Stan

Capítulo 3

12  de abril de 2001. Um dia chuvoso de sábado. De manhã, Stan acorda, depois de ter chorado um rio pelo acontecimento de sexta-feira. Stan vai até a cozinha tomar café da manhã em um ritmo lento e cabisbaixo. Sua mãe pergunta:

-O que houve filho? A festa foi boa ou foi ruim?

-Foi uma festa boa pra eu não ter ido...

Sua mãe fica calada e comovida com as palavras do filho. Então percebe que naquele momento ele queria evitar as pessoas. 

    Stan vai na rua passear um pouco, pensando sobre a vida, lá todos da vizinhança o cumprimentam. Ele caminha de cabeça baixa sem responder, como se ninguém estivesse falando com ele. Ele passeia numa rua e é avistado por uma garota que estuda na mesma escola que ele. Ela era meio depressiva, tinha um cabelo azul e quando via o Stan andar, ela se apegou ao rapaz. O nome dela era Natasha Evans, mas todos chamavam ela de Nath ou Nattie.

      Stan volta pra casa, ainda de manhã. Ele vai até o quarto, liga a TV assistindo desenhos tentando se animar, bebendo uma xícara grande de café, dentro dos cobertores, ao mesmo tempo com a TV ligada está com celular ouvindo o som de Someday de The Strokes. Olhando da sua janela a chuva e o frio absurdo que estava fazendo. Ele visualiza uma mensagem de alguém estranho no celular. Ele não sabia quem era, mas por incrível que pareça, era a Nattie.

-Olá! Sou Nattie. Pode ser estranho eu te chamar desse jeito, mas não pude deixar de notar você andando perto da minha casa tão depre...

Stan fica confuso, ele pensa em ignorar e deixar de lado. Mas por algum motivo bem estranho ele não conseguiu e respondeu:

-Você me viu? Desculpa por aquela cena! É que é tanta coisa pra pensar e que aconteceu que eu não aguento tanto sofrimento mental.

-Não pense muito. Olha, sei que sou uma estranha, mas eu estudo na mesma escola que você. Podemos ser amigos, eu também sou bem deprimida e cabisbaixa. Que tal desabafar e explicar o motivo da depressão?

Stan resolve contar o que aconteceu na festa e como e por que gosta tanto de Grace. Então ele joga seus sentimento em mensagens para Nattie. A garota comovida responde:

-Nossa mano! Que horror! A garota realmente não te merecia! Tipo, você fez tudo que podia só pra ter um mínimo de atenção e notação dela e ela te trata desse jeito! É um absurdo!

-Eu ainda gosto muito dela. Eu acho que ela não vai falar comigo depois deu ter falado aquelas coisa pra ela!

-Se ela realmente for a garota certa, ela vai falar sim! Ela que ferrou com você.

Stan fica pelo menos um pouco motivado com as palavras de Nattie. Então os dois começam a conversar e se conhecendo ainda mais até a noite. Nattie fala antes de dormir:

-Cara, vamos nos encontrar na escola, se você encontrar uma garota bem baixinha de cabelo azul e cortado, sou eu.

-Claro, eu adoraria te ver e conversar com você!

14 de abril de 2001. Uma segunda-feira com o tempo frio e nublado. Stan entra no pátio da escola. Antes do sinal bater para o horário de aula, Stan finalmente encontra Nattie. Os dois surpresos discutem:

-Oi! Stanley! Que bom te ver!

- Oi, você deve ser a Natasha!

-Por favor, me chame de Nattie se quiser.

-Uh, claro! Vamos nos falar no recreio. Eu quero falar muitas coisa pra você!

-Eu também! Cara, eu deveria ter te conhecido muito antes!

Assim, iniciou-se uma grande e nova amizade. Stan estava um pouco feliz, não só por ter alguém por perto, mas também para dialogar e falar coisas que só Stan e Nattie entendem. Afinal, os dois por incrível que parece são depressivos e tímidos. 

       Chegando no horário de aula, Stan senta no fundo da carteira, seus amigos olham e nem ligam muito. Simplesmente conversam normal um com o outro como se Stan não estivesse lá, até mesmo o Chris. Mas seu melhor amigo Jimmy tenta dar a ele um incentivo, mas Stan nem liga e fica bem calado. Grace com um outro grupo de amigos olha para Stan quase chorando, com vergonha e medo de falar com ele. Pois sabia que iria receber ignorância na cara. Stanley fica realmente só pensando em conversar com Nattie, ignorando todo mundo ao redor. Pois era a única com quem podia contar e desabafar e vice-versa.