Pretty in porcelain pt. 2

50 3 1
                                    

- Sua vagabunda estúpida! - ele grita, apontando para mim.

Eu fico completamente pasma, o que havia acontecido?! Ele simplesmente tenta me beijar sem mais nem menos e me ofende?

- Senhor, eu vou ter que pedir para retirar-se, a menos que queira que a polícia venha para ajuda- lo a sair daqui.. - Diz Alison, em minha frente, tentando lidar com a situação.

Ele se afasta, e sai de lá mais calmo, o que devo admitir, me deixou mais calma, porém assustada. Será que era só um louco bêbado? Será que ele iria voltar? Eu realmente não sabia e estava com muito medo desta possibilade.

Passado este acontecimento bizarro, o movimento era pouco aquele dia, o que me ajudou bastante, pois pude ir mais cedo para casa. Naquele dia saímos Chelsea, Alison e eu, as 19:00 da noite por que havíamos acabado o trabalho bem mais cedo que o comum.

Alison se despediu de nós e seguiu seu caminho, enquanto eu e Chelsea que morávamos à uma quadra de diferença uma da outra continuavamos nosso caminho.

- Danise, - disse Chelsea- você não tem medo de morar sozinha? Não sei se conseguiria se fosse você.. Eu sou uma pessoa muito medrosa, sabe? - diz ela e começamos a rir juntas

- Sei.. Olha, eu sempre fui uma pessoa mais solitária, nunca gostei muito de companhia, mas se gostar da pessoa não tenho problemas em lidar ou até mesmo conviver com ela. As vezes é um pouco solitário, mas eu tenho o Jack, meu gato, - dou uma leve risada - ele é como meu melhor amigo. As vezes penso que ter um animal como melhor amigo é a melhor opção. Um animal nunca te trairia, enquanto nós humanos crescemos sabendo que a vida é difícil e que cada um ao seu redor, por mais que seja um grande colega, pode ser um possível concorrente algum dia.. Nós não somos tão civilizados como estamos acostumados a pensar, Chelsea. O homem faz absolutamente qualquer coisa por um dólar..

Depois de uma longa conversa, eu e Chelsea nos despedimos, pois eu havia chegado ao meu destino. Chegando lá, destranquei a porta e me deparo com a absoluta escuridão do apartamento. Ligo as luzes, e vejo Jack, dormindo calmamente no sofá, nada estava diferente do habitual, pelo menos até eu entrar e ir em direção ao meu quarto. Neste momento ouvi um barulho estranho, que pareceu algo batendo na parece da cozinha, o que não era nenhum pouco comum. Aproximo- me cada vez mais, com passos leves e discretos até uma parte do corredor onde tenho uma visão um pouco mais ampliada da cozinha. Não vejo ninguém, e o barulho não volta a ecoar do local que ainda haviam poucos móveis, os quais comprei a pouco tempo. "Deve ter sido apenas uma de minhas várias paranóias..", penso, e volto ao caminho para meu quarto.

- Aah, finalmente, posso deitar, tirar este uniforme ridículo e descansar.. - falo sozinha, como de costume. Desde que me conheço por gente sempre fiz  isso, por mais ridículo que seja, eu me sinto mais a vontade quando estou sozinha, ou falando sozinha.. Acho que nunca vou me sentir completamente confortável com pessoas, nunca precisei de relacionamentos ou sei lá.. amigos. Sempre tive no máximo colegas, pois achava melhor não ter muita intimidade com pessoas ao meu redor.

Enfim podia sentir a doce e confortável sensação de deitar em meu colchão e dormir tranquilamente, porém a porta do quarto ainda estava aberta e as luzes também, então levantei-me e fui em direção a sala apagar a luz de lá. "Eu e minha mania de deixar a porra das luzes da casa inteira ligadas", pensei e continuei meu caminho até que no meio do corredor, ouvi um sussurro.

- Denise... Denise... - Dizia o sussurro vindo da cozinha. Aquilo fez com que eu simplesmente congelasse. Fiquei sem expressão por 1 segundo e logo fui para a sala onde tinha um abajur de porcelana, a única coisa que poderia ser usada como arma naquele momento. A voz se aproximava cada vez mais, então fui me esconder ao lado do sofá onde talvez eu pudesse surpreender o invasor e bater com o abajur em sua cabeça. Eu fiquei cerca de 30 segundos ou mais esperando que algo acontecesse quando na verdade o sussuro só havia parado. Olhei ao meu redor e nada mais parecia estar estranho..

- T-Tem alguém ai? - Minha voz ecoou por todo o local, mas ninguém havia respondido. Será que minha cabeça havia me pregado uma peça? Eu começava a pensar cada vez mais que poderia ser verdade. Talvez morar sozinha não faça tão bem assim.. - Puta merda.. Depois disso, acho melhor telefonar para o dr. Marshall amanhã..

Coloco o abajur no lugar onde estava e vou em direção a cozinha, ainda tensa, porém tentando me acalmar e lembrar que tudo não passava de uma grande bobagem. Me virei para desligar o interruptor e foi o maior erro que cometi em minha vida!

Tudo havia ficado escuro e quando menos esperava alguém agarrou em meu pescoço.

- Me solta, seu filho da puta... m-me solta! - tento dizer, porém ele me enforca até eu cair no chão indefesa.

- Não deveria ter me irritado, sua maldita vadia... - Ele diz e logo em seguida me pega pelo braço. Eu sabia que aquela voz masculina, grossa e meio rouca era familiar, porém no momento estava tensa e assustada demais para lembrar quem era

- Me solta seu filho da puta!

Ele me deu um forte tapa no rosto e depois, senti algo em meu pescoço.. Uma seringa. Logo depois só via escuridão até ficar completamente inconsciente..

...

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 21, 2017 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

The Incubus Onde histórias criam vida. Descubra agora