Capítulo 6

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22 de abril de 2001, uma segunda-feira onde finalmente o sol brilha, mas o frio continua. Stan acordou feliz e pronto para ir pra escola. Pensando em conversar com Grace de novo. Então ele caminha até a escola de uma forma feliz e emocionante. Grace vai para a escola de carro com a mãe, e ela estava tão feliz que seu melhor amigo iria voltar a falar com ela. Esquecer tudo isso que aconteceu. A festa, o bombom, as mensagens, etc. Ela chega no portão da escola primeiro que Stan. 

   Stan vai para a escola sozinho, então ele atravessa muitas ruas e calçadas. Assim que estava passando pela última avenida perto da sua escola, um carro em uma velocidade absurda passa mesmo com o sinal fechado, Stanley nem sequer presta atenção, pois sabia que o sinal estava vermelho e estava distraído pensando na Grace. O carro em alta velocidade o atropela, a cena foi realmente feia. Stan cai no chão com toda a força e o carro continua sua trilha como se estivesse despistando a polícia, ou até evitando problema por ter atropelado Stan. O jovem está no chão, todo ensanguentado, com seu joelho quase aberto. Uma hemorragia terrível acontece no corpo de Stanley. Sua cabeça sangra também, o sangue escorrendo nos seus olhos, ele estava praticamente sem ver nada, então desmaia. Os pedestres assustados vão até o jovem, eles ligam para a ambulância e ela chega finalmente. Colocam o garoto na maca e vão socorrê-lo.

       Um dos pedestres chamado Clyde, pega a mochila do garoto e procura o caderno para ver se estava anotado o número da mãe de Stan. Felizmente ele acha o número anotado no caderno e telefona a mãe do garoto:

-Alô, é a mãe de Stanley Jones que está falando?

-Sim, sou eu, quem fala?

-Sra. Stanley, peço que fique calma, aqui é Clyde Siegel, eu peguei o caderno do seu filho e liguei para o seu número porque seu filho teve um pequeno acidente!

-O QUÊ??!! MENTIRA!!! PARA COM ISSO! COMO ELE ESTÁ?! ONDE ELE ESTÁ AGORA! MEU DEUS!...

-Ele foi socorrido o mais rápido possível, ele está no hospital municipal agora. Ele vai ficar bem!

-EU VOU PRA LÁ, AGORA!!! MEU DEUS! ISSO NÃO PODE TER ACONTECIDO! ELE SE RECUPEROU DE UMA GRAVE DEPRESSÃO AGORA ACONTECE ISSO!? NÃO É POSSÍVEL!

A mãe de Stan vai com toda a pressa ao hospital municipal, e o garoto está internado, tentando se recuperar.  

    Grace fica surpreendida, pois Stan não compareceu á escola. Os amigos dela ficam em dúvida do que aconteceu, sendo que ela conversou com ele. Reese na dúvida pergunta:

-Grace, você não havia falado com ele? Por que ele não compareceu hoje?

-Eu juro que também não sei, Reese. Ele estava tão animado quando terminamos a conversa

-Deve ter sido algo em relação á problemas familiares, não sei.

-Pode ser. Mas eu estou louca pra vê-lo!

Por estranho que pareça, já é dia 4 de maio de 2001. E até esse dia, Stan ainda não compareceu á escola. Sua mãe está no lado de fora da sala. Stan está sozinho, dando seus últimos suspiros por conta de ter danificado uma parte do cérebro e ter rompido uma artéria durante o acidente. Não se sabe ao certo como ele sobreviveu até esse dia, mas as máquinas mostravam os batimentos cardíacos desacelerando e diminuindo cada minuto. Os dois médicos infelizmente não podiam fazer nada. Tudo que eles podiam fazer era somente ficar ao lado do garoto, para que ele não morra sozinho. Olhando ele, aproveitando seus últimos minutos de vida. Em seus pensamentos, Stanley estava falando:

-Então é assim que a vida acaba? Você fica bem, e de repente sempre vai ter um obstáculo novo te atrapalhando. Esse obstáculo é impossível, não é atoa que eu estou prestes a desaparecer desse mundo. Tudo isso foi por culpa não somente da minha burrice e da minha tolice de pensar que eu poderia continuar essa amizade com Grace. Foi tudo culpa dela e dos meus amigos infames e falsos! Não basta o quanto eu mostre meu afeto, sempre vão me excluir, me jogar fora e somente me usar quando estiverem sozinhos ou entediados. Reese não é diferente, sempre estive do lado dela, ajudei ela a namorar meu melhor amigo. Agora ela só me ajuda porque está entediada e seus pais estão prestes a se divorciarem e ela pode acabar morando com a vó dela que nem se importa com a existência dela! Eu simplesmente só servi de uma aventura temporária pra ela! Quer saber, eles vão se arrepender, eles vão se arrepender! Eles agora devem estar fazendo suas coisas sem perguntar de mim. Estou a um bom tempo sem ir para a escola e eu pensei que meus amigos de verdade iriam questionar o por quê da minha ausência! Eles não se importam nem um pouco! EU NÃO VOU...

Stanley tenta terminar de falar suas últimas palavras, pois os batimentos cardíacos estavam diminuindo e diminuindo. Dessa vez ele falou para fora e os dois médicos escutaram:

-EU NÃO VOU...DESCANSAR...EM...PAZ!

Os batimentos cardíacos param, sua respiração acaba de uma vez e Stanley fecha seus olhos e morre drasticamente. Os médicos saem da sala totalmente quietos, a mãe do garoto levanta da cadeira esperando uma resposta. Assim que recebeu a notícia, foi aquela cena forte e triste de uma mãe chorando desesperadamente alto, caindo no chão, pela morte do seu filho. Stanley B. Jones.

StanOnde histórias criam vida. Descubra agora