3 - Senhor William

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Parecia meio patético ficar olhando a tela do celular, esperando um online aparecer, sentei para ver TV mas não conseguia prestar atenção em nada, minha cabeça criava inumeras opções um tanto quanto criativas para aquele moço de barba acentuada e sorriso largo, sempre fui extremamente pra frente do tipo que planeja todo diálogo antes mesmo de começar a conversar.

"Sms lordMarcelus: Olá, tudo bem Safira, lindos cabelos, são vermelhos mesmo ou é a luz?"

E nessa altura eu terminava de ler com um sorriso enorme no rosto, ele elogiou exatamente no alvo, meu cabelo é minha maior paixão!

E nessa altura eu terminava de ler com um sorriso enorme no rosto, ele elogiou exatamente no alvo, meu cabelo é minha maior paixão!

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"Sms Safira: Sim são vermelhos, seu nome é Marcelus mesmo? Como devo lhe chamar Senhor?"

Por mais que soubesse como a nomenclatura dentro do bdsm funcionava, ainda soava estranho chamar alguém que não fosse tão mais velho assim de "senhor" fugia um pouco dos meus padrões, apesar de todo o desejo pela submissão eu nunca tive nada parecido com um Dominador ou um Dono, nunca havia sido doutrinada nem se quer tinha feito nada parecido com uma sessão na vida e sinceramente me sentia pisando em ovos, com medo de desagrada-lo... O que mais tarde fui entender, ja era um medo que nutri toda submissa.

Senhor William, era engenheiro, estava divorciado, tinha 35 anos o que dava uma boa diferença  de idade já que eu tinha 21, ele estava no bdsm a 8 anos, parecia ser bem sádico, mas ao mesmo tempo era educado e respeitoso um verdadeiro gentleman, muito diferente das pessoas que eu tinha conversado até esse ponto, no primeiro áudio em que me mandou, e nessa altura eu ja havia deixado de ser Elena para ser cadelinha, fui descobrir que a sua voz me arrepiava inteira e fazia minha boceta ficar molhada, eu tinha que dar o braço a torcer que mesmo a quase 200 quilômetros de distância, e ainda que não percebesse eu estava dando aquele homem um poder enorme sobre a minha pessoa, nessa altura eu começava a pensar que ele pudesse ser algum tipo de história inventada pela minha cabeça, discutimos sobre o bdsm, falamos de experiências passadas, conversamos sobre tudo, sobre limites, sobre algumas técnicas, que algumas confesso que nunca tinha ouvido falar, e pude perceber naquelas horas de conversa o quão vasto era o bdsm, me surpreendi com algumas técnicas, tremi e tive calafrios com outras, mas com certeza tudo que eu tinha visto até agora só tinha me deixado mais desejosa do que eu podia imaginar um dia.

Após toda a conversa nesse exato momento eu estava calculando quanto tempo de viagem dava da minha cidade para a dele, o que, na minha cabeça soava absurdo, século  XXI onde pessoas sequestram e matam pessoas com muito menos, eu estava pensando em ir ver um completo estranho, sádico, que tava afim de me colocar uma coleira e me foder até se sentir satisfeito, eu tinha uma verdadeira guerra interior dentro da minha cabeça, onde a razão por algum motivo que não consigo me recordar, não estava ganhando batalha alguma perto da excitação que ia se criando dentro de mim.

Discutiamos possiveis datas para um possível encontro, enquanto eu me desdobrava para fazer um bolo de aniversário para minha mãe, mas realmente não conseguia pensar em nada a não ser nele, passamos o dia todo conversando os momentos que precisava me ausentar das mensagens para fazer algo para festa me deixavam inquieta, eu realmente estava me enroscando, parece estranho, conhecer uma pessoa em um dia e se sentir estranhamente atraída e meio apaixonada por ela? É realmente é estranho, mas eu ja me imaginava na vida e na cama dele.

Com a festa pronta me sentei no sofá para lhe dar minha exclusiva atenção, eu nunca fui muito comunicativa, então as pessoas não estranharam o fato de eu estar quieta, eu consigo me lembrar de uma das suas primeiras ordens disfarçadas de pedidos.

"Sms Senhor William: Como está vestida? Tire uma foto!"

E ai a grande surpresa eu poderia ter dito qualquer coisa ou inventado qualquer desculpa ou ainda ter tirado a foto ali mesmo, afinal de contas eu estava confortável no meu sofá, mas me peguei no meio da escada subindo para o quarto onde podia tirar uma foto no espelho que ficaria muito mais bonita e ele poderia gostar mais, o estranho da submissão pra quem não é do meio é que não é um sentimento pensado ou premeditado, uma ordem e "BAN" você não é mais você!

O ápice daquela noite aconteceu enquanto eu estava voltando para me sentar no sofá, vendo alguns primos jogarem vídeo game, tios e tias rindo e conversando, eu parecia estar em outro mundo desconectada de tudo aquilo! O celular vibrou, ele já tinha recebido a foto, eu estava com um vestido preto curto, com alguns paetês e um salto vermelho, de alguma forma eu me vesti pensando em provoca-lo mais tarde, abri, achando que fosse mais uma mensagem com menção ao vestido provocativo, mas era um áudio, que eu tinha certeza que não poderia ser ouvido em público, corri na estante para pegar o meu fone de ouvido.

Áudio Sr. William:
- Sabe cadelinha, você ta ai sentada nesse sofá, com esse vestidinho preto, aposto que de baixo dele tem uma calcinha bem pequena de putinha, e se eu tivesse ai, te levaria para o banheiro sem ninguém ver, levantaria seu vestido, colocaria sua calcinha de ladinho e não iria ficar surpreso em descobrir que sua bocetinha ta toda molhada, ia te foder sem você soltar um gemido sequer, depois ia te colocar de joelhos pra foder essa sua boquinha linda, até gozar dentro dela é claro que você não ia deixar cair nenhuma gotinha no chão, pra não ter que lambe-lo. E o que me deixa mais feliz é saber que você ta ouvindo isso agora e ninguém dessa casa imagina o quão safada você é, ninguém imagina a cadelinha gostosa que logo logo eu vou ter na minha coleira. Aposto que está apertando as coxas na tentativa de aquietar um pouco a vontade de ter meu pau entrando na sua boceta pra você gozar gostoso, pena que eu não estou ai!

Fim do áudio. Minha respiração tava acelerada, meu rosto fervendo, tudo que ele disse passou na minha cabeça como se fosse um filme, eu podia sentir minha calcinha molhada, podia sentir minha boceta inchada pelo desejo de ofertar aquele senhor todo o meu prazer e todas as minhas vontades, em outras circunstâncias eu teria me ausentado e me tocado até explodir em gozo, mas pela primeira vez na vida, fazer algo sem a sua ordem me parecia estranhamente errado... as conversas sacanas continuaram noite a dentro e eu não tinha a menor idéia do que realmente estava acontecendo comigo.

Maktub - Submissão De Um DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora