Minha Vida

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Os meses se passaram e as tão esperadas férias de Julho haviam chegado. Não que eu odeie estudar, longe disso, amo os estudos só que eu merecia um descanso. Foram tantas confusões num curto tempo de espaço. Tantos beijos que me fizeram pegar alguns dias de suspensão. Lembro-me da manhã de terça-feira, tínhamos o primeiro tempo de aula livre, Guilherme e eu havíamos terminado nosso namoro, que durou quase três meses. Minhas amigas e eu estávamos sentadas no início da escada que era caminho para os demais alunos. Natália, minha melhor amiga, ria das besteiras que Bianca falava, quando Juan, um moreno lindo de corpo escultural passou por nós. Meus olhos foram direto para seu traseiro que chamava muita atenção.
-- Que isso fera! -- Gritou Natália. Rimos.
Juan virou seu corpo em nossa direção. Gelei ao vê-lo se aproximando de nós. Seu sorriso era lindo, dentes perfeitamente alinhados e brancos. Um verdadeiro deus grego.

-- Você não tem jeito não é Natália? -- Falou rindo o moreno que agora eu chamava de Apolo que na mitologia grega é considerado o deus da juventude e da luz, identificado primordialmente como uma divindade solar.

-- Fazer o que Juan. -- Ela deu de ombros. -- Você é uma delícia.

Juan negou com a cabeça e depois olhou para mim. Assim que seus lindos olhos castanhos dourados pousaram sobre mim, senti como se ele me puxasse com sua mente. Tenho certeza que minhas bochechas estavam vermelhas. Sempre senti algo forte quando estava com Guilherme, mas Juan era diferente, encantador.

-- E você, como se chama? -- Seus dedos tocaram meu braço.

-- Laura. -- Respondi sem olhar.

Ficamos jogando conversa fora até que o sinal tocou. Levantamos todos e começamos a subir os degraus. Natália e Bianca foram na gente cochichando algo baixo e rindo. Juan e eu fomos logo atrás. Eu não aguentava mais ficar ao seu lado e não poder beijá-lo até que fui surpreendida por ele que me agarrou assim que colocamos os pés no andar onde nossa aula seria. Seus braços fortes seguraram minha cintura e senti meu corpo sendo empurrado contra parede. Seus lábios eram macios e deliciosos. Sua língua explorava cada canto da minha boca como se fosse o melhor lugar do mundo. Senti seu membro roçar sobre meu jeans. Eu já estava sem ar, mas não queria parar de beijá-lo. Os gritos dos alunos que passavam por ali eram altos e foi por causa disso que o diretor nos deu uma suspensão de três dias.

Ri com as lembranças daquele manhã.

Já era tarde e eu estava trancada em meu quarto como parte do meu castigo. Meu pai ficou possesso quando soube que eu estava de “namorico” pelos cantos do colégio. Bobagem, todos beijam e fazem coisas piorem.

-- Seu pai e eu vamos no mercado. -- Minha mãe entrou no meu quarto sem bater. -- Não saía do quarto.

Joguei meu celular na cama e levantei com raiva. Eu nunca podia fazer nada. Sempre estava errada, mesma quando estava certa eu ainda estava errada para eles. Todos tinham uma péssima visão sobre mim devido às coisas “boas” que meus pais falavam.

-- Você não sabe bater na porta não? -- Eu gritei enfurecida. -- Merda! Eu preciso de privacidade. Poxa, eu sei que estou de castigo não precisa ficar me lembrando de cinco em cinco minutos.

Meu relacionamento com minha mãe não era lá essas coisas. Tínhamos  pensamentos muitos diferentes uma da outra e isso era sempre o motivo das nossas brigas.

-- Você pensa que é quem pra falar nesse tom de voz comigo? -- Seu rosto estava vermelho de raiva. -- Sou sua mãe e você me deve respeito. Além de não poder sair de casa agora você irá sem ficar seu celular. -- Suas mãos foram mais rápidas do que meu raciocínio e quando percebi ela já havia saído com o meu querido celular nas mãos.

Inferno!

Não vejo a hora de me tornar maior de idade e sair de casa. Ter meu próprio dinheiro e não ter que depender de ninguém.

Ouço o bater do portão avisando que meus pais já haviam saído de casa.

Abri a porta do meu quarto e certifiquei me de que ninguém estava em casa. Voltei para meu quarto e peguei a primeira roupa que vi no guarda-roupa: um short jeans curto e uma blusa vermelha de alças finas. Calcei minhas sandálias rasteiras e sai do quarto. Peguei a cópia da chave da porta da cozinha que ficava embaixo da lata de arroz no armário da cozinha. Abri a porta e sai de casa.

Se eles pensam que vão me deixar em casa trancada num tremendo sábado, eles estão muito enganados.

Meu destino daquele final de tarde e início de noite seria a festa de Marlon, um dos garotos que eu já havia ficado.

Obs: Os capítulos serão pequenos para a história não se tornar enjoativa. Sem dias certos para postagens. A cada capítulo contará um pouco de cada fase da vida de Laura até ela conhecer Júnior e sua vida mudar por completo.

Uma Jovem Mãe (PAUSADO TEMPORARIAMENTE)Onde histórias criam vida. Descubra agora