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"Você faz meu coração parecer o verão"

Na manhã seguinte.

"Para onde irá levar-me?". Eu estava deitada e Harry estava ao meu lado sentado a sorrir.
Ele tinha acordado-me e ficou passando as mãos em meu cabelo, normalmente ele fazia isso quando iríamos brincar e queria ser a brincadeira que ele escolhesse.

"Harry? Porque está a me olhar assim?". Pergunto cobrindo meu rosto com os lençóis por vergonha dele ter acordado-me e ver meu estado deprimente.

"Porque eu gosto da cor de seus olhos, me parece um bom argumento". Ele diz e eu riu-me debaixo dos lençóis tirando o mesmo de mim.

"Não respondeu a minha pergunta ainda". Falo sentando na cama ao seu lado e arrumando meus cabelos bagunçados no espelho que estava distante mas mesmo assim eu via-me.

"Irei levar-te para conhecer minha casa". Ele diz e eu o olho confusa.

"Aqui é a sua casa!". Falo levantando e indo a minha mala pegando uma jeans preta e algo que sirva para o verão de Washington como uma blusa creme.

"Não, Nina! Aqui não é mais minha casa". Ele diz indo atrás de mim no banheiro do quarto de Gemma, arqueio minha sobracelha para ele antes de fechar a porta e tirar meus pijamas colocando a roupa.
Viro-me para o espelho e resolvo colocar algum batom que estava por lá, Gemma não daria falta.
Saio do quarto e ele estava a olhar meu cilindro de ar com curiosidade.

"Precisa usar isso todo dia?". Ele pergunta.

"Eu precisava ficar com ele 4 horas, mas me tornei dependente dele! Mas consigo ficar sem ele por vinte minutos, ou até mais se eu estiver num lugar calmo e sem movimentação". Falo pegando os tubos e ajustando em minhas narinas liberando o oxigênio do cilindro, era sempre assim.
Harry olhava-me em silêncio e seu olhar triste era compreendido por minha parte.

"Vamos, tem que mostrar-me tua morada!". Falo pegando minha mala com o cilindro dando meu melhor sorriso.

"Mas não comeu nada!". Ele diz preocupado parando-me.

"Eu prometo comer depois". Digo lhe.

[...]

Eu realmente não sabia que Harry tinha tanto dinheiro para ter o carro que tem, é bonito e luxuoso demais para uma garota do interior da Inglaterra entrar com seu ar rural.
Cheirava a eucalipto e balas de gelatinas o seu carro, era algo que me lembrava a infância.
Quando seu carro parou em frente de um prédio grande e vidrado achei que iríamos buscar alguém mas na verdade essa era a sua morada.

Se o exterior eu já estava deslumbrada quando pus meus pés no oitavo andar, Harry abriu sua porta e meus pés tocaram o carpete braco com delicadeza por medo de sujar, meus olhos varrem o lugar e pude ter a visão de uma sala média, uma sala de jantar com um lustre que custaria minha casa inteira, na parede tinham vidros que iam do chão ao teto mostrando os prédios de Washington.
Chego mais perto da enorme janela e a abro fazendo um grande barulho de que nunca foi aberta antes, a brisa de noites de verão americanas entrou e passou pelos meus cabelos.
Abro um sorriso e viro-me para Harry que olhava para mim com um sorriso casto nos lábios a três passos de mim.

"Harry, quando que teve tanto dinheiro assim?". Pergunto e seu sorriso sai de seu rosto, aproximo-me dele e toco em seu ombro.

"Eu estou aqui, tudo bem se não quiser contar-me". O digo e de repente sua cabeça estava em meu ombro, já soluçando em lágrimas.
A tristeza não combinava com aquele lugar...
Meus dedos vão ao seu cabelo castanho os puxando delicadamente para que olhasse para mim mas ele lutava e continuava a chorar.

"Nina, Robin morreu a três meses atrás". Ele fala e já minhas lágrimas se juntam com as deles, eu coloco minha mão por cima de minha boca aberta de surpresa sentindo algumas lágrimas passando por meus dedos.

E então tudo estava explicado, Robin tinha duas empresas de advogacia em Washington e no interior da Inglaterra, na cidade natal de Harry.
Ele sempre dizia que Harry seria um grande advogado, e que passaria tudo para ele quando partisse mas escolhia sua vida simples e feliz na Inglaterra, várias vezes o vi fazendo viagens para outros lugares como o Brasil, Portugal, Espanha e Dublin.
Devo tudo a Robin, ele pagou todas as minhas cirurgias e tratamentos.

"Eu sinto muito". Falo secando minhas lágrimas para pelo menos parecer forte ao lado de Harry que tanto precisava.

"Não sei o que irei fazer quando for embora para a Inglaterra". Ele diz e o som da sua voz percorre como um arrepio e tenho certeza que Harry viu os pêlos de meu corpo se arrepiarem pois uma risada abafada seguida de seus dedos tocaram meu pescoço fazendo-me afastar.

"É apenas visitar-me agora, continuo no mesmo lugar!". Falo olhando para os meus pés sentando na grande poltrona em frente a grande janela.

"E como vai as suas medicações?". Ele pergunta se sentando no chão e eu faço o mesmo.

"Não sei...as vezes cresce em mim uma vontade de largar esses tubos e fechar meus olhos para sempre, como um cigarro que apaga e não presta mais para o fumo". Falo fechando os olhos sentindo sua mão acariciando a minha.

"Não pode desistir agora, Nina!". Ele diz num sussurro.











HEY!
Como vão?
Desculpe o capítulo pequeno.

E sim vai ter música todos os capítulos e de bandas pouco conhecidas sim!
Eu amo alternativo e Indie, is more good than tea...mentira, chá é bom também.
Kodaline é uma banda maravilhosa, vão conhecer.




All the love.
XxMah.

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⏰ Última atualização: Sep 05, 2017 ⏰

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Dear, Harry. [Harry Styles]Onde histórias criam vida. Descubra agora