Amélie (Old Version) · Supernatural

! Charlotte McDowall: Part I ¡

— VOCÊ PODE PARAR DE BANCAR UM IDIOTA SÓ POR UM SEGUNDO? — Encarei Dean.

— Então pare de bancar a criança! Eu estou farto de ouvir suas mentiras Amélie! Então se puder dizer a verdade pelo menos uma vez...

— Não seja estúpido! Eu nunca menti pra você, a única pessoa para quem eu ando mentindo é para mim mesma! — Retruquei — Eu e você sabemos que eu não sou a única a agir como uma criança aqui! Uma hora você é um amor de pessoa, outrora parece até que eu fiz algo contra você! Qual o seu problema Dean?!

— Qual o meu problema? O problema é... — Dean calou-se quando a porta se abriu, revelando Sam.

— Vocês vão ficar brigando pra sempre ou vão me ajudar a arrumar as coisas?

— Nós não podemos ficar aqui — Castiel apareceu do nada ao meu lado, levei um belo de um susto.

— Castiel!

— Desculpe... Novamente, mas não podemos ficar aqui, tem algo nos perseguindo.

— O que? Um Demônio? — Perguntou Dean e Cas negou

— Não sei o que é, mas não é um Demônio.

[...]

Após Castiel nos teletransportar para o Bunker — Por decisão do Dean — Fui direto para meu quarto pegar minhas roupas e fui tomar um banho bem demorado, passei a metade do banho pensando nas coisas que vi em Grayling e no que poderia ter acontecido lá. Nunca tinha visto tantos fantasmas como vi lá. Saí do banho, me vesti e fui para meu quarto, deixei a porta aberta e sentei na cama, peguei meu notebook e comecei a pesquisar sobre as mortes que aconteceram no zoológico e em Grayling.

Houve exatas 67 mortes. 26 ocorreram no zoológico e 41 em Grayling, fiquei frustrada, pois eu teria que investigar 67 mortes para chegar até o estopim.

Comecei pela primeira morte relatada na Floresta Grayling em 1950, que na época havia uma rodovia ao invés do zoológico. A primeira vitima foi Charlotte McDowall Fitz. Comecei ler o depoimento de um amigo dela, Ashton que a acompanhava naquela noite.

"Nós estávamos de visita em Michigan, não conhecíamos nada por ali, uma amiga nossa de infância morava lá, estávamos a caminho da casa dela e acabamos nos perdendo, entramos na floresta ao invés de seguir a rodovia e quando percebemos que não estávamos o caminho certo, paramos e descemos do carro para ver se conseguíamos sinal no celular. Eu e Charlotte entramos na floresta para ver se tinha alguém acampando e encontramos um grupo de seis homens lá, e um pouco depois havia uma casa pequena, Charlotte disse que iria até os caras para ver se eles sabiam explicar como voltar à estrada e eu disse que iria até a casa. Estava tudo bem, eu conseguia vê-la de longe falando com um dos homens, mas eu virei por um segundo e ouvi seu grito. Um deles estava agarrando ela à força enquanto ela gritava pedindo socorro, eu comecei a correr até eles mandando que a soltassem... Mas... Mas um deles me agarrou e me deu um soco... Ainda inconsciente eu podia ouvir seus gritos. Quando acordei nem Charlotte nem os homens estavam lá... Dias depois minha mãe me ligou, dizendo que haviam encontrado Charlotte, jogada na floresta e sem vida, com hematomas por todas as partes do corpo..."

Parei de ler imediatamente e respirei fundo, e anotei o nome de Charlotte e o ano de sua morte no caderno, procurei pelas outras histórias.

Eram 3h34min quando acabei de ler todas as histórias e anotar-las. Peguei meu notebook e o caderninho e fui para a sala do Bunker. Não tinha ninguém lá, o que ajudava muito. Coloquei o notebook e o caderno encima da mesa sentei e comecei a estudar cada morte novamente, até que algo nas duas primeiras mortes me chamou atenção. A data da primeira morte era 05/05/1050 e da segunda era 05/05/1959, além da pausa nove anos entre a primeira e a segunda morte elas aconteceram no mesmo dia e no mesmo mês. Procurei o papel onde falava sobre a segunda morte e comecei a juntar as peças do quebra-cabeça. Theodore Aguilar foi encontrado morto no mesmo lugar que Charlotte foi morta, o seu corpo estava extremamente queimado, só conseguiram reconhecê-lo pela arcada dentaria. Porém o local onde estava seu corpo não havia nenhuma evidencia de fogo, os detetives supuseram que o corpo foi queimado em outro lugar, mas ninguém achou o local. E para a minha surpresa Theodore era um dos suspeitos da morte de Charlotte.