TRINTA

57 4 2
                                    

Acordei com o sol a incomodar o meu rosto.
Remexi-me umas quantas vezes na cama antes de abrir os olhos.

Quando a minha mente se situou deparei-me num quarto diferente e que eu nunca tinha visto.

Sem me lembrar de absolutamente nada do que se tinha passado durante a madrugada a minha revolta surgiu novamente. Como achei que estava sozinha comecei a disparatar.

Yang Mi: Está certo, que raios fiz eu ontem?!
Eu não tenho sorte nenhuma, onde estão as minhas roupas?!

Xxx: Mi, estão aqui...

Sobressaltada com a voz, virei-me rapidamente na direção da porta e encarei com Ji Yong apenas de calções.

Para piorar a situação eu estava de roupa interior e senti o meu rosto queimar com tanta vergonha.

Ji Yong saiu do quarto fechando a porta naturalmente como se nada tivesse acontecido.

O meu coração palpitou perguntando-se que puta merda estava eu a fazer ali na casa dele, apenas de roupa interior.

Vesti umas calças largas e uma camisola de algodão que pareciam ser dele depois de tomar banho. O vestido estava pousado no cadeirão e eu acabei por sorrir que nem tola.

Saí timidamente do quarto, procurando por Ji Yong.

Ji Yong: Aqui, na cozinha...

Aproximei-me lentamente, ainda a estranhar toda aquela situação.

Ji Yong: Estás melhor?

Yang Mi: Eu?

Respondi rápido sem fazer ideia do que se passava.

Ji Yong: Bebes-te demasiado Soju ontem Mi.

Ele aproximou a mão dele da minha o que me fez retirar a mão de cima do balcão da cozinha e afastar-me um pouco. Por norma eu reagia melhor ao álcool e quando ele falou em Soju eu lembrei-me de tudo.

Ji Yong: Achas que hoje podemos conversar?

Atrapalhada saí dos meus pensamentos e afastei-me.

Yang Mi: Obrigado pelas roupas, depois mando entregar lavadas.

Ji Yong: Espera aí, onde vais?

Eu já estava na entrada da casa a pegar na minha bolsa para sair quando ele agarrou o meu pulso.

Ji Yong: Vais fugir?

Fugir? Não, desaparecer da tua frente porque estou irritada e zangada!!!

Yang Mi: Tenho coisas para tratar, noutra altura falaremos...

Ele largou o meu pulso e eu saí sem olhar para trás. Eu disse algumas verdades na noite anterior, mas o álcool não me permitiu continuar.

Fiz sinal a um táxi que parou de imediato, indiquei a morada e depressa chegamos a minha casa. Paguei a corrida e agradeci enquanto aproveitava para visualizar se havia movimentos estranhos que indicassem a presença dos meus pais ou os seus seguranças dos Infernos.

Abri a porta tranquilamente mas tranquei tudo de imediato. Precisava de estar sozinha e de pensar.

 Kwon Ji Yong // Chat1Onde histórias criam vida. Descubra agora