Capítulo Dois: Ele

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Aquela primeira semana morando com ela foi... interessante. Eu nunca tinha morado com uma garota antes, e, apesar de ser diferente das garotas que eu estou acostumado (siliconadas e fáceis), ela era até bem gostosa.

As "reboladas" dela eram mais sutis, não eram forçadas, ela não tinha menor pretensão de me seduzir. Ela era naturalmente daquele jeito. Sexy. Convidativa e atraente.

Aquela semana passou lenta e tortuosamente. Não que eu esteja reclamando.

No momento que ela caiu na minha frente, quando eu a derrubei, eu soube que estava fodido. Por que a saia dela subiu, e eu juro que vi um relance da calcinha vermelha dela. eu não imaginei, eu tenho certeza.  Vermelha. Quem olha pra ela no campus da faculdade (coisa que eu, inconscientemente, tenho feito com cada vez mais frequência, e antes nunca havia feito) não imagina que por baixo das roupas ela escondia roupas íntimas tão... provocativas.

E aquela droga de calcinha não saia da minha cabeça. Então, eu sempre me lembrava daquela merda nos momentos mais inoportunos. As vezes quando ela entrava na sala no meio do jogo de futebol, quando ela estava cozinhando algo, ou no meio da faculdade e eu ficava em uma situação levemente constrangedora dentro das calças.

Sim, eu estava me sentindo um adolescente estúpido e virgem. Cadê todo aquele controle que eu sempre tive, foi pro ralo no momento que eu botei os olhos nessa... coisinha inocente com sua maldita calcinha vermelha?

Agora eu vivia cheio de tesão, e parecia que ia explodir a qualquer momento. Eu só pensava em sexo. O. tempo. Inteiro.

Isso não era normal, digo, eu normalmente penso em sexo o tempo inteiro, mas não em uma garota específica, sempre me lembro de várias.

Agora era ela.

E só ela. E a gente nem transou. Ainda.

Eu estava começando a me questionar se era possível morrer de tesão. Por que se fosse eu já estava correndo sérios riscos.

Eu não sei te dizer o que raios estava acontecendo comigo, mas ter que ficar na mão já estava começando a ser vergonhoso.

Era uma tortura. Ela não usava roupas curtas, pelo contrário, as blusas e calças dela eram bem decentes, não largas demais ou apertadas. Eram... do tamanho perfeito.

Aquilo fazia minha imaginação ir longe, amigo, ah... fazia sim, ela tinha que ter a pele tão sedosa? Quero dizer, na verdade, eu não sei se é de fato sedosa, eu só imagino.

Afinal, não é como se eu pudesse me jogar em cima dela só pra tocar em alguma parte do seu corpo. Isso seria ridículo. E, infelizmente, devo admitir que uma parte de mim queria muito fazer isso. Uma grande parte de mim.

Desde quando eu me tornei tão ridículo?

O único contato físico que tivemos foi quando eu a ajudei a se levantar. E eu só peguei na mão dela.

Isso não é carência, definitivamente, por que se tem uma coisa que não me falta são mocinhas querendo se atirar na minha cama.

Nenhuma delas se atira na minha cama, mas eu constantemente as atiro em suas próprias camas.

Eu só estou me questionando por que as últimas três ou quatro tinham sempre o rosto daquela demônia que estava morando junto comigo.

Estou te dizendo, ela não sai da minha cabeça. E isso não faz nenhum sentido, eu diria.

Ah, qual é, ela é uma nerd! Por que eu não tirava aquele sorriso tímido, que vinha sempre acompanhado de bochechas coradas, da minha cabeça?

Eu não sei. Eu só sei que quero fazer ela ficar corada por outro motivo, se é que você me entende.

Mas, pela primeira vez na minha vida, eu tenho certeza que a garota não quer isso.

E se ela não quer. Eu não faço.

Qual é, eu tenho escrúpulos, não vou foder uma garota sem consentimento.

Me remexi na cama, era a exata sétima noite que ela dormia aqui. E, sim, acho que eu inconscientemente estava contando.

Eu tinha tomado um banho antes de dormir. Gelado. Mas meu corpo ainda estava quente e eu estava imaginando as coisas mais pervertidas possíveis.

É, imaginação sempre foi o meu forte mesmo, e ela atiçava todas as partes da minha mente fértil.

Eu me levantei, e andei pé ante pé até a cozinha. Silenciosamente. Peguei um copo de água. Bebi, para tentar acalmar uma parte em específico do meu corpo. Respirei fundo e me direcionei de volta para o corredor, eu estava quase entrando no meu quarto quando ouvi um som enlouquecedor vindo da porta entre aberta do quarto ao lado. Apertei a macaneta da porta do meu quarto. Será possível...

Eu imaginei? Não, não, Foi real, tenho certeza, eu não sou capaz de imaginar algo tão... real, tão... sexy. Porra! Ela gemeu! Eu nunca ouvi um gemido tão sensual antes.

A dúvida me fez ficar parado por alguns instantes, então eu ouvi um farfalhar de lençóis. E mais um daqueles gemidos torturados.

Titubeei antes de me decidir, e em silêncio me direcionei até a porta do seu quarto.

E a um passo do lugar eu ouvi algo que me fez tremer na base e quase perder o controle do meu próprio corpo. A vós arfante dela sussurrou com uma leveza excitante:

—Sebastian... — e eu descobri que desse jeito meu nome soava maravilhoso... Mesmo que eu o odiasse sendo dito por qualquer outra pessoa.

***

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Bad GuyOnde histórias criam vida. Descubra agora