Unknown | Justin Bieber

JUSTIN - PARTE 2

Minha cabeça dói. Estou de olhos fechados e vou abrindo aos poucos.

-- Justin? -- ouço a voz de Julia gritando por mim e estremeço. O que aconteceu? -- Justin?

-- Oi -- digo o mais alto que consigo e respiro fundo levantando do chão -- Cade você?

-- Aqui no banheiro -- caminho meio desnorteado até lá e abro a porta com cuidado a vendo sentada no chão com uma perna esticada -- Acho que quebrei a perna com o impacto

-- O que aconteceu? -- pergunto me sentando no chão de frente para ela

-- Bem, depois que voce saiu de perto da porta creio eu -- diz com certo sarcasmo -- Teve uma turbulência forte e bem, alguns minutos depois o jato começou a perder altitude. Eu tentei sair daqui, mas acabei caindo e metade do peso do armário da pia caiu na minha perna -- olho mais a dentro vendo a pia caída para o lado e consinto lentamente em um pedido para que ela continue -- Bem, doeu muito. E eu acho que eu desmaiei, porque já não dói tanto.

-- Certo -- suspiro -- Já devemos estar no Canadá,  então significa que fora daqui está um gelo, acha que consegue se levantar e ir pegar uma blusa de frio pra nós?  -- ela consente e eu sorrio fraco a ajudando ( pelo menos ) a ficar de pé -- Vou ver o piloto -- caminho até a cabine do piloto que estava destrancada e o vejo desacordado e com um corte na bochecha, checo sua respiração para ver se está vivo e o alívio me preenche por ter a certeza que sim, saio fechando a cabine para que não entre ar frio enquanto procuramos ajuda.

-- Justin? -- Julia me chama e eu me viro  para encara a mesma, ela havia colocado uma calça de moletom minha e uma blusa de frio grossa. E me traz o mesmo. -- O que vamos fazer? -- pergunta após eu me trocar na sua frente

-- Procurar ajuda.  -- suspiro -- Não acho que aqui seja um pedaço totalmente "deserto".

-- Pode não ser deserto, mas é frio -- ela me olha como um cachorro que caiu da mudança

-- Quer ficar aqui sozinha com um piloto desacordado? -- ela revira os olhos e eu dou risada -- Vamos. -- saímos do jato ( com ela se apoiando em mim por causa da perna ) e se não tivesse quase morrido, me sentiria em "Roar" da Katy Perry.

Olho ao redor e vejo algumas árvores e neve. Coisas comuns do Canadá sabe!

-- Onde vamos exatamente? -- Julia pergunta olhando ao redor

-- Não vamos muito longe. Se não acharmos ninguém, voltamos e esperamos alguém entrar em contato.

-- E se ninguém entrar em contaro? -- indaga andado apoiada em mim

-- Aí, não sei. Pensamos em algo -- sorrio solidário e ela assinte

Caminhos acho que certa de meia hora, seguindo uma trilha imaginária.  Até nos depararmos com um lago parcialmente congelado.

-- O que fazemos agora? -- pergunta ela olhando ao redor

-- Vê se tem sinal no seu telefone -- digo e a encaro enquanto ela faz o que peço

-- Tem dois baguizinhos -- sorri aliviada -- Vou ligar pro Scott. -- assinto e espero ela ligar

-- Consegue esperar aqui enquanto eu atravesso o lago? -- pergunto olhando uma ponte um pouco distante de onde estamos -- Quer dizer,  você vai falando com o Scott enquanto eu vejo se tem alguém próximo

-- Okay. -- ela se senta em uma "roxa" atrás dela, com a minha ajuda e eu sorrio -- Scott? -- suspiro aliviado

-- Já volto.

-- Tome cuidado. Qualquer coisa grite. -- me diz seria e eu rio.

Caminho em direção a ponte olhando para trás algumas vezes apenas para ter certeza de que Julia está bem. Passo calmamente a ponte - com um leve medo de escorregar e morrer -, e quando estou no meio tento ver se tem alguma casa por perto; mas é inútil. Suspiro e me viro saindo da ponte e voltando para onde Julia está sentada

-- Tá. Mas não tem sinal! -- ela ainda fala com Scott e parece um pouco irritada -- Tá. Vou deixar ligado, mas trás comida porque se... -- ela sorri vitoriosa e eu rio -- Okay.

-- Eai? -- pergunto quando ela desliga

-- Ele pediu pra voltarmos pro jato que ele vai tentar nos rastrear pelo meu telefone. -- assinto -- Bem CSI ele. -- rio e a ajudo a levantar

-- Vamos pro jato   -- ela se apoia em mim e começamos a caminhar novamente

Passamos pelo mesmo caminho, igualzinho. E não sei como, quando já estamos estamos a uns dez passos do jato, o vento faz com que caia neve de uma árvore em nossas cabeças.

--Puta que pariu, não. Não. Não -- Julia diz se abanando e se soltando de mim; consequentemente caindo no chão -- Justin, me ajuda mísera -- pede gritando e eu começo a rir

-- Calma -- pego ela no colo cheia de neve e ela começa a bater no meu peito

-- Isso é por ter rido -- entro com ela no jato, e a levo para o quarto a deitando na cama

--Ju... -- chamo me deitando ao seu lado, após pegar uma coberta pra esperarmos o Scott -- Precisamos conversar

-- Não precisamos não -- diz se cobrindo e fechando os olhos

-- Precisamos sim. Quer dizer, você está com..

-- Fica quieto Justin. -- ela pede calma -- Eu sei. Não preciso que ninguém me lembre, até porque eu me esforço não só para esquecer, mas para aproveitar cada momento de vida que tenho. Sempre fiz isso.  -- suspiro e aproximo meu corpo do dela -- Sabe qual a diferença de uma pessoa com câncer e uma pessoa normal?

-- Não. Qual? -- pergunto mesmo sem querer saber

-- Uma pessoa com câncer, não todas lógico,  mas algumas; sabem aproveitar as coisas boas da vida. As discussões por besteira, as brincadeiras idiotas, fotos feias, e essas coisas. E as pessoas normais, dizem; para, chega disso. Cresça e arrume um emprego. Esquecendo que; esses momentos 'fúteis' fazem falta um dia. -- a abraço de lado e sinto uma lágrima escorrer -- Mas eu não vou morrer tão cedo Jus, vaso ruim não quebra fácil -- ela ri e respira fundo -- Confie em mim

-- Eu confio -- digo de olhos fechados -- E eu te amo.

-- Eu te amava mesmo antes de te conhecer. Sempre vou amar meu anjo.