Sete

9 1 0
                                    

Inglaterra 1746...
 Jack...
   - Ela está com 38 graus de febre, querido. - Minha mãe dizia ao meu pai o estado que minha irmãzinha se encontrava. A face dele era muito preocupada, por sermos camponeses mamãe e papai não ganhavam muito fazendo a colheita. O dinheiro deles mal dava para nos sustentar, imagina comprar remédios.

  - Termos que comprar remédios pra ela, alimentos também.

  - Com o que? Mal temos o que comer.

  - Compraremos somente para as crianças. Até ela melhorar pelo menos.

  - Comprem só pra ela. - Falei fazendo meus pais virarem surpresos para mim.

  - Você precisa da comida também filho. - Meu pai disse se ajoelhado em minha frente e colocando sua mão sobre meu ombro.

  - Mas precisamos cuidar da Lara, papai. - Disse num tom de tristeza.

  - E também não podemos deixar essa doença te contagiar Jack. Fica despreocupado, eu e sua mãe iremos resolver tudo isso.

  Jenna...
  Os guardas do rei me levaram até o calabouço, abriram a cela e me jogaram lá. Era bem escuro lá dentro, só tinha uma janelinha que entrava um feixe de luz.
  Me sentei no chão, mesmo com a luz fraca dava pra perceber o quão sujo era.

  - Além de presa numa época diferente, numa cela nojenta, ainda posso ser enforcada. - Esbravejei

  - Uma brasileira aqui? Que surpresa.- Uma senhora me surpreendeu saíndo de um lado não iluminado da cela.

  - Pois é, aqui estou eu, e infelizmente junto com você. - Bufei

  - Bem arrogante você garota!- Ela disse já irritada.

  - Infelizmente teremos que nos aturar. - Falei e ela se sentou ao meu lado.

  - Você sabe quem eu sou, não é?

  - A senhora que ajudou a princesa a sair daqui, e que por consequência me trouxe até aqui.

Inglaterra 2016...
  Helena...
   Os dias estão passando e aquelas crianças ainda não acharam nenhum modo que posso fazer para voltar para meu tempo. Bem, pra ser sincera, eu não quero voltar para aquele lugar, conviver com aquelas pessoas de novo, apesar de estar com saudades de meu pai e de minha mãe, e claro, da Mary, mas estou bem aqui, apesar que se eu ficar, não aproveitaria nada desse mundo magnífico. Amanda me contou o que tinha aqui, antes da minha chegada.
  Eu adoraria estar nesse reino, mas infelizmente não posso, mas também não quero voltar pro meu reino. Talvez quando eu voltasse, eu deveria ir para outro lugar, sem sair da minha época dessa vez.

  - Helena? - Me assustei ao ver Rodrigo entrando na sala. As crianças haviam me levado para a casa delas, estávamos pensando em modos de como eu poderia voltar ao meu reino. Bem, não tem como esperar muito de crianças de 5 e 7 anos, e de uma garota de 20 cujo nunca havia passado por tal situação. - O que está fazendo?

  - Escrevendo no meu diário.

  - A sim, bem, ainda não encontramos nenhum jeito de te mandar de volta pro seu reino. - Ele disse se sentando ao meu lado, com uma cara de tristeza.

  - Eu deveria estar ajudando, sou eu que tenho que voltar para casa, não vocês.

  - Mas foi eu e minha irmã que pedimos pra Jenna ler aquele livro, nossa mãe sempre lia ele pra gente, nunca tinha acontecido isso antes.

  - Sempre?

  - Sim, amamos sua história.

  - E qual é minha história?

Posso te contar uma história? Onde histórias criam vida. Descubra agora