Capítulo seis

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Mais um...



Hoje era dia de aula e eu não queria ir por motivo: Camila Cabello. Essa garota atormentou meu pensamento o resto do dia de ontem e a madrugada inteira, mesmo eu não querendo, me lembrava o tempo todo do seu beijo... E que beijo! Como sempre minha mãe me chamou no mesmo horário, me fazendo pensar seriamente em fingir uma dor pra que me faça faltar da escola, mas achei melhor não. Levantei, fiz minha higiene matinal, me troquei e fui para cozinha, se eu não fosse tomar café da manhã logo minha mãe viria me buscar a força. Assim que cheguei na cozinha encontrei meu pai e meus irmãos. Taylor e Chris pareciam entretidos com seus cereais, eles eram apaixonados por aqueles negocinhos de bichinhos. 

- Bom dia, pai.

Dei um beijo no meu velho, que me retribuiu com um sorriso e um beijo na testa.

- Bom dia, campeã.

- Mãe, tem aquele bolo gostoso ainda? -- Perguntei animada e esperançosa, o bolo da minha mãe era maravilhoso.

- Sim, Laur, guardei um pedaço para você. Senão seus irmãos comeriam tudo.

Olhei para Taylor e Chris e fingi estar brava, os dois me lançaram um olhar sapeca, me fazendo rir.

- E aquela sua amiga de ontem, Laur, porque você não convida ela para almoçar aqui?

Dona Clara perguntou me fazendo engasgar com o pedaço do bolo. Demorei um pouquinho para voltar a respirar normalmente, vendo meus pais me olharem preocupados.

- Hm, é... Claro mãe, vou ver quando ela pode. -- Meu pai me lançou um sorriso estranho, me deixando um pouco confusa. 

Terminei meu café da manhã, subi pra pegar minha mochila e esperei meu pai pegar a chave do carro para me levar a escola. Eu realmente não estava a fim de ver Camila, aquela garota em um mês estava me fazendo sentir coisas que eu nunca senti, eu não sabia explicar. 

Meu pai como sempre, me deixou na frente da escola. Me despedi dele, saindo do carro e indo em direção a escola, vendo que bem na entrada estava parado Lucas e seu amigo sombra, o Erik. Caminhei de cabeça baixa, na intenção de passar reto por eles, mas como nada é do jeito que a gente quer, um deles me puxou pelo braço, me fazendo parar.

- Aonde você vai com todo essa pressa, inválida?

Olhei para cima dando de cara com Lucas que, igual ontem, estava com um sorriso meio macabro no rosto, me fazendo tremer um pouco.

- Vou pra sala, já vai começar a aula.

Ele riu, apertando um pouco mais meu braço, fazendo-me encolher um pouco.

- O que está rolando entre você e a  Camila?

- Na-nada, você está machucando meu bra-braço. -- Ele apertou mais forte, me fazendo encolher mais ainda.

- Solta ela, Lucas!

Mesmo eu não querendo, dei graças a Deus por ouvir a voz da Camila. Lucas me soltou na hora, fazendo-me ir um pouco pra trás.

- Ei, olá, Camilinha.

- Camilinha é o caralho, eu já não disse que era pra você ficar longe dela? 

Camila ficou cara a cara com Lucas, ela transbordava raiva, mas o garoto nem ligava.

- E desde quando eu faço o que você quer? Você ainda não aprendeu, Camilinha, eu faço o que quero e atormento quem eu quero.

Agora ele parecia raivoso, mas ainda tinha aquele sorriso macabro no rosto. Cheguei perto de Camila e peguei em sua mão, puxando ela um pouco para trás.

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