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"Querido, Harry!

Se estás a ler está carta, certamente é porque morri.
Agora deve estar se perguntando o porque eu deduzi que a está altura eu estarei morta, é fácil; eu tenho uma doença que 99% é incurável e 1% são aqueles sortudos que Deus ainda deu uma chance para viver.
Sim, é o câncer..."

Começo a escrever e paro por minha mãe chegar ao quarto, coloco rapidamente a carta embaixo de meu travesseiro e dou um sorriso a ela.

"Como vai minha radiante menina?". Ela se senta a beirada da cama colocando a bandeja com frutas e chantilly a minha frente.

"Bem, bem como um cego tentando ler". Arqueio uma das sobrancelhas, como ela pode perguntar se estou bem com câncer?

"Pelo menos seu humor prevalece! Trouxe algo para comer já que não andou comendo nada ultimamente". Minha mãe era uma pessoa muito bonita para seus quarenta anos, cabelos loiros e olhos azuis assim como os meus.

"Não ando com fome, prefiro ficar devorando meus livros, e esse que eu ganhei de Sara é realmente bom". Falo referindo-me a enfermeira que mais criei simpatia com esses anos de câncer e para o livro que tinha ao meu lado.

"E oque ele se refere?". Minha mãe tenta se interessar por algo que leio.

"É apenas poemas, refletem muito sobre a vida". Pego um pedaço de melancia.

"Isso é ótimo querida, tenho que te deixar hoje na escola?".

"Não é necessário, vou com Sara.''

"Então é melhor se arrumar? Antes que dê o horário e vais sair por ai feito maluca". Ela tinha razão, mas não levo cinco minutos para me arrumar, levanto-me exausta e apenas coloco minhas jeans e t-shirt florida com meu único tênis, sim eu tinha apenas três tipos de calçados; uma sapatilha, uma chinela e um All Stars.
Não preciso mais do que isso.

"Deve ser Sara, vá lá e se divirta, okay?". Minha mãe diz como se eu fosse uma criança, pego minha mochila e saio indo ao carro de minha amiga.

"Nina, já pensou em gastar aquele seu dinheiro com algo útil e não gastar em um ingresso para um show?". Ela diz enquanto dirigia.

"O dinheiro não é meu Sara, é de meu falecido avô e só vou pegar o resto quando tiver vinte anos".

Se não morrer antes, uma voz distante fala e dou razão ao meu consciente.

"Mas eles não sabem de sua existência e nem se for ao show vão saber". Rolo os olhos, sempre a mesma conversa.

"Como minha amiga, deveria dar mais apoio, aliás o dinheiro é de meu direito". Troco de idéia rápido e ela permanece quieta, sei que Sara quer meu bem e que eu aproveite esse dinheiro com um carro ou um apartamento, mas isso não vai me trazer felicidade.
Antes de saber de meu câncer aos 14 anos eu estava animada para gastar o dinheiro de meu avô e sair por ai viajando, aproveitando a vida e, me mudar para Londres.
Na Califórnia há pessoas com câncer de pulmões assim como eu.
Eu apelido o câncer de pulmões como: Hazel Grace.
Era um livro baseado em fatos reais de John Green era realmente bom, e eu entendo totalmente Hazel a levar um cilindro para lá e para cá respirando por tubinhos, aliás não é apenas ela que tinha esse tipo de câncer nem a primeira.

"Vejo-te depois". Sara se despede de mim e vai quase a correr para a sua sala pois não podia chegar atrasada e eu ia calmamente até porque tinha a permissão do Colégio de chegar em meu tempo pois não podia subir escadas tão rapidamente.
Era um pequeno luxo que o câncer me proporcionava.....

"Aliás Harry, qual o sentido da vida?"




Hey!
Uma nova fanfic, está não será longa apenas a escrevi porque eu estava com mil idéias e a única que consegui concretizar foi essa e cá estou.
Teve muitos casos de câncer de pulmões em minha família, meu avô morreu com câncer de pulmões...é triste a realidade de hoje!

Love Only x

Mah_

Dear, Harry. [Harry Styles]Onde histórias criam vida. Descubra agora