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AMOR À PRIMEIRA VISTA - LIVRO 2
"Você já deve ter escutado aquela famosa frase de "os opostos se atraem", mas, e os semelhantes? Eles vão além da atração?"
Desde seu último deplorável relacionamento com uma mulher que não queria nada mais...
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Juro por Deus que se eu precisar comer mais um bife de fígado mal passado, rins ou coração de galinha, eu vou gritar tão alto que a famosa cantora de ópera, Maria Malibran, vai levantar de seu tumulo e me fazer calar a boca me socando seus ossos guela à baixo.
Minha vontade maior é de socar a cara de Remy e da querida Nicoletti, aquela traidora. Se não fosse pela insistência deles, eu não teria ido ao médico e mamãe não estaria mantendo sua única herdeira em cativeiro no próprio quarto. Dona Louise é tão super-mãe-protetora que no dia que chegamos do médico tive que brigar com ela, pois a danada queria me dar banho de banheira, com direito a patinho de borracha e tudo.
— Lembre-se marrentinha, sua mãe me deu permissão para amarra-la — murmura Remy em meu ouvido, após eu ganhar a discussão com a minha mãe. — Não sou daqueles homens que costumam amarrar as mulheres para que possam ter uma diversão maior na cama. Eu me garanto quanto a isso, mas disso você já sabe não é! Voltando ao assunto... sabe, a ideia de tê-la amarrada na cama, podendo beijar, lamber... venerar todo o seu corpo, é uma visão tão absurdamente tentadora e excitante, que estou começando aderir.
— Eu deveria ter te matado quando tive a chance — viro-me de frente para ele, sentindo meu corpo esquentar sob suas provocações. — Não ia ser uma coisa tão difícil já que estava claramente desnorteado comigo em cima de você.
— Hum! Então anda pensando em nossa noite juntos também - confirma. — Diga-me mon amour, você se toca quando lembra daquela noite? Se toca quando lembra o quão excitada ficou quando eu te saboreava com a minha a língua?
É Helouise você cometeu um erro ao falar naquela noite e cometeu um erro maior ainda quando, ao invés de responder as malditas provações de Remy, correu para o banheiro para esconder-se e para mais tarde se tocar lembrando exatamente do que o idiota havia dito: Em como fiquei loucamente excitada enquanto ele me chupava com vontade, um desejo insaciável, Remy sabia muito bem o que estava fazendo e como fazer. É incrível como consigo me lembrar tão claramente daquela noite já que estava um pouco bêbada.
Sentindo aquela famosa ardência do tesão, balanço a cabeça afastando as lembranças daquele dia — o dia que cheguei do pronto socorro —, de toda a provocação e masturbação, e volto a me arrumar. Mamãe querendo ou não, hoje eu vou sair, beber bastante, beijar bastante e quem sabe arrumar um carinha para ter uma noite de muito sexo e orgasmo.
Em frente ao espelho que pega o corpo todo, avalio o vestido rosado de manga longa, seu comprimento acabava um dedo abaixo do joelho. O vestido é ridículo e graças a Deus estava apertado, mais do que eu consigo me recorda desde a primeira e única vez que usei.
"Está pronta? Travis e eu estamos quase chegando." — Nicol
Respondo a mensagem de Nicoletti e vou a procura por um outro vestido, um muito mais sexy e chamativo. Se fosse para me vestir de freira, iria a um convento.
