Só posso pedir desculpas, amo vocês.
Beijos da autora :*
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-É isso que você escutou -Começo a rir entre as lágrimas, me ensinar a nadar? Nem que eu estivesse bêbada.
-Isso se chama trauma senhor Jack, não é fácil tirar isso de uma pessoa, é quase impossível. E eu não quero. Nem pensar. Sem chance. Jamais. Não. -Agora estou séria com os braços cruzados e penso que isso é um absurdo, nego de várias formas possíveis e ele revira os olhos.
-Eu sei que não é fácil, mas como meus filhos ficam? Vou ter que te demitir? -Ele pergunta e um arrepio de desespero passa por minha espinha.
-Vai me demitir por eu não saber nadar?
-As crianças adoram nadar, se a babá não souber, quem vai proteger eles quando eu não estiver? -Ele cruza os braços sério.
-Mas eu não tenho culpa...
-Nem meus filhos. -Ele me interrompe. -Se você ao menos tentasse e eu visse seu esforço, mesmo que não conseguisse no final, ficaria feliz em saber que nada poderia ser possível... Mas você não quer nem tentar...
-Mas senhor... -Eu não posso perder esse emprego, não sei onde conseguir outro e me apeguei tanto a essas crianças... As palavras saem antes de terminar meus pensamentos. -Tudo bem, eu aceito aprender. -Arregalo meus olhos com o que disse e ele sorri vitorioso.
-Já que insiste. -Oh, era chantagem, ele sabe que eu não quero perder esse emprego e joga isso contra mim.
-Isso é jogar baixo senhor Jack. Que coisa feia. -Ele ri de mim e do meu bico do tamanho dessa fazenda.
-Cada um joga com as armas que tem. -Sorrio falsamente.
-É o senhor que vai ter trabalho e vai ter que arrumar tempo, muito protetor solar, cansaço, ser um psicólogo e ainda me salvar quando precisar e cuidar dos seus filhos que vão ter que ficar na piscina conosco não é mesmo... Mas já que insiste. -Ele fecha a cara e fica pensativo, começa a coçar a cabeça e faz uma careta depois.
-Não tinha pensado nisso. -Ele diz.
-Mas eu sim...
-Espera, isso é o seu truque pra me fazer desistir? Que coisa feia senhorita Anna. -Começo a rir.
-Cada um joga com as armas que tem. -Repito o que ele disse a poucos segundos e noto uma sombra de sorriso no canto de seus lábios.
-Mas já que a senhorita aceitou, eu vou cumprir o combinado, mesmo com todos os empecilhos que isso causará.
-Droga. -Falo baixinho revirando os olhos de frustração, pensei que com a minha chantagem ele iria desistir.
-Bom, me espere terminar o que tenho aqui ainda e podemos ir juntos para casa. -Já ia negando quando ele aponta para o sofá preto atrás de mim, bufo novamente, uma mania feia admito, mas inevitável na mesma proporção. Me sento e ele se senta na sua poltrona que com certeza é tão confortável quanto esse sofá, que quase me abraça e me coloca para ninar.
O encaro da escuridão daquele ambiente onde estou, e lá está ele, iluminado e com uma ruga solitária no meio de sua testa de preocupação. Ou concentração.
Ele não possui muitas expressões em relação ao trabalho que não sejam estas, me pergunto se ele gosta deste trabalho, se ele gosta de ter uma vinícola na porta de casa. Eu adoraria com certeza.
-Você gosta do seu trabalho? -Pergunto antes de perceber o que acabei de falar, mas não me desculpo nem nada, quero saber.
-Quando eu era menino, queria ser astronauta, mas minha família sempre teve vinícolas. Acabei com o tempo amando esse trabalho igual meus pais, meus avós. É um bom negócio. Então eu gosto sim. -Ele fala sem olhar para mim.
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Fica Comigo
RomanceAnna Lendy é uma garota típica de cidade grande, prática, animada, machucada...Nunca na vida cuidou de criança e nem precisava até que seus pais morrem em um acidente de avião, e ela é sentimentalmente obrigada a ir pra Dallas para recomeçar a vida...