Kwon Ji Yong // Chat1

TRINTA E SETE

[ JY Pov ]

Ela parou de responder às minhas mensagens e eu cometi a loucura de lhe dizer quem eu era. Eu puramente eu Kwon Ji Yong. Tinha de ser e não me arrependi nem por um segundo que ela visse aquela mensagem, mesmo que fosse possível ela fugir de novo. Tinha medo? Claro, óbvio que sim. Mas durante um ano eu não a tive comigo. Eu nunca tive a oportunidade de dizer o quão fascinante eu a achei e o quanto ela fazia o meu coração acelerar. Ela realmente era qualquer coisa de única pra mim. E eu gostava da sensação que me trazia.
Corri saindo do hotel onde eu estava e dirigi-me a casa dela. Bati à porta sem hesitar. Não se ouvia barulho nenhum vindo do lado de dentro e por um segundo eu hesitei, pensei que me tinha enganado na porta. Até que...
Finalmente ela estava ali, bem diante dos meus olhos. E voltou a acelerar. O meu coração queria fugir que nem um perdido rumo aos braços dela pra se perder lá. Ela estava mais magra do que eu a havia conhecido, mas linda como eu me lembrava, estava com um robe de pelo e uma manta por cima dos ombros. Parecia cansada. E isso doeu-me.
Ela acabou por me deixar entrar depois de eu lhe dar a entender que queria entrar, de que tinha algo pra lhe dizer e ela cedeu. Ofereceu-me café e desapareceu um pouco na cozinha. Deixei-me estar de pé a observar cada canto daquele pequeno apartamento. Era simples. Simplicidade a mais pra quem vinha de uma família de grandes luxos. Era pequeno mas confortável. As paredes eram pintadas de branco, a mobília era em madeira clara, não havia fotos, nem grandes objetos de enfeite. Tinha uma televisão e dois sofás em preto.

Ela apareceu com a chávena de café e fez-me sinal pra que me sentasse e eu assenti. Confesso que estava nervoso e com medo de iniciar uma conversa sobre tudo o que se tinha passado. Mas acabei por ceder e questionei o porquê de ela fugir. E o meu coração quebrou-se quando ela pôs finalmente em palavras de que a culpa era minha. Eu já sabia disso, mas ouvir essas palavras vindas dela magoava-me.
Matou-me quando me acusou de mentir. Não consegui conter tudo o que ia dentro de mim e falei. Falei até à exaustão. Mas ela tinha de saber. Era altura de ela saber o que ela valia pra mim.
Fora, que pra mim, ainda havia umas quantas coisas que eu queria que ela soubesse. Como os negócios de ambas as nossas famílias. Negócios sujos. E só nós os poderíamos parar.
Só que o perigo é demasiado e eu fico sem saber se devo ou não lhe contar. Seria o inferno pra mim que alguém lhe fizesse mal por tentarmos trazer verdades e justiça ao de cima.
Eu tinha de levar uma coisa de cada vez. E a primeira eu completei. Todos os meus sentimentos estavam postos em jogo... era a vez dela...
De aceitar ou não.