PRÓLOGO

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HELOUISE

Sem revisão.

Aperto mais uma vez o sobretudo preto enorme de Remy sobre o meu corpo para proteger-me do vento frio e atravesso a rua correndo, sem ao menos olhar para os lados e constatar se está ou não vindo carro

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Aperto mais uma vez o sobretudo preto enorme de Remy sobre o meu corpo para proteger-me do vento frio e atravesso a rua correndo, sem ao menos olhar para os lados e constatar se está ou não vindo carro. Algumas pessoas impacientes buzinam e gritam comigo, chamando-me de louca, porém, não ligo e nem mesmo volto para discutir com o ser filha de uma puta.

Caminho por mais alguns minutos e entro numa cafeteria. Ao abrir a porta do estabelecimento o cheiro de óleo velho quente misturado com algo há mais, fazem meu estômago se revirar, provocando-me náuseas das violetas.

Calma Helouise, não surta não querida, isso vai lhe fazer mal!

Respiro fundo como foi me ensinado e passo as mãos sobre a minha barriga, tentando acalmá-la. Aperto novamente o sobretudo em meu corpo e caminho em direção ao balcão, sentando-me no banco alto e desconfortável. Em segundos tem uma jovem sorridente garçonete na minha frente, segurando um bule cheio de café.

— A senhorita deseja uma xícara de café? A primeira é por conta da casa.

— Oferta tentadora — ironizo, pois eu nunca gostei muito de café e agora que não posso tomá-lo, nem de vez em quando, tenho uma puta vontade do cão de tomar, pelo menos, três xícaras transbordando. — mas vou ter que recusar, obrigada.

A garçonete alarga ainda mais o seu sorriso e me entrega um cardápio, dizendo que voltaria logo para anotar o meu pedido.

Nem sei o que estou fazendo aqui nesse estabelecimento malcheiroso, muito menos o porquê de ter vindo parar aqui...

Espera.

Ah sim, agora me lembrei!

Culpa do desgraçado do Remy.

Aquele filha de uma puta velha me paga, estúpido que não aguenta segurar a porra do pau dentro da calça nem por duas horas sequer e depois vem se declarando apaixonado por mim, que foi amor à primeira vista.

Ô caralho foi à primeira vista. Ô caralho.

Tomara, de todo o coração, que um raio caía na cabeça daquele extrupício, se for possível, umas trezentas vezes. E, enquanto aquela barbie vadia do Uruguai, que pegue uma hemorróida das grandes, feia, nojenta e dolorida, só para aprender a não ficar ciscando no terreno dos outros.

Puta falsificada.

Estúpido ordinário.

Cretinos do inferno.

Possession - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora