritou pra mim, mas fiquei em silêncio. - Ok então, tá tudo acabado.

Ele saiu, batendo a porta forte. Chorei no peito de meu irmão, que afagou meus cabelos.

-Calma, vai ficar tudo bem. - Alan me apertava forte. - Vai pro meu quarto, pode dormir comigo hoje.

Balancei a cabeça em afirmativa e fui para seu quarto. Deitei na cama e me cobri. Não acredito que ele iria realmente me forçar a transar com ele, Henrique sempre disse que eu era o amor da vida dele, mas foi só eu não querer que tudo isso mudou? Eu sou muito idiota, puta que pariu. Chorei contra o travesseiro de Alan.
Meu irmão entrou no quarto, deitou na cama e me abraçou forte.

-Não sei o que teria acontecido se Vice não tivesse chegado. - Apertei meu irmão forte.

-Ele iria cometer um crime, chamado estupro. Você tem que prestar queixa, Sophia, isso é muito sério. - Alan disse, a voz carregada de preocupação.

-Mas ele era meu namorado... - disse baixinho.

-Pode chamar de namorado alguém que a poucos minutos quase te estuprou pelo simples fato de você ter se negado a fazer o que ele queria? Sophie, você tem que abrir o seu olho. Se você vir esse garoto na rua, se esconde e liga pra mim. Eu juro que se eu encontro com ele, acabo sendo preso de tanta porrada que eu vou dar nele.

Seu coração estava acelerado, mas ele logo começou a se acalmar.

-Você é tudo pra mim, não faça mais uma bobagem dessas, por favor. - Ele pediu e assenti.

-Não sei o que seria de mim sem você. Eu te amo, irmãozao.

-Eu também te amo.

Spaces - R.L Onde histórias criam vida. Descubra agora