Descoberta Irresistível

Capítulo 4

Marco

Eu preciso saber dessa mulher, preciso passar mais tempo com ela e desvendar todo esse mistério que a envolve.

Tive uma das melhores noites da minha vida ao lado de Susan e algo dentro de mim me diz que ela é a mulher certa. A que eu quero ao meu lado para construir um futuro. A sensação de acordar sentindo o seu corpo colado ao meu foi diferente, algo além do prazer carnal, era como se tivéssemos uma conexão maior que o sexo compartilhado. Pode parecer loucura, mas é como me sinto. Eu não sei, só sei que ela será minha. Nem que para isso eu precise abrir a cabeça dela para enfiar lá dentro essa certeza. O quê? Eu podia ser um galinha mulherengo, mas sou um homem à moda antiga e quero ter uma mulher ao meu lado. Uma que me ame assim como eu a amo... E sei que a Susan é essa mulher.

Tivemos um impasse no quarto, ela queria ir embora e eu queria que ela ficasse o final de semana comigo e fora com certa relutância que ela decidiu ficar. Fez uma ligação para saber como estava sua filha e, pelo que entendi, a menina está em uma pequena viagem com os avós, o que possibilitou sua estadia por mais do que um fim de semana comigo. Jamais pediria que ela deixasse de curtir sua pequena para ficar comigo, seria injusto e sem noção da minha parte, só joguei charme pedindo para ficar porque sabia que a menina não estava lá. O meu sorriso foi maior que o do Coringa do Batman quando Susan me disse que ficaria. Eu teria minha gata selvagem para mim por alguns dias.

Tomamos o nosso café da manhã em meio a risos e troca de carinhos, lhe dou muitos mimos e sou retribuído da mesma forma. Susan é uma excelente companhia, a conversa entre nós flui com facilidade.

Horas haviam se passado sem que notássemos. Falamos sobre tudo, desde a infância, adolescência até a faculdade; noto que ao falar sobre o seu início na universidade, ela fica apreensiva e não entra em detalhes.

— Ele estudava com você? — pergunto.

— Ele quem? — Susan me olha com a sobrancelha erguida.

— O babaca que te magoou — insisto, cerrando os olhos.

Ela não pode fingir que eu não percebi o seu desconforto.

— Não vamos falar sobre isso, Marco.

— Tudo bem. — Decido deixar de lado, por enquanto. — O que vamos fazer hoje?

— Não sei. Você que insistiu para que eu ficasse, o que tem em mente? — indaga, piscando os olhos.

Sorrio, puxando o seu rosto para perto do meu.

— Muitas coisas que envolvem você e eu bem colados. — Beijo os seus lábios.

— Você é um tarado! — diz com um lindo sorriso.

— E você é linda! — Ela revira os olhos com o meu elogio. — Tá bom. Que tal ir pegar sua mala na casa da Marcella?

Os seus olhos cravam nos meus, ela parece buscar alguma informação e não faço ideia de qual possa ser.

— Melhor irmos buscar algumas coisas para que eu fique aqui até amanhã à noite.

— Tudo bem. — Aceno.

— Marco, acabamos de nos conhecer e já estou ultrapassando todos os meus limites com você. Não posso ficar a semana inteira na sua casa, mas podemos sair e passar esses dias curtindo um ao outro. Que tal?

— Para mim parece um ótimo plano, Delícia. — Beijo os seus lábios. — Desde que você não fuja de mim, está perfeito.

— Não irei fugir, pode ficar tranquilo. — Ela alisa o meu rosto e ficamos perdidos em pensamentos. Apenas nos olhando e fazendo um leve carinho; ela em meu rosto e eu em sua cintura.